Duas noticias chamaram minha atenção nessa semana na F1, que chegou ao Bahrein para a disputa da quarta etapa do mundial neste fim de semana. A primeira, que vi ontem, foi a confirmação da volta de Heikki Kovalainen (?!?!?!?!) à Caterham, dessa vez como terceiro piloto da escuderia. E a segunda, vista hoje, é que o venezuelano Rodolfo Gonzalez participará do primeiro treino livre desta prova pela Marussia, substituindo Jules Bianchi. Situações que exemplificam muito bem o que passam as duas menores escuderias do grid.
A Caterham volta a recorrer a Kovalainen após dispensar o finlandês no fim da última temporada para ficar com o francês e segundo anista Charles Pic e com o holandês e estreante Giedo van der Garde como titulares. O motivo para a escolha de uma dupla jovem e inexperiente, como não poderia deixar de ser, foi financeiro. Tanto Pic quanto van der Garde levaram uma boa quantia para que o time se mantivesse. No entanto, os resultados de ambos não agradam e o carro não parece ir pra frente.
Dessa forma, foram buscar novamente o finlandês para andar nos treinos livres em Sakhir e em Barcelona. Querem ver no que ele, que tem seis temporadas nas costas e um bom conhecimento do carro e da equipe, pode contribuir para uma possível evolução. E para deixar também os dois titulares em estado de alerta. Caso não tragam os resultados esperados (ficar a frente da Marussia, pelo menos) podem dançar.
Já a Marussia seguiu um caminho semelhante ao da Caterham e apostou em dois novatos. Ao perder Charles Pic para a rival, o time russo agiu rápido e anunciou Max Chilton como seu substituto. E depois de muito mistério, entrou em acordo com o brasileiro Luiz Razia, que entraria no lugar do alemão Timo Glock. Contudo, o dinheiro do piloto baiano não caiu na conta da equipe e ele foi limado da posição. Sem muitas opções, tiveram que assinar com o francês Jules Bianchi, que não encheu os bolsos dos russos. Aí vem a diferença para a Caterham.
Bianchi não levou dinheiro e nem experiência. Mas trouxe resultados. O jovem francês tem sido um dos grandes destaques desse início de temporada. Mesmo com um carro fraco como o da Marussia, em determinados momentos ele tem andado próximo a pilotos de equipes médias, como Sauber, Williams e Toro Rosso. E tem sido também, de longe, muito mais rápido que seu companheiro e do que a dupla da equipe anglo-malaia. Apesar disso, o fato de não ter levado dinheiro prejudica a saúde financeira da equipe, que tem de procurar formas de sanar esse problema. Um deles parece ser alugar o cockpit para alguns pilotos durante treinos livres. Acredito que eles farão isso mais vezes no ano.
As duas situações mostram como tem sido complicado para Caterham e Marussia seguirem no grid. Sempre precisam escolher entre pilotos que possam agregar algo à equipe ou a pilotos que levem algum. E o dinheiro acaba por falar mais alto na maioria dos casos. Esse será o martírio desses dois times...
Foto: GPUpdate.net
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