Vettel Weltmeister

Ontem no twitter, após a classificação, disse que Vettel venceria a corrida e, consequentemente, ficaria com o título. Mesmo com Alonso largando em terceiro e mesmo com Webber, seu companheiro e quinto no grid, a sua frente na tabela de classificação.

Disse também, que ele não merecia, por ter feito uma temporada irregular. Jovem ainda, errou bastante, se complicou, complicou outros pilotos e ao meu ver, uma perda de título poderia ser mais benéfica para seu amadurecimento do que o título.

Mas acertei meu prognostico. Hoje, 14 de novembro de 2010, Sebastian Vettel tornou-se campeão mundial. Aos 23 anos, quatro meses e onze dias, o alemãozinho consagra seu nome na história do automobilismo, quebrando o recorde outro piloto precoce, Lewis Hamilton, sendo o campeão mais jovem da história. E também consegue outro marco. Pela primeira vez ele lidera um mundial da F1. E isso conquistando a taça.

Não há como discutir o talento de Vettel. Com certeza é um dos melhores pilotos do grid. Mas o que lhe atrapalha é a falta de paciência, a inconsequencia. Por várias vezes ele pareceu jogar o título fora. Na Turquia foi assim, na Bélgica também. Erros bobos, de um piloto jovem. Jovem e rápido. E que, conseguiu assimilar os erros da temporada no final dela.

Semana passada já tinha dado mostras de um bom trabalho, vencendo no Brasil e pela primeira vez, sem sair da pole. Hoje, em Abu Dhabi, uma corrida perfeita, sem erros, depois de um fim de semana bom para sua equipe. O menino cresceu na hora certa desse campeonato e venceu.

E essa conquista tem muito a ver com a equipe Red Bull. Vettel, claramente era o queridinho da equipe. Representa a juventude, a energia da Red Bull. Mark Webber, era o segundo piloto, o patinho feio. Mas foi ele quem liderou boa parte do campeonato, correndo contra tudo e contra todos. A RBR tinha tudo para começar a privilegiar o antes preterido Webber. Mas não o fez. Preferiu a lisura esportiva, ao contrário da Ferrari, que protagonizou aquele episódio lamentável na Alemanha. E a esportividade prevaleceu, foi recompensada. Algo de se tirar o chapéu, em um esporte de cifras milionárias. Um exemplo.

Quem deu exemplo também foi Alonso, ao fim dessa corrida. Um péssimo exemplo. Ridiculo. A Ferrari hoje, foi bisonha. Errou na estrategia e jogou seus dois pilotos lá pra trás. Preso atrás de carros mais lentos, Alonso pouco pôde fazer e terminou em sétimo. Até ai, nada de mais. Mas a reclamação com Petrov, que o segurou mais da metade da corrida, que não fez nada de errado, que lutou bravamente por sua posição e que começou esse ano na F1, foi tão ridicula quanto vencer com ordem de equipe. Isso é F1 e o que todos querem ver são disputas ultrapassagens. E isso Alonso não fez hoje. O jovem Petrov não tem culpa se o espanhol, a quem considero o melhor piloto da F1 atual, foi incompetente hoje.

Já Webber, hoje não apareceu. Sentiu a pressão e não fez um bom fim de semana. Uma pena, pois merecia o título na minha opinião. Foi o mais regular, mas pecou na reta final, dando chances aos adversários. Mas lutou sozinho dentro de uma equipe que parecia pender mais para seu companheiro.

A corrida, foi chata. Culpa da pista. E foi decidida na primeira volta, com um acidente de Schumacher e Liuzzi. Péssima maneira dos dois terminarem um campeonato fraco. O alemão em seu retorno, e o italiano na Force India, foram mal. O acidente causou a entrada do safety-car e isso mudou a estratégia de alguns pilotos. Petrov e Rosberg entraram no pit e trocaram pneus. E por isso ganharam as posições de Massa, Alonso, Webber e de quem mais parasse. Isso foi determinante.

Enquanto isso, Vettel e as McLarens de Hamilton e Button andavam forte, garantido o pódio. Em suma, foi o que aconteceu.

Agora, é hora de fazer uma revisão do que aconteceu no fim desse ano. Uma grande temporada, muito emocionante e que consagrou um menino. Um menino com um talento de gente grande.

Final

1°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1h39min36s837 (55 voltas)
2°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 10s1
3°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 11s0
4°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 30s7
5°. Robert Kubica (POL/Renault), a 39s0
6°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), a 43s5
7°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 43s7
8°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 44s2
9°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 50s2
10°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 50s8
11°. Nick Heidfeld (ALE/Sauber-Ferrari), a 51s5
12°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 57s6
13°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 58s3
14°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 59s5
15°. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1min03s1
16°. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth), a 1min04s7
17°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth), a 1 volta
18°. Lucas di Grassi (BRA/Virgin-Cosworth), a 2 voltas
19°. Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth), a 2 voltas
20º. Christian Klien (AUT/Hispania-Cosworth), a 2 voltas
21°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth), a 4 voltas

Não completaram

22°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), 44 voltas
23°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1
24°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes), 1

Fotos: Autosport.com e Nextgen-Auto.com
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1 comentários:

Anônimo disse...

Chupaaaaaaaaaa Alonso... Talento ele tem de sobra mas parece um bebezinho chorão. Menino mimado.

Uma pergunta: Vocês acham mesmo que o Massa estava torcendo pro Alonso?

Alonso, ¿Por qué no te callas?

Parabéns Petrov. Parabéns Vettel...