Exercício de futurologia (Parte III)


Enfim, chega ao fim, nesta quarta-feira, a série de três posts com pequenas previsões sobre o que se pode esperar da temporada 2012 da F1. Após discorrer na segunda-feira sobre as quatro principais equipes do grid, e de falar na terça sobre os quatro times que compõem o grupo intermediário, é hora de darmos uma passadinha pelos times que deverão compor da parte do meio ao fim do pelotão. Falemos então de Williams, Caterham, Marussia e Hispania.

Williams

Os investimentos e os resultados de outrora ficaram no passado. A realidade da Williams é bem diferente do que os fãs da F1 estiveram acostumados a ver. Uma das equipes mais tradicionais do grid parece se apequenar a cada temporada que passa. Em 2011, foram apenas cinco pontos em dezenove provas, o que deu ao time de Grove a nona posição no mundial, a frente apenas das equipes nanicas. Em nenhum momento a equipe esboçou uma reação. Para 2012, o objetivo é voltar a pontuar com regularidade e tentar se estabelecer novamente no pelotão intermediário, deixando pra trás o risco de ser superada por uma nanica. Confiável o carro parece ser. Resta saber se o desempenho propiciará a pouco experiente dupla de pilotos oportunidades de andarem no meio do grid com Toro Rosso, Sauber, Force India e Lotus..
Pastor Maldonado - Com uma temporada nas costas, o campeão da GP2 em 2010 deverá ter outro ano sem muito brilho. Não vejo nada demais no venezuelano, ainda mais se tiver novamente um carro limitado nas mãos. Pode, eventualmente, brigar por um ponto aqui, outro ali, dependendo das condições. Será um mero coadjuvante.

Bruno Senna - É bom que os novos fãs do sobrenome Senna não se animem muito com as possibilidades de Bruno nesse ano. Com uma temporada e meia de experiência, ele deverá ter um ano bastante inconstante com o carro da Williams. Pode ser que em algumas oportunidades ele venha a ter desempenhos satisfatórios, que possa marcar um ou dois pontos. Mas não acho que veremos isso com frequência. Será um ano bem difícil.

Caterham

Melhor equipe entre as pequenas, a Caterham deverá seguir dando passos adiante em 2012. O time procura montar a cada temporada uma estrutura melhor na categoria, o que prova que quem comanda a escuderia, no caso Tony Fernandes, não é apenas um aventureiro. No final de 2011 a Caterham, que ainda era Lotus Team, se aproximava da Williams. Um bom sinal. E essa deve ser a meta deste ano, continuar se aproximando do time de Grove, sonhando com uma ida ao Q2, vez ou outra. Em um primeiro momento, não a vejo superando o time inglês. Ms quem sabe eles não briguem no fim do ano?
Heikki Kovalainen - O finlandês está longe de ser um fora de série, mas tem feito um bom trabalho com seu time. Tanto ele como Jarno Trulli deram uma bela contribuição para que a Caterham evoluísse dessa forma. Dos dois pilotos da equipe, acho que ele é que tem mais condições de alcançar os objetivos do time.

Vitaly Petrov - Chegou de última hora, desbancando Jarno Trulli e continuará levando as cores da Rússia na F1. Pode ter uma boa disputa interna com Kovalainen, mas não fará muito mais do que Trulli já vinha fazendo. 

Marussia 

Não há muito o que falar da Marussia, a não ser que ela é a única que seguiu a McLaren - sua parceira técnica - e não fez um bico com degrau para seu carro. A equipe foi aprovada (finalmente) no crash-test da FIA nesta terça-feira e o carro novo sequer foi para a pista. Não sairá das últimas posições e brigará com a Hispania para ver quem não é a pior.
Timo Glock - Glock não é um mau piloto. Só tem má sorte de estar na Marussia. Apenas dará voltas nas pistas. Também, com a carroça que terá nas mãos...

Charles Pic - Vai estrear na categoria por uma equipe que não tem muita estrutura. Ou seja, não vai dar pra analisar se o garoto francês tem ou não potencial. Pelo que lembro da GP2, ele também não é mau piloto. Mas vai acabar pagando o pato por correr na Marussia.

Hispania

Segue o mesmo caminho da Marussia. Não faz muito tempo foi aprovada no crash-test da FIA e não colocou o novo modelo na pista durante os testes coletivos. Só conseguiu fazer mesmo o shakedown. Como destaque só mesmo a dupla de pilotos. Pedro de la Rosa, com 40 anos, e Narain Karthikeyan, com 34, formam a dupla mais velha do grid. Tentará não ser a pior equipe do ano. Difícil...
Pedro de la Rosa - Certamente terá uma atuação mais marcante e proveitosa como presidente da GPDA do que guiando o F112.

Narain Karthikeyan - Será um espectador privilegiado da temporada. Assistirá as corridas de dentro da pista.

Fotos: GPUpdate.net
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