Revezamento


Segundo o jornal francês "Le Parisien", será anunciado de forma oficial amanhã a volta da França ao calendário da F1, já a partir da próxima temporada, em revezamento com a etapa belga. O circuito escolhido para abrigar o circo na terra da Torre Eifel, é Paul Ricard, de propriedade de Bernie Ecclestone. Uma notícia boa para os franceses. E ruim para os fãs da F1 e para os pilotos, por que não?

Começando pela parte boa (para os franceses, claro), ter uma corrida de F1 no país é importante para consolidar um retorno da categoria por lá. De uma temporada para outra, a França passou de uma nação sem representantes na F1, para um dos países com mais pilotos no grid, três no total (Romain Grosjean, Jean-Eric Vergne e Charles Pic). Hoje, os gauleses só tem menos pilotos na F1 do que a Alemanha, e está empatada com o Reino Unido.
Até 2008, a França esteve no calendário sediando sua etapa em Magny Cours, um circuito no meio do nada que não agradava muito ao pessoal da categoria. Após uma enorme crise financeira, os organizadores tiveram de desistir de realizar a prova, coincidindo com uma pequena seca de pilotos do país no grid, que já vinha de algum tempo. 

De 2008 pra cá, o país foi representado apenas por Sebastien Bourdais, em uma temporada e meia (entre 2008 e 2009) e pelo próprio Grosjean, que teve uma rápida passagem em 2009, substituindo Nelsinho Piquet, além da equipe Renault, que já estava em declínio depois dos títulos nos mundiais de pilotos e construtores em 2005 e 2006. Não havia apelo para que a França tivesse uma prova no calendário. Contudo, com esse 'boom' de novos pilotos, a história deve mudar. Por isso se justifica a realização de uma etapa de F1.

A escolha por Paul Ricard também é lógica. O circuito é propriedade de Bernie Ecclestone. Assim, fica fácil para o velhinho alugar a pista a cada biênio para que o evento seja realizado. Ele embolsa uma graninha, os organizadores não gastam com um evento anual e todos ficam felizes.

Por outro lado, os fãs da categoria não terão muito a comemorar. Isso porque a chegada da França ao calendário significa um revezamento com a Bélgica. Dessa forma, veremos etapas na mítica pista de Spa-Francorchamps, considerada por 11 entre 10 pilotos a melhor do calendário, a cada dois anos. 
É bom lembrar que, para os belgas, isso será um alívio. Informações davam conta de que os organizadores da provas estavam com dificuldades de bancar o evento anualmente. Revezando-se com Paul Ricard, haverá um alivio nas contas, pelo menos. É outra justificativa para a etapa francesa. Mas não deixa de ser uma pena, pois em um calendário que tem pistas que geram corridas chatissimas como em Valência, em Abu Dhabi, entre outras, Spa sempre se destacava muito.

Infelizmente, o lado financeiro pesa demais e Spa não escapou disso...

Fotos: Tazio.com.br e GPUpdate.net
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