A MotoGP chegou a metade de sua temporada. E algumas decisões importantes, envolvendo o mercado de pilotos para 2013 já foram tomadas. Já sabemos, por exemplo, que o australiano Casey Stoner irá se aposentar ao fim deste mundial. Com isso, a Repsol Honda resolveu renovar o contrato do espanhol Dani Pedrosa por mais duas temporadas e dar ao jovem espanhol Marc Marquez uma chance, uma vez que a regra que impedia um piloto de subir diretamente para um time de fábrica na MotoGP foi abolida. Em meio a isso, a Yamaha também renovou o vínculo de Jorge Lorenzo, líder do mundial, com sua equipe principal. E hoje, mais uma novidade envolvendo a Yamaha surgiu.
Por meio de uma nota enviada ao site “Superbike Planet”, Ben Spies revelou que não continuará na equipe principal da marca japonesa na próxima temporada, o que acaba por confirmar alguns boatos de que ele deixaria o time. Abaixo, reproduzo a curta nota.
"Ontem fiz um comentário no twitter que causou certo alvoroço. (Hoje) Causarei mais ao dizer que escolhi deixar a Yamaha após essa temporada por várias razões. Explicarei melhor quando sentir que for apropriado. Estou discutindo minha situação com meus patrocinadores e eles estão me apoiando. Existem algumas pessoas na Yamaha que eu odeio ter de deixar. E elas sabem quem são. Desejo o melhor à Yamaha. Não farei mais nenhum comentário até que o anuncio oficial seja feito"Ben Spies
Campeão da Superbike em 2009 e revelação da MotoGP em 2010, competindo pela Tech 3, equipe satélite da marca japonesa, Spies estreou pelo time de fábrica em 2011, substituindo Valentino Rossi que foi para a Ducati, com certo sucesso. Venceu uma etapa (GP da Holanda) e ainda conquistou outros três pódios, terminando o ano em quinto, 84 pontos atrás de seu companheiro, Jorge Lorenzo, vice campeão. Um desempenho que pode ser considerado razoável.
Contudo, em 2012 Spies tem sido apenas um rascunho de piloto. Em nove prova disputadas, o americano marcou apenas 66 pontos, tendo como melhores resultados dois quartos lugares (GPs da Holanda e da Alemanha) tendo terminado apenas cinco entre os 10 melhores. Enquanto isso, seu companheiro Jorge Lorenzo lidera o certame com 185 pontos. Ou seja, 119 pontos os separam. E o pior é que ele ainda está bem atrás dos dois pilotos que competem pela equipe satélite da Yamaha, no caso Andrea Dovizioso e Cal Crutchlow.
O que Spies fez foi apenas adiantar uma decisão que já parecia certa. Era bem difícil que ele continuassem mesmo guiando pelo time principal da Yamaha pelos resultados apresentados até o momento. A aposta nele não deu certo. Agora, cada um que siga com sua vida. O americano deverá ter lugar ainda na categoria.
Quanto a possibilidades, o mais relevante dessa história é que se abre uma vaga que será bastante cobiçada por vários pilotos. A Yamaha Oficial é, ao lado da Repsol Honda, um time onde os pilotos têm condições de brigar por vitórias e títulos. E essa vaga será peça fundamental na dança das cadeiras. Com certeza os japoneses irão estudar bem possíveis candidatos.
Foto: MotoGP.com
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