E acabou o mistério nesta terça-feira. O espanhol Jorge Lorenzo e sua equipe, a Yamaha, anunciaram a extensão do contrato entre piloto e time por mais duas temporadas. Dessa forma, acabam alguns boatos de que o campeão de 2010 poderia mudar de equipe no próximo ano.
A renovação de Lorenzo com a Yamaha é benéfica tanto para ele quanto para equipe, penso eu. Para o piloto, essa é a oportunidade de continuar em uma equipe muito bem estruturada e que tem condições de lutar por vitórias. No momento, salvo alguma situação anormal de prova, somente a Yamaha e a Honda têm tal condição. Sem contar que o espanhol já está entrosado com todo o staff da montadora e tem um grande status lá dentro.
Já para a equipe, a permanência de Lorenzo representa não só a manutenção de um piloto muito talentoso, mas também de um líder. Desde a saída de Valentino Rossi da Yamaha, Lorenzo passou a ser o número 1. Aliás, o espanhol conquistou seu espaço no time ainda quando o Doutor era o cara para os japoneses, conquistando o título de 2010. Com a saída do italiano, era normal que Lorenzo passasse a ser o principal piloto, mesmo sendo jovem. E ele o fez. E tem amadurecido muito neste papel. Prova disso é a liderança desse mundial.
O anuncio da permanência de Lorenzo na Yamaha deve provocar certa movimentação no mercado de pilotos da categoria, uma vez que Casey Stoner revelou que se aposentará ao término deste mundial. As especulações que colocavam Lorenzo na mira da Honda deverão seguir para outro piloto da categoria, uma vez que a outra montadora japonesa também estará em busca de um piloto de ponta que possa ser um líder, como é Stoner atualmente.
A principio, a função parece que vai ficar a cargo de Dani Pedrosa. Porém, não creio que o espanhol tenha estofo para isso. Uma opção seria promover o talentoso Marc Marquez. Entretanto, o jovem espanhol esbarraria em duas questões: em sua imaturidade e no regulamento da MotoGP, que impede um piloto de subir de categoria indo diretamente para uma equipe de fábrica. Assim, ele só faria sua estréia pelo time principal da montadora em 2014, tendo de passar por um time satélite antes, em 2013. A Honda vai ter de encontrar uma solução para isso.
Foto: MotoGP.com
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