Orçamento é a chave

Uma vitória em duas corridas, um piloto no segundo lugar no mundial, nove pontos atrás do líder e a segunda posição no campeonato de construtores. Esse é um pequeno resumo do animador início de temporada da Lotus. Início esse que deixou muita gente animada com as chances do time brigar por vitórias durante o ano e, quem sabe, pelo título mundial. Contudo, um 'pequeno' detalhe pode atrapalhar essa caminhada da escuderia preta, dourada e vermelha, na visão de um de seus pilotos, o franco-suíço Romain Grosjean: dinheiro para investimentos no desenvolvimento do E21 no decorrer da temporada. 

Apesar de estar otimista em relação às chances do time em 2013, Grosjean reconheceu que ter um bom orçamento é fundamental para que um time possa se manter em uma disputa pelas primeiras posições durante o campeonato. "Depende do dinheiro que temos. Esta é a chave na F1", disse o aparentemente ex-tresloucado piloto à Autosport, na sexta-feira. E isso não é nenhum segredo para ninguém.

Sabemos que a quantidade de dinheiro que cada time dispõe acaba por fazer a diferença na categoria. Isso é quase uma regra. A própria Lotus já foi vitima disso em 2012. O bom E20 começou bem a temporada, mesmo sem vitórias, mas conquistando bons resultados com frequência. Porém, perdeu força durante o mundial, apesar da vitória de Kimi Raikkönen em Abu Dhabi e seu posterior terceiro lugar no mundial de pilotos. Tivesse um orçamento um pouco maior, para desenvolver melhor seu bólido, a Lotus poderia ter ido, com Raikkönen, um pouco mais além. 
Grosjean diz ter confiança na Lotus, porém ressalta que questão orçamentária é importante para time seguir brigando
Claro que existem exceções, como equipes que possuem muita verba para investir mas que não têm resultados tão expressivos. Um bom exemplo disso é a Mercedes, que desde sua volta à F1 pouco conquistou, mesmo sendo uma das escuderias com maior orçamento da categoria.

A situação inversa, ainda que mais rara, também existe. Talvez, o caso mais emblemático dos últimos anos tenha acontecido em 2009, com a Brawn GP, time criado às pressas por Ross Brawn (e que viria a se tornar o que é hoje a Mercedes) que dominou a primeira parte do campeonato, dando o título daquele ano à Jenson Button, em que se pese o fato dessa escuderia ter surgido pelo espólio da Honda, que despejou muito dinheiro na F1 sem ter resultados. 

Contudo, não são situações tão comuns e geralmente as equipes mais ricas ficam com as primeiras posições sempre.

Então, o que fazer Lotus? Bom, o próprio Grosjean parece ter uma resposta: aproveitar o bom momento vencendo provas para conseguir novos patrocinadores. Isso traria mais investimentos para o desenvolvimento do carro e possivelmente mais vitórias e novos patrocinadores. "É um ciclo", como frisou o franco-suíço.

Na teoria, o caminho parece estar desenhado. Contudo, temos de ver se na pratica, Raikkönen e o próprio Grosjean conseguirão seguir à risca esse 'plano' e se ele realmente daria certo. Não é assim tão simples, mas é uma possibilidade. À conferir.

Fotos: GPUpdate.net
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2 comentários:

TW/Motorizzados disse...

Vamos torcer que a estratégia dê certo. É interessante vê-los na parte de cima da tabela.

Diego Maulana disse...

Concordo Thiago. É sempre legal ver esses times considerados medianos podendo brigar em algum momento com os grandes. E sempre traz mais alternativas às provas...