Massa: o fim de seu ciclo na Ferrari e as possibilidades para 2014

Hoje, Felipe Massa confirmou sua saída da Ferrari por meio de sua conta oficial no Instagram. Em três idiomas, o piloto brasileiro revelou que não terá seu contrato renovado pela escuderia italiana, agradeceu aos fãs e revelou que ainda pretende continuar na F1, em um carro competitivo, que lhe dê condições de realizar seu sonho: ser campeão do mundo. Chega ao fim o ciclo do vice-campeão de 2008 em Maranello.

Anuncio de Felipe Massa de que não continuará na Ferrari em 2014 foi feito por meio de sua conta no Instagram
Sair da Ferrari neste momento, obviamente, não é lá uma coisa muito boa para Massa. E não digo apenas esportivamente, levando em consideração que ao deixar um time grande, como a escuderia, ele perde chances de andar na frente, brigar por vitórias e até pelo título. O grande problema é que não há clareza para ele quanto a lugares disponíveis em que possa ser competitivo, como ele afirmou que deseja.

Pegando os times grandes, Mercedes, Red Bull e McLaren têm suas duplas definidas para os próximos anos. Dessa forma, sobra apenas a Lotus, que se não é tão grande quanto as outras, pelo menos vem demonstrando um desempenho muito bom desde o ano passado. Acredito que no time inglês Massa teria a oportunidade de fazer bons campeonatos. Entretanto, a equipe baseada em Enstone vive alguns problemas financeiros e incertezas, coisas que podem influenciar na escolha de seu piloto, levando-se em consideração que eles vão mesmo perder Raikkönen para a Ferrari.

Outras vagas que podem aparecer, mais provavelmente, são na Sauber e na Force India, times medianos, que ainda não se definiram e que também não dão nenhum tipo de certeza quanto a irem bem no próximo mundial. Os suíços ainda esperam pela definição da parceria com o conglomerado russo e que Sergey Sirotkin consiga sua super licença para assumir sua vaga por conta deste acordo. A situação de Esteban Gutierrez também precisa ser estudada. Na Force India, Paul di Resta deve continuar, pois os indianos possuem a parceria técnica com a Mercedes. Já Adrian Sutil também precisa definir seu 2014.

Além dos riscos de não encontrar um time competitivo, é capaz que Felipe sequer encontre uma equipe para correr em 2014, afinal, a maioria delas precisa que os pilotos contratados levem algum tipo de contrapartida financeira, seja dinheiro para ajudar no orçamento, seja desconto na aquisição de motores ou de peças em uma parceria técnica. Ou seja, o brasileiro precisaria ter um bom aporte financeiro ou a ajuda de alguém influente, como a própria Ferrari, ou de Bernie Ecclestone, que recentemente afirmou que precisa de um brasileiro no grid, pelo país ser um importante mercado para a F1.

Mas ainda mesmo com essas dificuldades, pode ser que haja um trunfo para que Felipe consiga um lugar na F1: sua experiência. Com a mudança do regulamento para 2014, ele poderia ser de grande ajuda no desenvolvimento de carros de times medianos. Quanto aos últimos resultados do brasileiro, creio que esses teriam relevância maior em uma escolha para um time grande.
Felipe Massa encerra seu ciclo de oito anos como titular da Ferrari em casa, no GP do Brasil deste ano
Sobre a saída de Felipe da Ferrari, essa parecia inevitável. Era questão de tempo mesmo. Desde 2006 como titular da Ferrari, foram poucos os momentos em que ele gozou do prestígio de ser o piloto #1 da casa. Por seus próprios méritos, Felipe conseguiu seus momentos de brilho mais intenso na segunda metade do mundial de 2008, quando virou o contendor da equipe ao título mundial até a última prova, e em 2009 até seu acidente na Hungria. Antes disso, era visto como segundo piloto de Michael Schumacher, vice-campeão em 2006, e de Kimi Raikkönen, campeão em 2007. E voltou a este posto com a chegada de Alonso em 2010.

Com os resultados fracos obtidos nos últimos anos, essa situação ficou ainda mais clara. Massa até deu algumas respostas, mas não conseguiu fazer o suficiente - em termos de resultados - nesses últimos anos para pleitear mais uma temporada no time do cavalinho rampante.

Felipe encerra seu ciclo numa equipe onde conquistou bons resultados. Isso é inegável. Ele deu sua parcela de contribuição para a Ferrari e tem uma boa história na escuderia. Sim, ele não conseguiu bons resultados nos últimos anos e a última impressão é a que fica, como diria o outro. Mas nada apaga o que ele fez de bom também. Agora, ele precisa se focar e trabalhar para continuar seguindo na categoria, como deseja, podendo recomeçar em um novo ambiente. Que ele tenha sorte nisso.

Fotos: Instagram.com e GPUpdate.net
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