Interlagos 70 anos - Uma justa homenagem

Ontem, por falta de tempo, não pude fazer uma justa homenagem a um daqueles que considero os melhores circuitos do mundo. Interlagos completou ontem, dia 12 de maio, se 70º aniversário. Pois é, são 70 anos de muita velocidade e de muita história.

Não tive o prazer de ver provas no traçado antigo, que diziam ser um dos melhores em que a F1 já correu. Sempre o acompanhei no pós-reforma, que foi coordenada por Ayrton Senna, entre 1989 e 1990. Mas quem viu, como meu pai, sempre se encantou.

E foi com meu pai que fui, pela primeira vez, ver uma corrida de F1, em 1997. Vi acidentes no treino e uma corrida muito boa. Vitória de Jacques Villeneuve. Só voltei ao autódromo sete anos depois, com alguns amigos e vi, nos treinos, a pole de Rubens Barrichello, já na Ferrari, e a quarta posição de Felipe Massa, que estava na Sauber. Quase consegui um autógrafo de Felipe no sábado. Na corrida, vi o pódio do Barrica, em terceiro e o Massinha pontuar, em oitavo.

Porém, as melhores lembranças que tenho de Interlagos foram vistas pela TV. Não dá pra não se emocionar ao ver as duas vitórias épicas de Ayrton Senna lá. A dramaticidade da primeira, em 1991 e a euforia da segunda, com invasão de pista e tudo, em 1993. Quando penso em Ayrton em Interlagos, me vem em mente também aquela volta narrada em 1994, pela Williams e a sua rodada na prova.

Vi também, as tentativas frustradas do Rubinho vencer em casa. Sua angustia e sua dor quando não conseguia e sua felicidade quando tinha uma chance real.

Acompanhei, é claro, as vitórias de Felipe Massa no circuito. A primeira, de lavar a alma de todos os brasileiros. E a segunda, algo surreal, com ele cruzando a linha de chegada para vencer e conquistando o título mundial e, segundos depois, saber que tinha sido superado por Lewis Hamilton.

E por falar no campeão de 2008, Interlagos decidiu o campeonato nos últimos anos e consagrou, além de Hamilton, Fernando Alonso, por duas vezes, Kimi Raikkönen e mais recentemente Jenson Button.

Vi cenas hilárias também nesse circuito, como Nick Heidfeld bater e arrancar a porta do carro médico, Giancarlo Fisichella ganhar a prova e não levar, um piti de Jarno Trulli no ano passado, o “lago” que se formou na pista em 2003, vitimando vários pilotos e outras coisas.

E além de tudo, vi acidentes. Vi os irmãos Schumacher baterem na minha frente (Ralf em 1997 e Michael em 2004), o acidente de Gerhard Berger e Michael Andretti, na largada da prova de 1993 e também a batida de Mark Webber, em 2003, que culminou com outro acidente, dessa vez de Fernando Alonso.

Mas não é só de F1 que minhas memórias são feitas, quando o assunto é o autódromo José Carlos Pace. Vi decisões de Stock Car, Fórmula Truck, Troféo Maseratti, Fórmula 3, Fórmula Renault, etc.

O autódromo de Interlagos faz parte da história do automobilismo mundial. É sem dúvidas um dos circuitos mais completos e seletivos do mundo. Por isso é um dos meus preferidos. E possui histórias fenomenais, além de tudo.

Dessa forma, deixo aqui meus parabéns (atrasados) ao autódromo José Carlos Pace.

Fotos: Autosport.com e GoogleImages
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