Começando o post com uma retificação. Durante a caça desenfreada de Sergio Perez à Fernando Alonso no GP da Malásia, o mexicano saiu da pista quando restavam cinco voltas para o fim, enterrando assim suas chances de vitória. No momento da corrida, fiquei com a sensação de que Perez poderia ter saído da pista por conta de uma falta de pressão aerodinâmica em seu carro, por estar próximo demais do espanhol. Assistindo à reprise, vi que esta sensação estava errada. Pela distância entre os pilotos, não havia como o mexicano ter perdido pressão aerodinâmica por conta da Ferrari que vinha à frente. Perez exagerou mesmo e errou.
Ainda seguindo no assunto, vejo que muita gente acredita que Ferrari e Sauber tenham feito um acordo para que Perez não ultrapassasse Alonso, dando assim a vitória ao time de Maranello. O que levou tanta gente a pensar dessa forma? Bem, antes do erro de Perez, foi ao ar uma comunicação de seu engenheiro pedindo que ele fosse cauteloso, pois o time "precisava daquela posição". Atitude normal de qualquer equipe média ou pequena que esteja conquistando um resultado expressivo. Porém, fizeram questão de criarem mais uma teoria da conspiração. A Sauber é cliente da Ferrari de longa data? Sim. O histórico de marmeladas italianas é grande? Também. Mas não acredito que houve interferência por parte da Ferrari nesse caso. Ali, está cada um lutando pelo seu. Volto a dizer: Perez exagerou, errou e perdeu a chance. Algo normal para um piloto jovem que buscava sua primeira vitória. Recomendo a leitura do bom texto do jornalista Victor Martins sobre o caso em seu blog.
Voltando a falar da corrida, dois acidentes me chamaram a atenção, envolvendo dois campeões mundiais e a HRT de Narain Karthikeyan. Logo após o reinício da corrida e das trocas de pneus de chuva forte para intermediários, Jenson Button se envolveu em um toque com o indiano, ao tentar ultrapassá-lo. O inglês teve o bico danificado, precisando voltar aos boxes e destruindo sua corrida. Após a corrida, como era de se esperar, Button não polemizou e assumiu total responsabilidade pelo incidente, do qual, realmente, foi culpado. Não esperava outra postura do campeão de 2009.
Já no final da prova, Karthikeyan se envolveu em outro toque, agora com Sebastian Vettel. O atual bicampeão da categoria ultrapassou o piloto da HRT, retardatário no momento, e recebeu um toque por trás, que furou seu pneu e lhe jogou para fora da zona de pontuação. Depois da corrida, o alemão não foi tão polido quanto Button, dizendo que o indiano guiava feito um 'poste'. Compreensível a irritação de Vettel, no entanto, totalmente descabida. Vendo a corrida, achei que a culpa havia sido de Narain, mas na reprise, vi que Vettel calculou mal a ultrapassagem e acabou provocando o toque. Para mim, a culpa foi do alemão e por isso suas reclamações são injustas.
Já o clima para Felipe Massa continua a piorar. Mais fora da Ferrari, por pressão dos tifosi, do que dentro, onde também não está lá muito prestigiado. Entretanto, o discurso na escuderia é de que Massa precisa de confiança para mostrar seu trabalho. Situação cada vez mais complicada.
Finalizando a F1, em um comunicado hoje a Williams confirmou a saída de Adam Parr do time. Algo que surpreende, porque o agora ex-chefe de equipe era cotado para assumir a presidência do time de Grove no lugar de Frank Williams.
Na GP2, outra bela apresentação dos pilotos brasileiros. Com grid invertido, Luiz Razia, vencedor da primeira etapa, largou em oitavo, ao passo que Felipe Nasr, sexto na bateria um, largou em terceiro. O baiano fez mais uma boa corrida para cruzar a linha de chegada em quinto. Já o brasiliense, em sua segunda corrida na categoria, foi sólido e manteve o terceiro posto, alcançando seu primeiro pódio na categoria. Com os resultados, Razia é o líder do campeonato. Nasr é o quinto. Promessa de uma temporada promissora para ambos.
Na estreia da Stock Car 2012, nenhuma novidade na frente. Cacá Bueno venceu de novo, seguido de Thiago Camilo e Ricardo Mauricio em uma prova que não foi ruim. O filho do Galvão é favoritíssimo ao penta...
Na Indy, mais Brasil na frente. Helio Castroneves venceu a etapa de abertura em São Petesburgo de forma muito convincente. Apostou em uma estratégia de uma parada a menos e se deu muito bem no final, seguido por Scott Dixon e Ryan Hunter-Reay, que seguiram a mesma tática. Uma Penske, uma Ganassi e uma Andretti no pódio. As três grandes forças da categoria começaram bem o ano. O campeão sairá, certamente, de um desses times. Quanto a vitória de Helinho, o resultado é importante para começar a briga interna contra os fortes Will Power e Ryan Briscoe. Que mantenha o ritmo.
Já o estreante Rubens Barrichello terminou apenas em 17º. Décimo terceiro no grid, esperava-se um pouco mais dele em sua estréia. Mas é um momento de aprendizado e de adaptação ao caro e principalmente às pistas. Rubinho vai melhorar com o desenvolvimento do campeonato. Tony Kanaan, com problemas elétricos, abandonou.
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