Desde 2008, quando a grande crise financeira deu o ar da (des)graça de forma contundente mundo afora, muitos setores entraram em recessão. Contenção de gastos virou lema, demissões em massa viraram moda e a produção caiu drasticamente. E no mundo do esporte a motor, reconhecidamente o mais rico entre os desportes, as coisas não foram diferentes.
Durante o período de crise, o que se viu no automobilismo mundial foi uma retração. Quem gastava muito, passou a gastar menos, cortando um funcionário aqui, outro fornecedor ali, renegociando contratos e tudo o mais. Patrocínios começaram a se tornar escassos e algumas empresas, mais radicais, resolveram deixar seus negócios, como a Honda na F1, a Subaru no WRC ou a Kawasaki na MotoGP. Isso sem falar nas equipes independentes de várias categorias.
Assim, o ano de 2009 iniciou e seguiu uma nova política de menos gastos possíveis, criando a expectativa de que no decorrer do ano as coisas melhorassem, trazendo novas perspectivas para 2010.
Chegado 2010, vemos que a crise foi praticamente vencida. Já é possível notar que há uma recuperação em diversos setores da economia mundial. Porém, mesmo com a crise muito enfraquecida hoje em dia, em comparação ao seu auge, suas consequências ainda podem ser notadas, tanto no mundo do automobilismo como em outros segmentos.
Não sou nenhum especialista em economia e não pretendo sê-lo, apesar de me interessar pelo assunto. Contudo, acho que posso fazer uma análise da atual situação econômica no automobilismo, para tentar entender melhor a sua situação.
Muita gente acha que a crise é utilizada hoje mais como uma grande desculpa para se maquiar os efeitos de uma má gestão, por exemplo. E existe coerência nesse argumento. Porém, é inegável que uma recessão da magnitude que foi a da última crise não deixe suas marcas.
No mundo do esporte a motor, um bom exemplo pode ser a F1. Mesmo com o enfraquecimento da crise, duas montadoras (BMW e Toyota), resolveram deixar a categoria. Já a Renault, que passou por dificuldades em 2009, teve de vender 75% de suas ações para continuar na categoria.
A F1 tentou também cortar alguns “gastos desnecessários”, visando uma solução. Mas o mesmo tempo, abriu vagas para novas equipes entrarem na categoria em 2010. E segundo vem dizendo Bernie Ecclestone, as quatro novatas passam por dificuldades financeiras e ele acredita que algumas nem alinhem no Bahrein.
E isso não é exclusividade da F1. No WTCC, a atual campeã Seat resolveu deixar categoria.
Nos EUA, a Indy vai ter apenas um teste durante a pré-temporada de inverno. Motivo: economia de dinheiro, segundo Brian Barnhart, presidente da Indy.
Como vimos, os efeitos da crise ainda batem na porta de muitos. E continuaremos vendo esse cenário econômico de retração por mais algum tempo. Enquanto isso, medidas continuarão a serem tomadas, umas funcionando e outras nem tanto. O importante é que sejam bem pensadas.
Essa foi minha pequena análise sobre a crise. Sintam-se a vontade para discordar, concordar, debater...
Durante o período de crise, o que se viu no automobilismo mundial foi uma retração. Quem gastava muito, passou a gastar menos, cortando um funcionário aqui, outro fornecedor ali, renegociando contratos e tudo o mais. Patrocínios começaram a se tornar escassos e algumas empresas, mais radicais, resolveram deixar seus negócios, como a Honda na F1, a Subaru no WRC ou a Kawasaki na MotoGP. Isso sem falar nas equipes independentes de várias categorias.
Assim, o ano de 2009 iniciou e seguiu uma nova política de menos gastos possíveis, criando a expectativa de que no decorrer do ano as coisas melhorassem, trazendo novas perspectivas para 2010.
Chegado 2010, vemos que a crise foi praticamente vencida. Já é possível notar que há uma recuperação em diversos setores da economia mundial. Porém, mesmo com a crise muito enfraquecida hoje em dia, em comparação ao seu auge, suas consequências ainda podem ser notadas, tanto no mundo do automobilismo como em outros segmentos.
Não sou nenhum especialista em economia e não pretendo sê-lo, apesar de me interessar pelo assunto. Contudo, acho que posso fazer uma análise da atual situação econômica no automobilismo, para tentar entender melhor a sua situação.
Muita gente acha que a crise é utilizada hoje mais como uma grande desculpa para se maquiar os efeitos de uma má gestão, por exemplo. E existe coerência nesse argumento. Porém, é inegável que uma recessão da magnitude que foi a da última crise não deixe suas marcas.
No mundo do esporte a motor, um bom exemplo pode ser a F1. Mesmo com o enfraquecimento da crise, duas montadoras (BMW e Toyota), resolveram deixar a categoria. Já a Renault, que passou por dificuldades em 2009, teve de vender 75% de suas ações para continuar na categoria.
A F1 tentou também cortar alguns “gastos desnecessários”, visando uma solução. Mas o mesmo tempo, abriu vagas para novas equipes entrarem na categoria em 2010. E segundo vem dizendo Bernie Ecclestone, as quatro novatas passam por dificuldades financeiras e ele acredita que algumas nem alinhem no Bahrein.
E isso não é exclusividade da F1. No WTCC, a atual campeã Seat resolveu deixar categoria.
Nos EUA, a Indy vai ter apenas um teste durante a pré-temporada de inverno. Motivo: economia de dinheiro, segundo Brian Barnhart, presidente da Indy.
Como vimos, os efeitos da crise ainda batem na porta de muitos. E continuaremos vendo esse cenário econômico de retração por mais algum tempo. Enquanto isso, medidas continuarão a serem tomadas, umas funcionando e outras nem tanto. O importante é que sejam bem pensadas.
Essa foi minha pequena análise sobre a crise. Sintam-se a vontade para discordar, concordar, debater...
Fotos: Autosport.com
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