Top 15 de 2013 - Parte III

E agora chegamos aos cinco momentos mais marcantes do ano no automobilismo para mim. Com o novo rei do WRC, o alemão dominador da F1, um italiano mostrando que ainda pode vencer na MotoGP, um jovem espanhol entrando para a história do mundial de motovelocidade e um baiano narigudo enfim vencendo a Indy 500.

5º - Surge um novo Sebastien


Sebastien Loeb se aposentou do WRC. Mas seu primeiro nome e seu país continuam muito bem representados no mundial. O 2013 apresentou outro Sebastien para os fãs de rali, o Ogier, que venceu o campeonato com os pés nas costas. Foram nove vitórias em 13 possíveis para o piloto que ousou desafiar Loeb na Citroen e que acabou saindo do time francês, em 2011. Entretanto, isso pareceu ter sido ótimo para ele. Depois de passar um ano testando para a Volkswagen, Ogier comandou a fantástica estreia dos alemães na categoria, que venceram 10 das 13 etapas. Fenomenal para o time e para o piloto, que se firmou como grande nome da categoria atualmente e como herdeiro do xará. Será o início de uma nova era?



4º - É tetraaaaaaa!!!


O ano de 2013 na F1 parecia que seria o mais equilibrado dos últimos anos com relação a disputa do título. Três pilotos diferentes venceram as três primeiras provas com três times diferentes e a Mercedes surgia como uma equipe que também poderia lutar por vitórias. Mas com o passar do tempo, Sebastian Vettel fez o campeonato ficar fácil. E como foi fácil. Antes das férias, o alemão já era o piloto com mais vitórias no ano, com quatro triunfos. Despontava como favorito ao tetra. Mas do GP da Bélgica em diante, o que vimos foi surreal. O alemão teve 100% de aproveitamento, vencendo todas as etapas. O tetra veio no GP da Índia, com direito a uma bela comemoração do tetracampeão mais jovem da história. E depois disso ele não tirou o pé, como deve ser. Tem como não colocar o alemão como um dos maiores/melhores da história? Claro que não!



3º - Uma vez Rossi, sempre Rossi


Foram dois anos e meio longe do lugar mais alto do pódio. Pela Yamaha, a última vez havia sido no GP da Malásia de 2010. E nesse tempo, muito trabalho e sofrimento tentando reconduzir a Ducati ao caminho das vitórias, sem sucesso. Ele acabou desistindo e voltando para antiga casa, a fábrica japonesa. Porém, ela já tinha um novo dono, além dos vizinhos nipônicos que também incomodavam. Os tempos eram outros e uma molecada espanhola parecia tomar conta do grid enquanto ele era apenas um veterano tentando mostrar que ainda levava jeito pra coisa. Precisava de uma chance, porém. Ela veio. E ele não a desperdiçou. Valentino Rossi pode já não ser o piloto mais veloz da MotoGP atual. Pode não ser o mais combativo. Pode estar mais próximo do fim de sua carreira do que do auge. Entretanto, uma vez campeão, sempre campeão. Em Assen ele mostrou isso. Foi na Holanda que o italiano venceu sua única etapa no ano, conseguindo superar as Honda de Marquez e Pedrosa, controlando a corrida como nos velhos tempos. Venceu e comemorou muito, pois sabia que oportunidades como essa seriam raras. Mas deu uma prova de que, vez ou outra, ele ainda pode vencer. E de que quem é rei, nunca perde a majestade.



2º - O menino prodígio se consolida


De promessa a campeão. O 2013 de Marc Marquez foi, realmente, um grande passo em sua meteórica carreira. O garoto que chegou à MotoGP com o título da Moto 2 na bagagem era visto como uma promessa quando alinhou no grid de Losail. Mas logo ali, na primeira prova do ano, ele já mostrava que daria trabalho. Foi o terceiro, terminando à frente do companheiro Dani Pedrosa. Na etapa seguinte, primeira pole e primeira vitória, em Austin. Depois disso, vieram mais provas com ótimo desempenho que mostravam um piloto cada vez mais seguro e maduro, mesmo tendo apenas 20 anos de idade. Marquez se colocava, vejam só, entre os favoritos ao título. Aí, vieram os acidentes de Lorenzo e Pedrosa, que diminuíram a competitividade de ambos. Assim, Marc foi alçado ao posto de O FAVORITO. E não decepcionou. Aproveitou muito bem as chances que teve e abriu uma grande vantagem para os rivais. Era questão de tempo confirmar o título, que acabou vindo apenas na última etapa. Marc Marquez, aos 20 anos, é o campeão mais jovem da história da MotoGP. E mesmo não sendo o melhor piloto da categoria, ainda, começou a trilhar o caminho de uma carreira brilhante.



1º - Finalmente, Tony!


Tony Kanaan já tinha, por diversas vezes, batido na trave com relação a sua busca por uma vitória nas 500 milhas de Indianapolis. O baiano já colecionava pódios e bons desempenhos na prova mais tradicional do automobilismo, assim como também tinha decepções. A vitória parecia nunca querer chegar. Mas em 2013, finalmente ela sorriu para o brasileiro de nariz protuberante. Correndo pela pequena KV, TK finalmente pôde beber o tradicional leite dos vencedores. Mas antes, teve de passar por fortes emoções. Quando restavam 15 voltas para o fim, Kanaan brigava pela vitória com Ryan Hunter-Reay. Era um passando o outro e o outro passando o um a cada volta até que Graham Rahal estampou seu carro no muro, a nove voltas do fim. Hunter-Reay liderava naquele momento e não havia a certeza se aprova se reiniciaria. Ela voltou, e Tony foi para o ataque, conseguindo a ultrapassagem, que se tornaria a vitória poucos minutos depois. Assim que o brasileiro voltou à liderança, Dario Franchitti bateu. Nova bandeira amarela, desta vez até o fim, até a consagração do bom baiano. Tony alcançou seu objetivo com certo grau de dramaticidade. Uma bela maneira de se juntar a outras lendas do automobilismo. E o momento mais marcante do esporte a motor, pra mim, em 2013.


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