E vamos a um pequeno resumo do que aconteceu neste fim de semana de automobilismo mundo afora .
MotoGP
Na Catalunha, Jorge Lorenzo venceu. Venceu e disparou no mundial. Já são três vitórias e dois segundos lugares em cinco provas, o que dá ao espanhol uma cômoda vantagem sobre seu principal rival no certame, o australiano Casey Stoner. São 20 pontos que separam os dois, além de Lorenzo ter 30 pontos de frente para o terceiro colocado, Dani Pedrosa, que começa a ameaçar o companheiro.
Na prova de ontem, que teve dobradinha espanhola, a disputa ficou restrita a Lorenzo e Pedrosa. Largando em segundo, o líder do campeonato perdeu uma posição, sendo superado por seu companheiro, Ben Spies e por Pedrosa, que assumiu a ponta. Logo Lorenzo voltou ao segundo posto, beneficiado pela queda do americano. Começou então uma boa disputa entre os dois rivais.
Lorenzo passou por Pedrosa na volta 7. Cinco giros mais tarde, o piloto da Honda deu o troco e abriu uma pequena vantagem. Contudo, Lorenzo não desistiu. Com uma moto mais equilibrada, partiu pra cima de Pedrosa novamente e o ultrapassou na volta 19. A superioridade do campeão de 2010 foi tanta que, nas seis voltas seguintes ele ainda conseguiu abrir cinco segundos de frente. Vitória incontestável.
Quem completou o pódio foi o italiano Andrea Dovizioso, que também largou bem e conseguiu fazer uma corrida bem sólida, apesar dos ataques de Stoner, o quarto, no fim da prova. Aliás, o australiano não teve um bom dia. Caiu da pole para o quinto lugar e passou boa parte da prova brigando com Cal Crutchlow, que terminou em quinto. No fim, buscou o pódio, mas não conseguiu. Um resultado que liga o sinal de alerta para o atual campeão.
Quem andou bem também foi Alvaro Baustista, sexto colocado, pouco atrás de Crutchlow. O espanhol fez uma boa corrida, evoluindo bem no grid. Já as Ducatis de fábrica ficaram com o sétimo e o nono lugares, com Valentino Rossi e Nicky Hayden respectivamente. Entre os dois companheiros ficou Stefan Bradl. Mesmo com a queda, Ben Spies foi o décimo, em uma boa prova de recuperação. Entre as motos CRT, Aleix Espargaro, em 13º, foi o melhor.
Com o resultado, as coisas começam a se encaminhar bem para Lorenzo e para a Yamaha, que parece ter uma moto mais equilibrada, o que foi fundamental para suas últimas duas vitórias. A Honda vai ter de encontrar um jeito de não ficar para trás.
Nas categorias menores, duas provas muito boas, como de costume. Pela Moto 2, Andrea Ianone saiu vitorioso de uma disputa que durou até a linha de chegada com Thomas Luthi. O italiano assumiu a ponta logo no início, seguido por Marc Marquez, com quem teve boas disputas, com Luthi e com Pol Espargaró. No fim, Luthi passou por Marquez e partiu para o ataque, enquanto o piloto da Repsol acabou se chocando com o compatriota Espargaró, que levou a pior, caindo e abandonando. Na penúltima volta, o suíço retomou a ponta, mas foi superado na abertura da última volta, que foi um show a parte dos dois. Melhor para Ianone, que cruzou a linha de chegada 0s083 a frente de Luthi, o novo líder do mundial. Marquez fechou em terceiro.
Já na Moto 3, Maverick Viñales venceu. E convenceu. Mesmo perdendo a dianteira logo no início, o espanhol acabou retomando a ponta ainda nos giros iniciais e abriu uma confortável vantagem que soube administrar até o fim. As disputas ficaram mesmo para um segundo pelotão, que brigou pelos lugares restantes no pódio. E foram intensas. Apesar do segundo posto ter ficado com Sandro Cortese, menos de um segundo acabou separando o alemão do nono colocado, o italiano Romano Fenati, em um final apoteótico. Entre os dois, vieram: Miguel Oliveira, Louis Rossi, Alexis Masbou, Alex Marquez, Hector Faubel e Zulfahmi Khairuddin. Um ótimo fim de prova.
Indy
Na Indy, vitória de Scott Dixon com Dario Franchitti na segunda posição em dobradinha da Ganassi. Tudo muito bonito em uma corrida que poderia ter sido marcada como a confirmação da ressurreição do time que ganhou os últimos quatro campeonatos da categoria. Porém, o GP de Detroit acabou marcado por um fato inusitado.
A corrida transcorria normalmente até a volta 40, quando James Hinchcliffe e Takuma Sato bateram. Após cinco voltas atrás do safety car, a prova foi interrompida. O motivo? Um problema com o asfalto do circuito que, de uma hora para outra, começou a se soltar, exatamente no ponto onde Hinchcliffe havia batido.
A prova ficou interrompida por cerca de duas horas, enquanto funcionários da Indy tentavam solucionar o problema com concreto de secagem rápida. Problema parcialmente resolvido, prova retomada e finalizada com 60 das 90 voltas completadas. E muitos pilotos saíram prejudicados.
Até o momento da paralisação, Dixon liderava, seguido de Power, Pagenaud, Kanaan e Castroneves. Só que, com a paralisação da prova, houve tempo para que uma pequena garoa molhasse a pista, tornando a relargada um caos. O resultado foi que quatro pilotos, entre eles Helinho, rodaram causando bandeira amarela. E o brasileiro levou a pior, perdendo o bico e caindo para o fim do pelotão. Em nova relargada, Franchitti, que era o quarto, valeu-se de sua experiencia e passou por Power e Pagenaud, subindo para segundo. Dixon, soberano durante toda a corrida, venceu. Essa foi a primeira vitória de um carro que não era da Penske em circuitos de rua e, obviamente, a primeira também de um motor Honda. Aliás, o pódio inteiro foi de motores japoneses.
Com os dois últimos resultados, a Ganassi vai provando que pode voltar a briga pelo campeonato. Dixon já é o segundo e Franchitti subiu para quarto. O campeonato vai pegando fogo.
Entre os brasileiros, Tony Kanaan fez uma bela prova, saindo de 18º para sexto, graças a uma bela estratégia da KV. Helinho, como disse, foi apenas o 17º, depois dos problemas na relargada. E Barrichello abandonou ainda no início.
F-Truck
Na F-Truck, a vitória da etapa de Goiás, ficou com Leandro Totti, em uma prova marcada pelo grave acidente de Geraldo Piquet. O piloto da Mercedes aparentou ter tido problemas de freios e acertou o caminhão de José Maria Reis. Com o choque, o truck de Geraldo capotou e ficou inteiramente destruído. Apesar do susto, o piloto foi resgatado consciente e teve apenas uma luxação no cotovelo e passa bem. Completaram o pódio, ao lado de Totti, Wellington Cirino, João Maistro, Fred Marinelli e Paulo Salustiano.
F1
Na F1, a FIA baniu o assoalho utilizado pela Red Bull nas três últimas provas, atendendo as solicitações dos times rivais da escuderia rubro taurina. O assoalho dos carros do time possuía buracos para redirecionar o fluxo de ar. Mesmo se defendendo, o time austríaco minimizou o fato e disse que já não pretendia utilizar a peça no GP do Canadá. Com a novidade, o time conquistou suas duas vitórias no ano, no Bahrein e em Mônaco.
Fotos: MotoGP.com, IndyCar.com e FormulaTruck.com.br
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