Lorenzo segue na Yamaha até 2016

Não é uma grande surpresa – Se faltava ele, agora não falta mais. O espanhol Jorge Lorenzo anunciou hoje, quinta-feira (7), a extensão de seu contrato com a Yamaha. Agora, o vinculo do bicampeão da MotoGP com a marca japonesa irá durar até 2016. E a renovação, apesar dos vários rumores surgidos nos últimos tempos que davam a entender uma possível mudança de equipe, não chega a ser uma grande surpresa.

Sim, é fato que hoje Lorenzo e Yamaha não vivem um casamento tão prospero como já viveram. Desde 2008, quando chegou à Casa de Iwata, o talentoso espanhol sempre obteve muito destaque. Suas 31 vitórias na classe rainha foram conquistadas a bordo de uma Yamaha YZR-M1, bem como seus dois títulos. E em todas as temporadas, exceto a primeira, ele esteve envolvido diretamente na briga pelo título. Se juntam aos seus dois mundiais mais três vice-campeonatos. 

Todo esse sucesso, claro, alavancou seu status e expos seu grande talento para guiar uma moto, o que faz dele aquele tipo de piloto que toda grande fábrica quer para liderar seus projetos. Não poderia ser diferente, afinal, Lorenzo junta o talento natural ao perfil de vencedor. Tanto isso é verdade que nos últimos tempos ele sempre esteve ligado rumores que envolviam sua saída da Yamaha. 
No fim de 2012, por exemplo, a Honda teria lhe feito uma proposta e esta foi recusada pelo então recém-bicampeão do mundo. Não havia motivos para mudar de ares naquele momento. Já nesta temporada, foi a vez de vários rumores ligarem-no a Ducati, ora com ele tendo já acertado um pré-contrato para seguir para a fábrica italiana já em 2015, ora com ele tendo em mãos uma proposta extremamente vantajosa na parte financeira para se juntar aos italianos na próxima temporada. 

Com a demora nas negociações para a renovação de seu contrato com a Yamaha, as especulações foram aumentando, ajudadas também pelas dificuldades que o piloto da moto #99 vem enfrentando em 2014, sem conseguir repetir os bons desempenhos de outrora (fato que pode ter a ver com as lentas negociações). Com os resultados fracos do ano - após nove corridas, ele soma somente três pódios e a quinta posição no mundial, atrás de Andrea Dovizioso, Valentino Rossi, Dani Pedrosa, e a léguas de Marc Marquez - e o domínio demonstrado pela Honda, pode-se imaginar que o espanhol estivesse ponderando e analisando suas opções para seguir competitivo. Mas aí é que está: atualmente, não há opções competitivas além de Yamaha e Honda para ele.

Por mais que um piloto de ponta sempre queira ter a melhor moto, que hoje indiscutivelmente é a RC213V, não seria possível que Lorenzo chegasse à Honda – como foi especulado no início do ano, com o interesse partindo da montadora nipônica - uma vez que o time, para os próximos dois anos, já está fechado novamente em torno de Marc Marquez e Dani Pedrosa, que tiveram seus vínculos renovados em maio e julho, respectivamente. 

Já apostar na Ducati, para um piloto que quer ser campeão, é um risco já que o time continua sendo uma incógnita. Desde a saída de Casey Stoner, os italianos não conseguem ser competitivos. E já tentaram de tudo: levaram pra lá Nicky Hayden, Valentino Rossi e mais recentemente Cal Crutchlow para tentar resolver os problemas. Só que os resultados não foram bons, tanto que para esse ano, a marca resolveu dar um passo para trás e se inscreveu no campeonato como equipe “Open”, o que lhe dá certas regalias, mas limita seu desempenho.
Dessa forma, só restou a Lorenzo renovar com a Yamaha. Só que isso está muito, mas muito longe de ser um mau negócio.

Por mais que o pessoal da Casa de Iwata tenha ficado para trás em 2014, não há a menor duvida de que eles são capazes de voltar com força máxima em 2015, dando a seus dois pilotos totais condições de vencer o mundial. Por isso, a continuidade de Lorenzo na Yamaha é sim uma boa. Nem ele, nem Valentino Rossi e tampouco a fábrica japonês irão querer ficar atrás dos principais rivais. E para isso, vão trabalhar bastante para fazer da M1 a melhor moto do grid novamente.

De contrato renovado, Lorenzo e Yamaha podem dar a primeira resposta já neste fim de semana, durante o GP dos EUA. Pode começar aí a retomada de ambos na luta para voltarem a dominar o mundial.

Fotos: MotoGP.com e GrandePremio.com.br
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