5 - Williams em queda
A escuderia de Frank Williams está começando novamente o processo de queda em sua trajetória na Fórmula 1. Após um 2013 desastroso, a Williams teve um 2014 de ressurgimento - com inclusive uma pole position de Felipe Massa no GP da Áustria. Quando o que mais se esperava era um constante crescimento da Williams, o que vimos foi um apequenamento gradativo. O primeiro passo foi abrir espaço para o magnata Lawrence Stroll e seu filho piloto, Lance. O rapaz mostrou dificuldade no começo, mas cresceu e merece reconhecimento pelo trabalho duro que vem mostrando na F1. A saída de Massa e a loteria que a Williams criou com Robert Kubica, ainda com Paul di Resta e Sergey Sirotkin sendo cogitados, mostrou o tamanho que a equipe de Grove tem tido nos últimos dois anos.
4 - Toro Rosso: mas que bagunça!
Quem diria que a equipe B da Red Bull teria um ano digno de um clube de futebol do Brasileirão. Sabíamos que a fase de Daniil Kvyat não era nada boa, mas o pobre russo acabou sendo afastado, posteriormente demitido da Toro Rosso. Quem ganhou com isso foi Pierre Gasly, o substituto de Kvyat. Mas o que mais embaralhou foi a precoce ida de Carlos Sainz Júnior para a Renault, o que gerou a chegada improvável de Brendon Hartley à equipe B da Red Bull. O neozelandês ainda teria Kvyat como parceiro em Austin, em sua estreia, graças ao compromisso de Gasly com a final da Super Fórmula no Japão. Mas do México em diante, a dupla rubro-taurina seria Hartley-Gasly. Ufa!
Kvyat e sua fase de baixos e fundos: demissão até da Toro Rosso. Foto: F1 Fanatic/Red Bull/Getty Images |
3 - Kimi Räikkönen: mais sorte que juízo?
O ano do finlandês Kimi Räikkönen na Ferrari foi bastante discreto sob a ótica de um carro que brigou o ano todo por vitórias. Tendo tido um desempenho nada além de razoável, o finlandês do carro #7 conseguiu terminar à frente do sorridente Daniel Ricciardo no Mundial de Pilotos. Ricciardo conseguiu algumas sequências de pódios, mas a falta de confiabilidade do motor Renault deixou várias vezes o australiano na mão. Kimi, mesmo fazendo um ano relativamente discreto, embora bom para os seus padrões atuais, poderia ter ido um pouco além, como Bottas conseguiu minimamente com a Mercedes. O finlandês da Ferrari poderia muito bem ter vencido pelo menos uma corrida em 2017, inclusive teve uma pole em Mônaco - o que mostra que Kimi tinha margem para fazer mais.
2 - Honda e seu caso sério com a confiabilidade
A Honda chegou em 2017 com a mesma missão desde que iniciou sua parceria com a McLaren, em 2015: fazer um motor que não quebre com frequência. O trabalho na temporada foi árduo, mas longe de ser um sucesso. Houve uma evolução, o carro da McLaren conseguiu ter momentos de relativa confiabilidade no motor e andando muito bem e quebrando até menos que a Renault. Porém, nada que tenha sido possível de traduzir em potência real para competir inclusive com a fornecedora francesa. A quebra da parceria com a McLaren demonstra o quanto foi fracassada a volta da Honda à F1 até aqui. Um trabalho junto da Toro Rosso a partir de 2018 poderá render mais frutos, devido à menor pressão e maior tempo para poder trabalhar.
1 - Ma che cosa, Ferrari!
A grande decepção de 2017 não haveria de ser outra: a Scuderia Ferrari. A equipe rossa teve uma primeira metade de campeonato fabulosa, mostrando pujança e encarando a Mercedes com grande vigor. Contudo, a virada das férias fez a gangorra pender pro lado da fornecedora alemã. E o próprio trabalho da equipe passou a ser mais difícil, cometendo erros e sofrendo com problemas atrás de problemas. A falta de evolução da Ferrari pesou demais na metade final de campeonato, mesmo com os empurrões que o braço de Sebastian Vettel vinha tentando dar ao carro. A sensação, ao apagar das luzes, é que a Ferrari murchou na hora mais importante da temporada. E isto, amigos, não tem perdão em um campeonato onde os mínimos detalhes podem ser fundamentais para levantar a taça.
Um campeonato que se esvaiu nas mãos ferraristas. Um dos atos foi em Singapura. Foto: AFP |
O ano de 2017 foi recheado de grandes figuras, grandes histórias e as decepções não deixariam de estar incluídas. Algumas já eram quase que bola cantada, mas outras marcaram pelas circunstâncias que um campeonato tão disputado quanto o de 2017 pode trazer.
0 comentários:
Postar um comentário