O efeito Ricciardo começa a funcionar – A F1 teve neste fim de semana uma boa notícia. Pelo menos eu considero uma boa notícia. Os organizadores do GP da Austrália entraram em um acordo com a FOM (Formula One Management) e conseguiram a extensão, por mais cinco anos, do contrato para a realização do GP de Melbourne, em Albert Park. O novo contrato, que demorou um ano para ser renovado - devido às negociações entre os organizadores e Bernie Ecclestone, começa a valer a partir de 2016 e seguirá até 2020.
Desde 1996 no calendário da F1, quando substituiu Adelaide, considero o circuito de Albert Park um dos mais legais de se ver uma prova da categoria. Sendo geralmente a etapa de abertura do campeonato (só não foi em duas oportunidades, em 2006 e em 2010, quando o Bahrein abriu o mundial), o GP da Austrália é interessante por conta do fator imprevisibilidade, uma vez que a esta altura as equipes ainda estão tentando entender seus carros em um ambiente real de competição. Por isso, podemos ver surpresas às vezes. Já é meio que tradicional ver essa corrida abrindo a temporada.
Por falar em tradição, é bom ver também que a categoria manterá uma praça que já está há bastante tempo no circo, ainda mais em uma época onde mercados sem tradição alguma no automobilismo ganham espaço. Desde 1985 a F1 corre na Austrália, ou seja, a próxima etapa por lá será a comemorativa de 30 anos. Logo, já há uma boa base de fãs no país, gente que realmente gosta da categoria.
Aliás, sobre os fãs, esses também terão um motivo a mais para acompanharem de perto o próximo GP. E esse motivo atende pelo nome de Daniel Ricciardo. Com a ascensão do piloto australiano, que já venceu duas vezes nesta temporada, certamente o interesse dos ‘aussies’ pelo GP deverá aumentar um bocado, ainda mais se a Red Bull voltar a brigar por vitórias de forma mais incisiva. O próprio premier de Victoria, estado onde se encontra Melbourne, Denis Napthine, espera poder capitalizar com o sucesso de seu carismático compatriota.
Bom ver que Melbourne continuará sediando uma etapa da F1.
Trivia
- Michael Schumacher é o piloto que mais vezes venceu no circuito de Albert Park. O alemão tem quatro vitórias na pista australiana (2000, 2001, 2002 e 2004). Com três vitórias, Jenson Button é o segundo colocado nesta estatística (2009, 2010 e 2012). Kimi Raikkönen (2007 e 2013) e David Coulthard (1997 e 2003) venceram lá em duas oportunidades. Damon Hill (1996), Mika Hakkinen (1998), Eddie Irvine (1999), Giancarlo Fisichella (2005), Fernando Alonso (2006), Lewis Hamilton (2008), Sebastian Vettel (2011) e Nico Rosberg (2014) ganharam uma vez cada no traçado;
- Ferrari e McLaren, com seis triunfos cada, foram as equipes que mais venceram em Albert Park. A última vitória da escuderia italiana na pista, entretanto, aconteceu em 2007. Já o time inglês ganhou o GP mais recentemente, em 2012. Além delas, Renault (2), Williams (1), Brawn GP (1), Red Bull (1), Lotus (1) e Mercedes (1), são as equipes que contabilizam vitórias no circuito.
- Em 11 das 19 provas disputadas até hoje em Albert Park. O vencedor acabou se tornando o campeão mundial ao fim da temporada. Foram eles: Damon Hill (1996), Mika Hakkinen (1998), Michael Schumacher (2000, 2001, 2002 e 2004), Fernando Alonso (2006), Kimi Raikkönen (2007), Lewis Hamilton (2008), Jenson Button (2009) e Sebastian Vettel (2011);
- Nunca um piloto brasileiro venceu o GP da Austrália desde que ele passou a ser disputado em Melbourne. A melhor posição de um piloto do país foi o segundo lugar, com Rubens Barrichello em quatro oportunidades (2000, 2004, 2005 e 2009). A última vitória de um piloto canarinho na terra dos cangurus aconteceu em 1993, quando Ayrton Senna venceu a etapa de encerramento daquela temporada, em Adelaide. O tricampeão já havia triunfado em Adelaide em 1991. Um ano antes, Nelson Piquet conquistou a primeira vitória do país na Austrália, no 500º GP da história da F1.
Fotos: GPUpdate.net e F1-Fansite.com
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