Fim da linha II


Não é só Rubens Barrichello que parece ter tido em 2011 sua temporada derradeira na F1. O italiano Jarno Trulli também dá pinta de se despedir da categoria. Hoje, a Caterham anunciou que Trulli não faz mais parte do seu quadro de pilotos. Em seu lugar correrá o russo Vitaly Petrov, dispensado da Renault, hoje Lotus.

Foram 15 temporadas para o italiano na categoria, passando por equipes como Minardi, Prost, Jordan, Renault, Toyota e por fim, Lotus (agora Caterham), com uma vitória, onze pódios, quatro pole positions, uma volta mais rápida e 246,5 pontos. Número não muito expressivos, mas longe de serem ruins.

Trulli nunca esteve em um time de ponta. Estreou pela fraquíssima Minardi, foi para a fraca Prost e perambulou por times medianos, como Jordan e Renault. Na equipe francesa, que crescia bastante em 2004, ele talvez tenha encontrado seu ápice, vencendo em Mônaco (único triunfo do time naquela temporada) e dando muito trabalho ao excelente Fernando Alonso, que começava a dar mostras mais constantes do grande piloto que hoje ele é.
Aos 37 anos, Jarno Trulli parece dar adeus à F1 depois de 15 temporadas na categoria
Contudo, um desentendimento com Flavio Briatore o tirou do time, antes mesmo do fim daquela temporada, levando-o à Toyota. A Renault cresceu e foi campeã com Alonso nos dois anos seguintes, enquanto o italiano seguia com desempenhos medianos nos carros do time japonês. Ele perdeu ali a grande chance de mostrar se poderia ou não ser um piloto de ponta.

Depois da Toyota deixar a F1, sem obter o sucesso que tanto almejavam, Trulli voltou a um time pequeno, que começava do zero. E o ajudou, em duas temporadas, a crescer consideravelmente. Mas já não apresentava um grande desempenho. Assim sendo, foi dispensado.

Trulli, em seu comunicado, agradeceu a chance que teve. Petrov mostrou-se motivado. E Tony Fernandes, chefe da equipe, afirmou que não foi fácil dispensar Trulli mas confirmou que a parte financeira pesou. E ainda elogiou seu ex-piloto.

Não vamos entrar no mérito de analisar se tal decisão foi justa ou não, pois sabemos que a F1 é um esporte onde os negócios, o dinheiro, falam mais alto, especialmente em times pequenos. Petrov tem um bom aporte financeiro. Por isso foi escolhido para correr. Trulli não. Por isso fica de fora. Não foi por questão técnica ou de capacidade de um ou de outro. Nesse momento, isso fica em segundo plno. Então, tanto faz quem guie, desde que leve algum dinheiro. Simples assim.
Contando com um boa verba, Vitaly Petrov conseguiu um lugar para correr nesse ano
Dessa forma, parece chegar ao fim mais uma carreira de piloto na categoria. Coisas do esporte. Trulli vai procurar outra coisa pra fazer, outra categoria para correr. Espero que ache e seja feliz.

Depois de mais de quatro décadas, a Itália não terá um representante no grid. Risco que o Brasil corre daqui algum tempo...

Fotos: GPUpdate.net e Caterham/Divulgação
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