A Williams anunciou ontem mais um patrocínio brasileiro. Além do acordo com a Petrobras, oficializado pela equipe de Grove durante essa semana, o time inglês também será parceiro do Banco do Brasil. E essa ligação com a empresa brasileira beneficia diretamente um piloto do país: o brasiliense Felipe Nasr.
Nasr será o piloto reserva da escuderia atingindo assim seu maior objetivo, que era chegar à F1. Pode-se discutir se essa é realmente a melhor opção para um piloto, uma vez que as participações de quem ocupa esse posto são bastante limitadas. Felipe, por exemplo, acertou em seu contrato que participará de três testes, o primeiro já ocorrido hoje no Bahrein, e de cinco treinos livres, um deles, obviamente, no GP do Brasil. Contudo, não há como negar que estando na F1, muitas coisas podem ser facilitadas para ele. É bom lembrar que Felipe ainda tem apenas 21 anos.
O brasiliense é um piloto que já provou ter qualidade. Sua última temporada na GP2, apesar de não ter tido vitória, foi bastante satisfatória. Nasr brigou pelo título até as últimas etapas e teria tido ainda mais chances com alguns triunfos. Ainda assim, mostrou regularidade e que tem potencial para evoluir no longo caminho que tem a percorrer.
Felipe Nasr foi anunciado como terceiro piloto da Williams ontem e já fez sua estreia pela equipe hoje, no Bahrein |
A ajuda do Banco do Brasil, com quem tem uma ligação de longo tempo, também o beneficia. Se o banco mostrar que vai apoia-lo dentro da categoria, obviamente ele terá boas chances de, em breve, lutar por alguma vaga de titular. Talvez não na Williams, que hoje conta com Felipe Massa por um período mais longo, e com Valtteri Bottas, apadrinhado por Toto Wolff, um dos acionistas da equipe. Contudo, outras escuderias medianas, como Sauber, Force India ou mesmo a Lotus, acabam precisando de pilotos que levem patrocínio. E estando dentro da F1, com contato um pouco mais próximo desses times, pode ser que suas chances aumentem.
Para a Williams, esse é mais um patrocínio interessante que vai melhorando a situação financeira da escuderia. Dá mais um folego e estabilidade para sir Frank e sua trupe trabalharem, além de trazer possibilidades de mais investimentos.
Agora, com Petrobras, Banco do Brasil e dois pilotos na Williams, o automobilismo brasileiro meio que dá uma respirada dentro da F1 após os riscos que correu. No entanto, ainda há muito o que se fazer pelo esporte aqui no país, mais precisamente nas categorias de base para que outros pilotos surjam. Se essas parcerias de Petrobras e Banco do Brasil trouxerem bons resultados, quem sabe essas e outras empresas não passem a investir mais no esporte a motor.
Foto: GPUpdate.net
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