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Durante a última semana, a fábrica francesa apareceu com o que parecem ser boas notícias. Segundo Rémi Taffin, diretor de operações da Renault, os problemas que forçaram RBR, STR e Caterham a darem apenas 151 voltas, juntas (muito menos do que as rivais) foram reconhecidos e solucionados. Abaixo, uma breve explicação dada por Taffin ao site da revista Autosport sobre tudo o que se sucedeu.
"Na verdade, estávamos lidando com problemas de hardware, e consequentemente com problemas de software também. O primeiro que encontramos foi o problema com o sistema de armazenamento de energia. Tivemos boas atualizações e pudemos testar tanto na fábrica quanto na pista nos dois dias de filmagens que tivemos e tudo funcionou como o esperado. Então estamos confiantes de que o problema que tivemos no primeiro teste estão resolvidos com as correções no hardware e principalmente o armazenamento de energia. O capítulo seguinte foi, obviamente, o software. No primeiro teste, tivemos alguns problemas de dirigibilidade na pista, além de controle de pressão e calibração, mas conseguimos trabalhar nisso durante essas duas semanas e melhoramos nosso nível"Rémi Taffin
Mas apesar da confiança em apresentar um desempenho melhor no Bahrein, a Renault prefere manter uma certa cautela. Isso porque mesmo com a identificação dos problemas, a marca francesa voltou a ter certas dificuldades em um evento com a Toro Rosso na Itália. No shakedown da Lous, porém, não foram registrados contratempos. Por isso, a fábrica não descarta se utilizar de uma regra da FIA que permite a realização de modificações nos motores caso eles apresentem problemas de confiabilidade. Isso faz parte da regulamentação que homologa os propulsores e congela seu desenvolvimento durante o ano e que tem de ser apresentada no dia 28 deste mês. Aliás, com tantas mudanças, é possível que as três fabricantes (Renault, Mercedes e Ferrari) usem deste expediente.
Além da Renault, as quatro equipes também precisarão rever parte de seus projetos em busca de melhorias. A Red Bull, por meio de Adrian Newey, já admitiu que não foi apenas sua fornecedora de motores que apresentou problemas. Segundo o britânico, os desenhos mais agressivos do atual pacote e a falta de testes prévios de todos os componentes acabaram por contribuir para todo o caos que a equipe viveu em Jerez, dando apenas 31 voltas em quatro dias de praticas. Ou seja, todos têm culpa no cartório.
Com tantas mudanças na F1 para este ano, a Renault e suas clientes já começaram atrás das rivais. E vão ter de correr contra o tempo a partir de amanhã para ganharem quilometragem e testar tudo para saberem se estão no caminho certo. É hora de buscar o tempo perdido em Jerez para se colocarem, no mínimo, de forma competitiva em Melbourne.
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