Sauber: onde a confusão rola solta

Sauber parece ter um bom carro e tem chances de voltar a ter destaque no pelotão intermediário em 2015

Uma das equipes mais simpáticas do grid, a Sauber tenta voltar a ser protagonista no pelotão intermediário do grid da Formula 1. Depois de uma temporada desastrosa em 2014, o time quer voltar a pontuar e ter performances consistentes, que possam lhe trazer frutos no fim do ano. E para isso, a equipe contava com o sueco Marcus Ericsson, o brasileiro Felipe Nasr e o aporte financeiro que ambos traziam.

No entanto, apareceu o holandês Giedo van der Garde, com um contrato assinado por ele e para a equipe que lhe garantia uma vaga de titular para 2015. E isso pode atrapalhar os planos da escuderia, que se tiver de limar um dos pilotos que pretendia colocar no grid, certamente perderá uma boa quantia, ainda que o holandês leve algum.

Situação complicada e que ainda não foi totalmente resolvida, poucas horas antes dos carros irem para o primeiro treino livre em Melbourne.

E agora Sauber?

Balanço dos testes


Segunda equipe que mais andou na pré-temporada, por motivos até parecidos com os da Toro Rosso, a Sauber também parece ter feito um bom trabalho nos ensaios coletivos. Com 5709 km acumulados, 2976 km pelas mãos de Felipe Nasr e 2732 km pela tocada de Marcus Ericsson, segundo e quinto que mais andaram respectivamente, o time suíço pôde testar tudo o que foi possível, conseguindo bons resultados.

Felipe Nasr andou bem durante os testes. Expectativa é que o brasileiro tenha um bom ano de estreia
O novo carro, o C34, aparenta ser muito confiável, tendo apresentado poucos problemas, o que já é um bom início. Além disso, o bólido também parece ter um bom ritmo, sendo elogiado por seus pilotos.

Por falar em pilotos, ambos puderam aprender bastante durante as praticas, apesar de terem experiência com a categoria. Ericsson foi piloto da Caterham no ano passado e andou a temporada toda. Já Nasr era piloto de teste da Williams e embora não tenha a mesma experiência que o companheiro, pôde ao menos fazer alguns treinos de sexta-feira, o que já é alguma coisa. Não chega totalmente verde na categoria e conhece o ambiente.

Vamos ver se a equipe leva o aprendizado da pré-temporada pro mundial.

Expectativas para 2015


A Sauber quer, acima de tudo, voltar a marcar pontos com frequência. A equipe se acostumou, nos últimos anos, a estar sempre no top 10 ou perto dele, pontuando constantemente. Porém, em 2014, a escuderia não terminou uma única prova entre os dez melhores, ficando atrás até mesmo da Marussia, que graças a Jules Bianchi, conseguiu dois pontos. Um resultado péssimo para a escuderia formada por Petter Sauber.

Por isso, o time tentará ressurgir como uma das forças do pelotão intermediário.

Após ano na Caterham, Marcus Ericsson poderá ter na sauber chance de mostrar serviço. Será que o sueco irá bem?
O problema é que, com um orçamento limitado, o desenvolvimento do carro também poderá ser limitado. Isso sem contar a chance de perder um dos patrocinadores (trazido por Nasr ou Ericsson) por conta do imbróglio com Giedo van der Garde. Se o holandês tomar o lugar de um dos dois, óbvio que um dos patrocinadores deixará o time e talvez o dinheiro de van der Garde (se ele o levar) não seja suficiente.

O C34 parece ser um bom carro para o início da temporada. Porém, as questões extra pista podem atrapalhar demais a vida da Sauber nesse ano.

Os pilotos


Marcus Ericsson – O sueco é um piloto que, na temporada que disputou pela Caterham, não chamou a atenção. Teve como melhor posição de chegada um 11º lugar, entre catorze carros que terminaram a corrida em Mõnaco e nada mais.

Se correr nessa temporada pela Sauber, terá uma oportunidade melhor do que aquela que teve na extinta equipe. Mas não sei se poderá fazer muito mais. Ericsson me parece muito mais um daqueles pilotos que apenas passam pela categoria, sem deixar a menor saudade, do que um que vá se estabelecer.

Felipe Nasr - O brasiliense é um piloto que, na minha visão, está pronto para a categoria. E isso não é nem perto de ufanismo ou pachequismo. Nasr teve duas temporadas sólidas na GP2, lutando pelo título até certo ponto em ambas, e já carrega a experiência de ter estado 2014 com a Williams, vivendo o ambiente da categoria. Dessa forma, ele chega sabendo o que vai enfrentar.

Felipe é um piloto com bagagem, bons resultados e aparenta ter uma cabeça muito boa, ser muito focado. Tem muitas chances de se dar bem na F1.

Se realmente correr pela Sauber nesse ano, terá um carro que poderá lhe dar condições de fazer apresentações sólidas, conseguir pontos ao longo da temporada e não apenas ajudar sua escuderia, mas também chamar a atenção de times maiores.

Giedo van der Garde – Aos 29 anos, van der Garde tenta a primeira chance como titular na F1. E ela poderá vir após a batalha judicial que ele tem travado contra a Sauber, por já ter um contrato com o time para essa temporada.


É um piloto que passou muitos anos na GP2, mas sem obter resultados que chamassem a atenção. Seu único título aconteceu em 2008, na Formula Renault 3.5, ou seja, há sete anos. Não acho que vá acrescentar nada.

Fotos: GPUpdate.net e RaceExpress.nl
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