Pitacos rápidos sobre o Rali do México

A semana foi de folia para muitos, mas de descanso para esse blogueiro, que não compareceu com tanta frequência a este espaço. Porém, não deixei de acompanhar, da maneira que pude, a terceira etapa do WRC, que ocorreu no México. E lá na terra de "Speedy Gonzalez", o popular "Ligeirinho", Sebastien Ogier venceu pela segunda vez no ano, voltando assim à liderança da categoria.

Pelo que consegui acompanhar do evento, Ogier não teve muito trabalho para garantir seu segundo triunfo em três ralis. O francês dominou completamente as ações, vencendo 14 das 22 especiais do rali - inclusive o Power Stage, que lhe garantiu mais três pontos extras - e não deu chances a ninguém. Nem sequer ao seu companheiro, Jari-Matti Latvala, que havia vencido na Suécia e que tem o mesmo equipamento. E isso mostra que o atual campeão está a um ou dois passos na frente dos concorrentes.

Ogier é, sem a menor sombra de duvidas, o melhor piloto em atividade no mundial de ralis. Só por este fato ele já está a frente dos demais. Além disso, o Volkswagen Polo é o melhor carro do certame. Mais um ponto a favor de Seb. E com esses dois requisitos, fica quase impossível alguém bate-lo. A única forma de que algum piloto derrote Ogier, no momento, é se o campeão tiver qualquer tipo de problema mecânico ou cometer algum erro grave. Se nenhum dos dois casos ocorrer ele irá, invariavelmente, vencer. E os resultados do México provam isso.
Com segundo triunfo em três ralis no ano, Sebastien Ogier e Julien Ingrassia voltaram ao topo da classificação
Pode parecer cedo para cravar, mas Ogier será, salvo alguma situação extraordinária, bicampeão do WRC ao fim desta temporada.

O único homem que poderia impedir um bicampeonato do piloto francês seria Jari-Matti Latvala, segundo piloto da VW. Mas o piloto finlandês precisaria subir seu nível para enfrentar Ogier de igual para igual, algo que parece improvável, por enquanto. No México, Latvala terminou o rali com mais de um minuto de desvantagem para o vencedor, tendo triunfado em apenas duas especiais. Muito pouco para alguém que queira vencer um campeonato. Apesar de ser extremamente veloz e de estar conseguindo se controlar e evitar acidentes, o finlandês ainda não consegue ter o peso de um contendor mais sério pelo título.

A "boa" notícia do fim de semana - com aspas, é claro - veio com a Hyundai. Thierry Neuville enfim conseguiu completar o primeiro evento com a marca neste ano, em um ótimo terceiro lugar. Um resultado importante, sem duvidas. Contudo, a equipe baseada na Alemanha ficou muito distante da Volkswagen. Foram mais de quatro minutos de atraso com relação ao vencedor e nenhum estágio vencido. Se por um lado a Hyundai mostrou certa estabilidade no México, ao passo que o outro piloto do time, Chris Atkinson foi o sétimo, o desempenho ainda não é dos melhores para brigar por coisas maiores. 
Vitória do piloto francês em solo mexicano foi bastante tranquila. Ogier terminou com mais de um minuto de vantagem para o segundo
Quem decepcionou, mais uma vez, foi a Citroen. O time francês até começou bem, com Mads Ostberg desafiando os carros da VW até certo ponto. Ao fim da SS6, o norueguês liderava o evento, tendo vencido duas especiais. No fim do primeiro dia, Mads era o segundo, já consideravelmente atrás do líder, mas ainda fazendo um ótimo papel. Porém,  norueguês acabou batendo na SS12 e perdeu toda e qualquer chance de obter mais um bom resultado, o que era bem possível. Kris Meeke também ficou pelo caminho.

Entre os pilotos da M-Sport, o melhor ranqueado foi, vejam só, o garotão Elfyn Evans, em quarto. Muito bom piloto, por sinal. Benito Guerra, correndo em casa e como convidado do time inglês, foi o sexto, enquanto Mikko Hirvonen terminou em oitavo. Robert Kubica, para variar um pouquinho, bateu.

A próxima etapa do WRC acontece no início de abril, em Portugal.

Resultado final do Rali do México


Fotos: BestOfRallyLive.com
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