A Sauber anunciou hoje que contará com mais um piloto em seu quadro de corredores. A suíça Simona de Silvestro é a mais nova contratada da equipe baseada em Hinwill. Uma novidade muito bacana para Simona, que alcança o objetivo pessoal de chegar à F1, sonho de 99% dos pilotos, e para a própria categoria, que nos últimos anos tem estado mais propensa ao ingresso de mulheres nas mais diversas áreas.
Aos 25 anos e depois de quatro temporadas na Indy, Simona ocupará a posição de piloto afiliada da Sauber. E o que isso quer dizer? Bem, pelo que entendi do comunicado enviado pela escuderia (e nunca tinha ouvido falar de piloto afiliado, confesso), esse posto seria uma espécie de trainee, um primeiro passo para pilotos que venham de outras categorias ingressarem na F1. Dessa forma, a suíça irá passar por testes em pista, no simulador, além de realizar uma preparação física e mental, condizentes com a demanda da F1, com o objetivo de conseguir sua superlicença e estar apta para correr, caso tenha a oportunidade, já em 2015. Seria, mais ou menos, como um estágio.
Portanto, só teremos uma ideia das reais condições de Simona quanto a guiar um F1 em 2015. Contudo, acho esse movimento muito interessante para todo mundo.
Simona de Silvestro irá iniciar preparação como piloto afiliada da Sauber visando vaga na F1 já em 2015 |
Vejo na suíça uma piloto com bom potencial até mesmo para competir na F1, caso atinja as condições ideais. Na Indy, já a achava melhor do que vários pilotos do grid, além de ter sido a mulher que mais me impressionou. Mais até do que Danica Patrick, que venceu corrida e marcou poles e foi ao pódio em algumas oportunidades. E seus números falam por si: Simona foi a rookie de 2010, ano em que estreou na categoria, e durante os quatro anos que correu na Indy, conquistou ótimos resultados, levando em conta que sempre competiu por times pequenos.Apesar de ter problemas para andar bem circuitos em ovais, ela compensava com boas apresentações em pistas permanentes ou de rua, tanto que 13 de seus 14 "top 10 finishes" foram nestes tipos de traçado, inclusive seu único pódio, em Houston no ano passado, único de uma mulher na Indy em pistas desse tipo. Mostra a técnica de uma piloto de base européia.
Há também um ponto interessantíssimo no que diz respeito a presença de mais mulheres na F1. A presença de Simona lá dentro e as passagens recentes de Maria De Villota e Susie Wolff chamam atenção para a categoria e servem também para encorajar outras pilotos que estejam iniciando suas carreiras. E a chefe de Simona será uma mulher, Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber.
Não digo que Simona será campeã - longe, muito longe disso -, vencerá corridas ou frequentará o pódio. Mas acredito que ela possa fazer um bom papel, quem sabe marcando um pontinho aqui, outro ali, se souber aproveitar as oportunidades que surgirem. Além do mais, a experiência na F1 tem tudo para fazer com que ela evolua bastante como piloto. E esse já será um ganho enorme para alguém que vive das corridas, abrindo um leque importante para seu futuro no automobilismo. É uma chance e tanto e torço para que ela se dê bem.
Foto: Site Oficial da Sauber
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