Sem parte na divisão

A noticia saiu ontem e não passou batida por mim. Porém, resolvi escrever apenas hoje sobre o tema. Bernie Ecclestone revelou ontem que a partir deste ano, somente dez das onze equipes da F1 farão parte da divisão dos lucros da categoria, seguindo o modelo do novo Pacto da Concórdia. Uma situação que pode culminar com os objetivos do velhinho em fazer o grid abrigar somente dez equipes novamente..

A grande mudança do novo para o antigo pacto se referia às equipes que terminavam fora do top 10 no mundial de construtores. O antigo documento também indicava que apenas as 10 primeiras equipes no mundial participariam das divisões do lucro da F1. Contudo, os times que terminavam fora dessa zona recebiam uma espécie de premio por participação, no valor de US$ 10 milhões. Isso foi adicionado quando Max Mosley, ex-presidente da FIA, quis abrir a categoria para a chegada de novas equipes, em 2009. Era um estimulo para essas escuderias menores a continuar na categoria. O pacto elaborado por Mosley valeu de 2010 a 2012.

No entanto, com o fim da validade do antigo pacto, Ecclestone resolveu mudar um pouco as coisas e negociou os acordos comerciais da categoria de maneira individual, seguindo a ordem de classificação do ano passado. Com isso, não houve acordo com a Marussia, 11ª no campeonato de 2012, e não haveria com a HRT, 12ª, se esta não tivesse fechado as portas. Assim, nada foi pago a escuderia russa.
Bernie Ecclestone confirmou que equipe 11ª colocada no mundial não receberá parte em divisão dos lucros da  F1
O corte desse subsídio mostra a forma com que as equipes nanicas são tratadas. Ninguém liga para elas, são colocadas de lado. E isso acontece porque a chegada delas foi mal planejada e mal executada. Acabam pagando o pato pelo erro de planejamento.

E é também uma forma de Bernie forçar a volta de um grid com apenas 20 carros. Tirando esse subsídio de uma das nanicas - uma quantia que pode parecer pequenas, mas que é fundamental para a saúde financeira desses times - ele tenta fazer com que uma delas deixe a F1 ou que haja uma fusão entre as escuderias, como quase aconteceu no início desse ano. Ecclestone nunca escondeu que acha o total de 10 equipes idela para a categoria..

Para a temporada atual, creio que não haverá mudanças significativas. Porém, para 2014 essa mudança pode significar que ou Marussia ou Caterham deixem o grid. Ou que ambas se unam. Por isso, as duas escuderias deverão travar uma guerra em 2013, seja pela sobrevivência ou para pleitear algo melhor em uma possível fusão.
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