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Review 2010 - F1
Sebastian Vettel, menino talentoso, prodigio, conquistou o mundo da F1 em 2010. Chegou ao topo, consagrou-se, mesmo esse não sendo um ano em que podemos dizer que ele tenha dominado. Pelo contrário. Vettel fez um esforço grande para não ganhar o título. Precipitado, causou acidentes bobos e parecia carta fora do baralho.
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Em seu momento de glória, chorou no rádio, comemorando com a equipe. Foi cumprimentado por quase todos os pilotos, fez as pazes com Webber, o desafeto da temporada. E entrou para a história. Vettel voltou a dar um título para a Alemanha, que empatou no número de conquistas com o Brasil, passando a ser o segundo país com mais títulos. Contudo, além disso, é o primeiro bavaro campeão tirando Schumacher.
Em 2011, vai ostentar a honra de carregar o número um em seu carro. Para tentar o bi e quem sabe, começar mesmo uma nova era na categoria. A era Vettel.
Melhor Piloto - Ao contrario do que aconteceu nos outros quatro reviews, onde elegi os campeões como melhores pilotos, não farei isso nesse. Não acho que Vettel foi o melhor do ano. Ele errou bastante, foi desastrado e jogou o campeonato pela janela. Só que quem o encontrou, devolveu para o alemão. Até o meio da temporada, tinha claro em minha cabeça que
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Pior Piloto - Não vou colocar aqui nenhum piloto das equipes novatas. É covardia. Mesmo assim, vários outros nomes caberiam aqui: Vitaly Petrov, Vitantonio Liuzzi, Jaime Alguersuari... mas escolhi Pedro de la Rosa. O espanhol correu 14 provas e marcou apenas seis pontos, com um sétimo lugar na Hungria, décima segunda prova. Aliás, das 14 disputadas, ele terminou apenas metade. E foi demitido por Petter Sauber. Em seu lugar, Nick Heidfeld precisou de três provas para marcar os mesmos seis pontos de Pedro. E nas mesmas 14 provas, o companheiro do espanhol na Sauber, Kamui Kobayashi, já tinha três vezes mais pontos que ele. A Sauber não foi grande coisa mesmo, mas de la Rosa ficou devendo.
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Pior Corrida - Acho que essa é uma unanimidade. O GP do Bahrein, que abriu a temporada, foi o mais chato de todos. Ninguém passava ninguém, todos andando em fila indiana. Vettel assumiu a ponta e sumiu. Mas não levou, devido a problemas. Com isso, a vitória caiu no colo de Fernando Alonso, que estreava pela Ferrari, que fez dobradinha com Massa em terceiro. Hamilton completou o pódio da corrida sem graça. Vettel foi quarto.
Surpresa - Nada me trouxe mais surpresa nesse ano do que a pole position de Nico Hulkenberg no GP do Brasil. Inesperada. Ninguém poderia apostar que o jovem alemão conseguiria esse feito. Mas ele estava no lugar certo, na hora certa e com os pneus certos. Fez a parte dele e se consagrou. O gostinho de largar na frente não durou nem uma curva, mas serviu para que ele chamasse a atenção e também para quebrar um tabu da Williams, que desde 2005, com Nick Heidfeld em Nurburging não saia na pole.
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Revelação - A revelação do ano não poderia ser outra: Kamui Kobayashi. Vimos um pouco do que ele poderia fazer no fim do ano passado, em duas corridas pela Toyota. E nesse ano, ele voltou a chamar a atenção por sua agressividade e arrojo. Mostrou ser um piloto com potencial e apesar de um início meio timido, melhorou durante o ano, marcando pontos com mais constancia e batendo seus experientes companheiros de equipe. Foi um dos destaques do ano.
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Pior Equipe - Também não colocarei as novatas aqui, por motivos óbvios, se bem que a Hispania (má) administrada por Collin Kolles devesse figurar nesse tópico. Porém, o papelão feito no GP da Alemanha credencia (e muito) a Ferrari para estar aqui. Fazer jogo de equipe no fim do campeonato, quando apenas um dos pilotos tem chance de título, pode ser até aceitável. Agora fazê-lo no meio do ano, é ser muito cara de pau. Sem contar o GP de Abu Dhabi, em que conseguiram tirar o título de Alonso, totalmente perdidos na tática de parada. As burradas da scuderia não acabaram ao que parece...
O Acidente - No review da GP2, o acidente escolhido foi de Josef Kral, na segunda corrida em Valência, quando o tcheco bateu na traseira do mexicano Rodolfo Gonzalez e saiu voando. Poucas horas depois, um acidente muito parecido assustou os fãs da F1. Os personagens: Mark Webber e Heikki Kovalainen.
Webber havia feito uma parada estratégica para tentar ganhar posições e quando tentava passar pela Lotus de Kovalainen, foi surpreendido pela franagem do rival, bateu na traseira e alçou vôo. O asutraliano nada sofreu além do susto e não culpou o finlandês. Menos mal.
Reis das ultrapassagens - Em uma competição de automoveis, todos querem ver emoção e muitas ultrapassagens. E nesse ano, três pilotos se destacaram nesse quesito: Lewis Hamilton, Robert Kubica e Kamui Kobayashi. Veja algumas das peripercias desses três em 2010.
Lewis Hamilton
Kamui Kobayashi
Robert Kubica
Ultrapassagem do ano - Porém, a ultrapassagem do ano ficou com um brasileiro. Rubens Barrichello fez uma das manobras mais comentadas da F1 nesse ano ao superar Michael Schumacher na Hungria. Relembre a ultrapassagem que quase terminou em um grande acidente.
Distraidos - A dupla da Ferrari também proporcionou momentos de distração no ano. Fernando Alonso, por exemplo, no GP da China queimou a largada. No mesmo GP, na entrada do pit, um Massa desatento permitiu que Alonso o ultrapassasse e trocasse os pneus antes, arruinando sua corrida. Já em Spa, Massa parou seu carro de forma errada no grid. As trapalhadas na Ferrari têm se estendido aos pilotos também...
Despedida - 2010 foi o último ano da Bridgestone como fornecedora de pneus da categoria. A empresa anunciou que se retiraria da F1 ainda no início da temporada. Para seu lugar, a F1 firmou contrato com a Pirelli.
Fotos: Autosport.com
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