Review 2010 - MotoGP

A segunda parte dos reviews de 2010 trata da MotoGP. Foram 18 provas e muita emoção que coroou o jovem Jorge Lorenzo, de 23 anos, como grande campeão e que viu uma dança das cadeiras nas principais equipes. E no ano que vem isso, deve aumentar, com a cobertura das 125cc e da Moto 2. Vamos aos fatos.

Moto GP 2010

Quando pensamos em MotoGP um nome logo nos vem à cabeça: Valentino Rossi. Heptacampeão mundial, o Doutor realmente nasceu para brilhar sob duas rodas. Mas não pense você que ele é imbativel. Ninguém é. E isso ficou provado em 2010. Rossi, que havia vencido os campeonatos de 2008 e 2009, ficou sem a taça em 2010. É verdade que ele teve um acidente, ficou fora de algumas provas, perdendo as chances de conquistar o campeonato. Contudo, ele viu surgir mais um forte adversário, que promete lhe dar muito trabalho: Jorge Lorenzo.

O espanhol foi campeão com todos os meritos possíveis e imaginaveis, contando com a sorte também. Muito competente, Lorenzo veio pra ficar no clube dos grandes da MotoGP. E é favorito a conquistar o título de 2011. Veja o que aconteceu de melhor na MotoGP.

Melhor Piloto - Sem sombra de dúvidas, foi Jorge Lorenzo. Não há nem o que discutir, o cara foi campeão. Mas além disso, sempre se manteve constante e longe de confusões (dentro da pista). Amadureceu bastante em relação ao Lorenzo que vimos nos dois últimos anos. Por isso chegou a esse nível. Venceu mais, chegou mais vezes ao pódio, enfim, foi o melhor. Não teve adversários em 2010.

Pior Piloto - Pra mim, o pior piloto do ano foi Mikka Kallio. Diziam que seria um cara que iria dar trabalho quando chegasse à MotoGP. Mas não vimos isso. É verdade que equipamento ele também não tinha, mas mesmo assim, não fez por onde merecer uma nova chance na categoria.

Melhor Corrida - Essa foi dificil escolher, porque em muitas provas pelo menos um dos principais pilotos não estava presente. Por isso escolhi a prova em Sachsenring, na Alemanha, que foi bem no meio da temporada, com a briga ainda em aberto ainda. A vitória foi de Dani Pedrosa, seguido de Lorenzo, Stoner e Rossi. Os dois últimos travaram uma bela disputa no final e isso pesou na escolha também.

Pior Corrida - De todas que eu vi, a mais chata foi a prova no Qatar, que abriu o mundial. A vitória ficou com Rossi, que não teve muito trabalho durante toda a corrida. Foi muito monótona a abertura, diferente da maioria das provas durante o ano.

Sortudo - Assim como dizem por aí, todo grande campeão precisa contar com a sorte. E é verdade. Que o diga Jorge Lorenzo. Foi o único que não se envolveu em acidentes no ano (coisa que já é sua marca registrada) e viu o principais rivais cairem, um a um. Não que isso seja uma coisa boa e digna de comemoração, pelo contrário. Mas que o espanhol deu sorte nesses casos, é inegável.

Azarado - Pode-se dizer que Dani Pedrosa foi o maior azarado do ano. Começou fora de ritmo, devido a um acidente no fim do ano passado. Se recuperou e no meio do ano começou a subir de produção. E quando se preparava para pressionar Lorenzo, um novo acidente lhe tirou qualquer possibilidade de brigar pelo título. Ficou com vice no final. Menos mau.

Surpresa - Em sua estreia na MotoGP, Ben Spies foi quem chamou a atenção. Campeão da Superbike em 2009, ele resolveu se arriscar na MotoGP. E teve sucesso. Não venceu, mas conseguiu dois pódios (Inglaterra e Indianapolis) e resultados expressivos. Foi sexto no mundial e já conseguiu um contrato com a equipe de fábrica da Yamaha para 2011, substituindo Rossi. Lá terá a chance de mostrar que pode ser um top também.

Decepção - Andrea Dovizioso poderia entrar nessa lista, mas se salvou andando bem no fim da temporada. Portanto, o prêmio de decepção ficou com Nicky Hayden e seu fraco desempenho com a Ducati. Muitos dizem que a moto italiana só é domada por Casey Stoner, mas não acredito muito nessa tese. E esperava que o campeão de 2006, depois de um ano de adaptação, a quebrasse. Mas quem quebrou a cara fui eu, pensando que Nicky poderia realmente andar bem. Hayden terminou em sétimo, longe de Stoner. Ficou devendo.

Susto - Foram vários os acidentes nesse ano. Mas destaco os três principais, com Rossi, Randy de Puniet e Pedrosa. Os dois primeiros, tiveram a mesma fratura na perna. Já Dani fraturou a clavicula em quatro pontos. Ambos conseguiram uma boa recuperação, ainda durante a temporada. Infelizmente, teve quem não conseguiu...

Tristeza do ano - Além dos acidentes acima citados, outro chamou bastante a atenção. E ocorreu na Moto 2. Em Misano, o japonês Shoya Tomizawa caiu e foi atropelado por dois companheiros que não tiveram tempo de desviar (Alex de Angelis e Scott Redding). O acidente aconteceu a mais de 180km/h e Shoya não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer. O fato pegou todo mundo de surpresa, tanto fãs, quanto pilotos, reabrindo a velha discussão do perigo no esporte. Infelizmente, todo maluco que senta a bunda numa moto está correndo esse risco. Não há como evitar, por maiores que sejam as medidas de segurança. Vai muito da sorte de cada um. Para Tomizawa, jovem e muito promissor piloto, ela não sorriu. Uma pena.



Comemoração do ano - Terminado o GP da Espanha, em Jerez de la Frontera, com vitória de Jorge Lorenzo, vemos a engraçadissima cena abaixo.



Isso mesmo. Para comemorar o triunfo, Lorenzo pula no lago. Não preciso dizer mais nada do porque essa é a comeoração do ano.

Despedidas - Última prova do ano em Valência, mais uma vitória de Lorenzo e final de temporada. Para muitos sim. Para outros, sinônimo de partida. Rossi, deixando a Yamaha, Stoner, deixando a Ducati, Spies deixando a Tech 3. E homenagens não faltaram. E por falar em homenagens de despedida, a melhor veio dele, Dotore Rossi, que escreveu uma carta de agradecimento à Yamaha. Um belo gesto daquele que ajudou a transformar a fabrica japonesa na equipe a ser batida.

Fotos: Autosport.com
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