No fim, um começo

Hoje foi feito um anúncio na F1 que mexe e bastante com a categoria. A Mercedes anunciou a compra de 75,1% das ações da Brawn GP, confirmando vários rumores de que a empresa alemã passaria a ser a maior acionista da equipe atual campeã da F1. E passou a não ser apenas uma parceira de um time de F1, como acontecia na McLaren, mas sim a ser um time como na década de 50 e sob o mesmo nome de Mercedes GP.

O anúncio certamente causa uma grande mudança na F1. É uma bomba. Mas uma bomba previsível, por toda a especulação dos últimos tempos entre a montadora, a McLaren e a Brawn GP.

A mudança acontece nas equipes principalmente. Saindo da McLaren, a Mercedes poderá concentrar todas suas forças em sua própria equipe, sem precisar ter de tomar decisões em conjunto como acontecia em Woking. Talvez esse tenha sido um dos grandes motivos para que a Mercedes rompesse sua parceria com a McLaren.

No caso da Brawn, a equipe deixa de existir e entra para a história. Correu uma temporada e levou os dois títulos. Sai com 100% de aproveitamento. Para a Mercedes, aproveitar essa estrutura e a motivação dos profissionais que lá trabalham será fundamental para o sucesso da equipe.

Por outro lado, a McLaren perde uma boa parceira. E isso será ruim tanto na parte financeira quanto na parte técnica. Sem a injeção monetária dos alemães, a equipe vai ter de controlar melhor os gastos. Na parte técnica, também haverá uma perda, mas ainda há o alento da McLaren possuir profissionais competentes. Ainda existe o contrato de fornecimento de motores, que foi estendida até 2015. Pura e simples compensação pela quebra de contrato.

Só que o anúncio da compra da Brawn GP pela Mercedes deve mexer também com o mercado de pilotos.

A Mercedes enfim poderá realizar seu sonho de ter um piloto alemão em sua equipe. E esse deve ser Nico Rosberg.

Só que Norbert Haug, homem forte da montadora alemã, também já disse estar conversando com Nick Heidfeld e já dizem que uma dupla Rosberg/Heidfeld poderia correr pela Mercedes.

Com isso, sobraria uma vaga na McLaren e essa seria disputa entre o atual campeão Jenson Button e o campeão de 2007 Kimi Raikkönen. Mas tudo isso ainda é suposição.

Pode ser que Haug acerte com Heidfeld e o coloque na McLaren. É uma boa opção, já que o alemão não deve ganhar muito e com certeza traria resultados melhores do que Kovalainen.

E Button deve acertar com a nova Mercedes.

A McLaren passará por um difícil momento nessa transição. E terá dois anos para conseguir comprar suas ações de volta da Mercedes. Ou conseguir uma outra montadora como parceira.

Já a Mercedes tem tudo para estrear bem no ano que vem e as chances de repetir o que a BGP fez existem. Além de um bom grupo de profissionais, estarão focados. A equipe nasceu com o pé direito.

Fotos: Autosport.com
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