A partir de amanhã, quarta-feira, a F1 inicia sua segunda bateria de testes coletivos na pista bahrenita de Sakhir. Desta vez, todas as onze equipes deverão tomar parte dos ensaios, uma vez que resta menos de um mês para o início da temporada, em Melbourne. No entanto, quatro equipes em especial estarão sob os holofotes, pelo menos nos primeiros momentos das praticas. Red Bull, Lotus, Toro Rosso e Caterham serão os times mais vigiados em um primeiro momento por conta dos problemas apresentados pelos motores da Renault nos testes de Jerez.
Durante a última semana, a fábrica francesa apareceu com o que parecem ser boas notícias. Segundo Rémi Taffin, diretor de operações da Renault, os problemas que forçaram RBR, STR e Caterham a darem apenas 151 voltas, juntas (muito menos do que as rivais) foram reconhecidos e solucionados. Abaixo, uma breve explicação dada por Taffin ao site da revista Autosport sobre tudo o que se sucedeu.
"Na verdade, estávamos lidando com problemas de hardware, e consequentemente com problemas de software também. O primeiro que encontramos foi o problema com o sistema de armazenamento de energia. Tivemos boas atualizações e pudemos testar tanto na fábrica quanto na pista nos dois dias de filmagens que tivemos e tudo funcionou como o esperado. Então estamos confiantes de que o problema que tivemos no primeiro teste estão resolvidos com as correções no hardware e principalmente o armazenamento de energia. O capítulo seguinte foi, obviamente, o software. No primeiro teste, tivemos alguns problemas de dirigibilidade na pista, além de controle de pressão e calibração, mas conseguimos trabalhar nisso durante essas duas semanas e melhoramos nosso nível"Rémi Taffin
Mas apesar da confiança em apresentar um desempenho melhor no Bahrein, a Renault prefere manter uma certa cautela. Isso porque mesmo com a identificação dos problemas, a marca francesa voltou a ter certas dificuldades em um evento com a Toro Rosso na Itália. No shakedown da Lous, porém, não foram registrados contratempos. Por isso, a fábrica não descarta se utilizar de uma regra da FIA que permite a realização de modificações nos motores caso eles apresentem problemas de confiabilidade. Isso faz parte da regulamentação que homologa os propulsores e congela seu desenvolvimento durante o ano e que tem de ser apresentada no dia 28 deste mês. Aliás, com tantas mudanças, é possível que as três fabricantes (Renault, Mercedes e Ferrari) usem deste expediente.
Além da Renault, as quatro equipes também precisarão rever parte de seus projetos em busca de melhorias. A Red Bull, por meio de Adrian Newey, já admitiu que não foi apenas sua fornecedora de motores que apresentou problemas. Segundo o britânico, os desenhos mais agressivos do atual pacote e a falta de testes prévios de todos os componentes acabaram por contribuir para todo o caos que a equipe viveu em Jerez, dando apenas 31 voltas em quatro dias de praticas. Ou seja, todos têm culpa no cartório.
Com tantas mudanças na F1 para este ano, a Renault e suas clientes já começaram atrás das rivais. E vão ter de correr contra o tempo a partir de amanhã para ganharem quilometragem e testar tudo para saberem se estão no caminho certo. É hora de buscar o tempo perdido em Jerez para se colocarem, no mínimo, de forma competitiva em Melbourne.
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