Ontem, na primeira parte desta pequena analise, que são mais chutes do que qualquer outra coisa, falamos sobre as quatro principais equipes da F1 no momento. Hoje, é dia de falar do pelotão intermediário, que pode surpreender em alguns momentos desta temporada. Lotus, Force India, Sauber e Toro Rosso deverão protagonizar uma boa disputa no meio do grid. Vejamos o que nos espera.
Lotus
A equipe preta e dourada foi uma boa surpresa nos testes coletivos. Andou bem, liderando algumas praticas, apesar de ter perdido por completo a segunda sessão de treinos, devido a um problema no chassi de seu carro. Isso pode custar tempo para o desenvolvimento do modelo, já que a F1 segue com poucos testes. Contudo, a Lotus tem tudo para ir bem nesse início de temporada, podendo incomodar Mercedes e quem sabe a Ferrari. Fica a duvida se eles terão investimentos até o fim da temporada para desenvolverem o E20.
Kimi Raikkönen - Foram dois anos longe da F1, competindo no WRC. Mas Kimi não perdeu a mão. O talentoso finlandês se adaptou rapidamente ao novo bólido e à nova equipe. Até parece que nunca deixou a categoria. E isso será fundamental para as metas da Lotus. Tendo-o como líder, a ex-Renault pode sonhar um pouco mais alto nessa temporada.
Romain Grosjean - O franco-suíço ganha uma nova chance na categoria, depois de uma experiência pra lá de ruim na Renault, em 2009, substituindo Nelsinho Piquet. Hoje, com mais bagagem e com o título da GP2 a tira colo, Grosjean parece estar mais maduro e pronto para provar se é ou não o bom piloto que muitos pintaram. Condições de desempenhar um bom papel ele terá. Vamos ficar de olho.
Force India
A Force India terminou 2011 em alta e quase conseguiu superar a Renault Lotus, hoje só Lotus. Por isso, o objetivo do time indiano é seguir crescendo, tentando se fixar como quinta melhor equipe do grid e passar a incomodar a Mercedes com mais frequência. Meta ousada, ainda mais para um time que conta com uma dupla de pilotos jovem. Entretanto, o time tem trilhado um bom caminho de evolução desde que estreou na categoria. Imagino que, assim como em 2011, veremos os carros da escuderia marcando pontos com regularidade.
Paul di Resta - O escocês Paul di Resta foi uma grata surpresa em 2011. Em sua primeira temporada na categoria, ele deu muito trabalho ao alemão Adrian Sutil, reconhecidamente bom piloto, chegando a andar na frente dele em determinados momentos. Apoiado pela Mercedes, o garoto, que tem DNA de corredor (é primo de Dario Franchitti) terá, novamente, a chance de mostrar que é bom piloto. Será interessante ver seu desempenho.
Nico Hulkenberg - Depois de uma temporada na vaga de piloto reserva da Force India, Nico Hulkenberg voltará a ter uma chance como titular na F1. O jovem alemão é um piloto muito rápido e mostrou isso na Williams, chegando até a marcar uma pole position para o GP do Brasil de 2010 e tendo desempenhos regulares. No time indiano, ele já está adaptado e não deverá ter dificuldades. Será um bom desafio para ele.
Sauber
Boa surpresa no início de 2011, frequentando a zona de pontuação nas primeiras etapas do ano e sendo extremamente competitiva, a Sauber não conseguiu manter o ritmo durante todo o ano. Por isso, o objetivo da equipe suíça para esse mundial é manter a regularidade durante todo o ano. É claro que para isso serão necessários investimentos e não sabemos se Peter Sauber irá dispor deles. Com uma das duplas mais equilibradas da categoria e tendo liderado algumas sessões de testes, espera-se um bom desempenho da Sauber também, lutando ferrenhamente por pontos.
Kamui Kobayashi - O japonês que chamou a atenção do mundo em 2009, pela Toyota e em 2010, já pela Sauber, por conta de sua agressividade e ultrapassagens arrojadas, parece amadurecer a cada dia, tendo de desempenhar um papel de liderança na equipe, o que de fato é muito bom para seu desenvolvimento como piloto. Se ele mantiver a regularidade mostrada no início de 2011, conseguirá novamente um bom destaque, tanto para si próprio quanto para a equipe. Espero também que ele não perca o impeto para as ultrapassagens, pois o nipônico é um show a parte.
Sergio Perez - Estreante em 2011, Perez mostrou-se um piloto muito rápido, regular e com uma tocada muito segura. Logo na primeira etapa terminou em sétimo, a frente de Kobayashi. Porém a Sauber foi desclassificada daquela corrida. Ofuscado pelo companheiro na primeira metade do ano, Perez reagiu no segundo semestre, mostrando que pode andar de igual para igual com o companheiro e que aprendeu um bocado em um curto período de tempo. Para 2012, espera-se que ele mantenha o bom nível e pontue com mais regularidade.
Toro Rosso
A equipe B da Red Bull realizou uma mudança radical para esse mundial. Mandou embora Sebastien Buemi e Jaime Alguersuari e trouxe dois novatos de seu programa de jovens pilotos: Daniel Ricciardo, que fez metade da ultima temporada pela Hispania, e Jean-Eric Vergne. Assim, os taurinos esperam encontrar o substituto para Mark Webber. Com um carro que parece mais sólido do que o modelo de 2011, a equipe teve um desempenho interessante nos testes e deve também brigar por pontos com mais frequência, apesar da dupla de pouca experiência.
Daniel Ricciardo - O australiano penou guiando a Hispania por onze etapas do último mundial. Porém, pôde aprender um bocado sobre a categoria. Uma experiência valida e que pode lhe ajudar na disputa interna da Toro Rosso neste ano. Apontado como principal candidato a suceder Mark Webber na Red Bull, Ricciardo precisará, no entanto, mostrar resultados satisfatórios, pois muito se espera dele dentro da RBR. Vamos ver como ele lidará com essa pressão.
Jean-Eric Vergne - Estreante na categoria, Vergne também é proveniente do programa de jovens pilotos da Red Bull. E assim como Ricciardo, é um postulante a uma possível vaga na equipe principal. Entretanto, o francês tem menos experiência na categoria do que seu companheiro. Por isso, o ano de 2012 será de um intenso aprendizado para ele. E também de menos pressão. E isso poderá ser benéfico para ele mostrar que tem potencial para chegar à RBR.
Fotos: GPUpdate.net
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