Bastaram três provas para que o mexicano Sergio Perez começasse a sentir o que é pilotar por uma equipe grande. Décimo quarto colocado no mundial, com apenas dois pontos conquistados, o jovem piloto já vai sendo cobrado por uma melhor performance nas próximas provas pelo chefe da equipe, Martin Whitmarsh. Pressão que só deve aumentar daqui pra frente, ainda mais se a diferença entre desempenhos demonstrada por Perez e seu companheiro, Jenson Button, nesta última prova, prosseguir.
Contratado para substituir Lewis Hamilton, que foi para a Mercedes, Perez chegou à McLaren prestigiado pela boa temporada que fez em 2012, guiando a Sauber. Apesar de ter cometido erros em algumas provas do campeonato passado, o mexicano se destacou muito mais pelos bons resultados que obteve. Foram três pódios (GPs da Malásia, Canadá e Itália) e o décimo lugar no campeonato.
Chegando à nova casa, 'Checo' foi ousado dizendo que queria brigar por vitórias e pelo título, algo até normal de se pensar quando se chega a um time como a McLaren. Porém, ele não chegou nem próximo disso nesse início de ano. Perez fez três corridas bem abaixo do que se espera de um piloto da tradicional equipe de Woking, especialmente a última, na China.
A fraca performance do mexicano nas duas primeiras etapas do ano é até compreensível, uma vez que a McLaren levou um carro muito ruim para a Austrália e para a Malásia. Mesmo assim, Sergio ainda conseguiu dois pontos em Sepang, palco de sua primeira grande corrida na F1, um ano antes. Contudo, na China ele ficou muito abaixo de Jenson Button durante todo o fim de semana, mesmo após seu time mostrar certa evolução. No classificatório, foi apenas o 12º, enquanto o inglês foi o 8º. Na corrida, até andou na zona de pontuação, mas terminou a prova fora dela, em 11º, ao passo que Button foi quinto. E é por esse último GP que ele já é cobrado dentro da equipe.
Sergio Perez já começa a sentir a pressão de ser piloto de um time grande. Equipe cobra melhores resultados |
Claro que é difícil avaliar um piloto por três corridas,.ainda mais nesse cenário em que Perez está inserido, sendo ainda um novato, chegando à uma equipe grande e que não possui o melhor dos bólidos. Até por isso, Whitmarsh adotou um tom meio que 'paternal' em suas palavras, evitando expor seu piloto. Preferiu apontar algumas coisas que podem estar atrapalhando o desempenho de Checo e dizer que o próprio Perez não está contente com o que fez no último fim de semana e nem com sua performance nessas primeiras corridas. O chefe ainda admitiu que a McLaren tem sua parte de culpa nisso, por não ter oferecido ao mexicano um carro top e parece entender que demanda tempo para que um piloto jovem como Sergio se adapte a sua nova realidade na McLaren, onde bons resultados precisam ser praxe para que um piloto lá se mantenha.
Entretanto, ao dizer que seu piloto precisa melhorar, Whitmarsh já passa um recado para o novato, deixa o aviso de que em times grandes o que é realmente necessário são os resultados e não um poupudo cheque que lhe garanta em um cockpit durante uma temporada.
Acho Perez um bom piloto, com potencial para crescer na categoria. E esta experiencia que ele está vivendo agora pode contribuir muito para seu amadurecimento. Mas ele terá de mostrar, junto do amadurecimento, resultados que comprovem seu talento, para que a equipe, que também precisa melhorar, não perca a confiança nele. E de preferência, o mais breve possível, pois a F1 não perdoa. A transição do rótulo de promessa para de piloto top é dura. Vamos ver se o mexicano conseguirá supera-la.
Foto: GPUpdate.net
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