Dois dos três testes coletivos programados para a pré-temporada da MotoGP, já se foram. E algumas pequenas considerações já podem ser feitas em relação ao que foi visto nas duas sessões realizadas em Sepang.
Sem sombra de dúvidas a Honda, campeã absoluta em 2011, é a grande favorita no ano. E o time principal da marca japonesa não tem decepcionado. Com uma moto a menos em seu quadro, a Repsol Honda liderou a maioria dos dias de treinamentos, sempre com o atual campeão Casey Stoner, nome fortíssimo entre os favoritos ao título. Dani Pedrosa também não fez feio, apesar de não ter demonstrado um ritmo tão bom quanto o do companheiro.
As motos dos times satélites da marca também parecem estar em uma boa forma para disputar as posições intermediárias do grid, com destaque para a Gresini. A Honda já tinha um acordo com o time para fornecer uma moto semelhante às utilizadas pela equipe principal e que seria guiada por Marco Simoncelli. Mesmo depois da morte de Super Sic, o acordo seguiu e foi herdado por Alvaro Bautista, que teve uma temporada de 2011 boa, além de acidentada, pela Rizla Suzuki. É alguém para se ficar de olho, uma vez que Simoncelli, em condições parecidas no ano passado, fez boas provas. No caso da LCR, que terá o campeão da Moto 2 Stefan Bradl, é melhor esperar, pois esse será um ano de adaptação para o alemão.
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| Com o bicampeão Casey Stoner, Repsol Honda é a equipe a ser batida nesta temporada da MotoGP |
A pelo menos meio passo atrás da Honda está a Yamaha. O time de fábrica da montadora conta com Jorge Lorenzo e Ben Spies, uma boa dupla de pilotos. Lorenzo já é campeão mundial e Spies tem se firmado entre os melhores do grid. Porém, fica a dúvida sobre o desenvolvimento do projeto para esse ano. Teriam Lorenzo e Spies condições, junto a equipe, de fazer com que a moto evolua ao longo da temporada? É bom lembrar que, quando foi campeão, Lorenzo tinha a seu lado Valentino Rossi, e todos sabemos que era o italiano o responsável pelo desenvolvimento da equipe. No ano passado, o time não foi páreo para a Honda, apesar de Lorenzo lutar pelo título até as últimas provas. É uma questão difícil de ser respondida e que poderá ditar os rumos desse campeonato, uma vez que apenas a Yamaha parece ter condições de tentar equilibrar a disputa com a Honda.
Quanto a equipe satélite da marca, a Tech 3, tudo indica que deverá ter um destino parecido com as da Honda, ou seja, brigando no meio do pelotão, podendo, de vez em quando, andar na frente, assim como se espera da Gresini de Bautista. Com Andrea Dovizioso e Cal Crutchlow as guiando, poderemos ver algumas surpresas.
Já a Ducati parece ainda estar bem atrás das rivais. Valentino Rossi mostrou certo otimismo, dizendo que poderiam brigar por pódios, depois de admitir que seus rivais estão em melhores condições. O pessoal da equipe também acredita ter encontrado algumas soluções para tentar equilibrar a disputa com Honda e Yamaha, durante testes privados em Valência. Porém, até agora, pouco foi mostrado nos testes. E não acho que seja o caso de estarem escondendo o jogo. É bem provável que a Ducati siga como terceira força da categoria. As equipes satélites, Pramac e Cardion, também brigarão no meio com as outras.
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| Jorge Lorenzo e Yamaha terão a dura missão de desbancar a atual campeã e favorita Honda nesta temporada |
Pra finalizar, algumas linhas sobre as motos CRT. Com testes diferentes em Jerez, o desempenho delas segue em um ritmo normal. Espera-se que essas motos se desenvolvam com o passar da temporada, mas dificilmente sairão do fundão.
Ainda neste mês, acontece a última sessão de testes da MotoGP. Será a última oportunidade, antes do início da temporada das equipes testarem suas novidades. E será mais uma oportunidade para vermos o que o mundial nos reserva.
Fotos: MotoGP.com
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