E na segunda-feira...

Los pitacos do fim de semana.

F1


Começando pro quem está por cima no momento. A Ferrari mandou seus dois pilotos ao pódio em Barcelona, um grande resultado para o time. Mas que poderia ter sido ainda melhor, com uma dobradinha entre Alonso e Massa. O problema é que o brasileiro largou apenas em nono, depois de ser punido por atrapalhar Webber no Q2. Tivesse ele largado mais à frente, da mesma maneira que partiu neste domingo, teria ganho posições importantes e, quem sabe, superado Raikkönen na briga pelo segundo lugar.

Porém, todos pareciam bem satisfeitos nos boxes. Isso porque o resultado deste domingo mostrou algumas coisas interessantes para a escuderia. Primeiramente, é que o F138 é um bom carro, bem equilibrado e rápido em corridas. Isso será fundamental para que Alonso brigue pelo título de pilotos e para que a Ferrari brigue pelo campeonato de construtores. Aliás, tal trunfo também é importante no gerenciamento de pneus, que vêm se desgastando de forma absurda.
Ferrari sai de Barcelona em alta após pódio de seus dois pilotos. Time trabalhou muito bem durante a corrida
Segundo, a Ferrari tem trabalhado muito bem nas estratégias e nos pit stops. A tática de quatro paradas se mostrou acertada para Alonso e Massa, que puderam andar de forma agressiva o tempo todo. O espanhol, inclusive, anulou na pista a para a menos feita por Raikkönen. Chamar os pilotos no momento certo e trabalhar bem nas paradas, foi outro ponto fundamental.

E por último, a escuderia teve uma prova de que poderá contar com um Felipe Massa muito mais combativo em 2013. E o brasileiro poderá ser peça chave nos dois campeonatos, roubando pontos de adversários do espanhol e acrescentando aos números ferraristas. É, os italianos têm motivos para estarem otimistas.

Outro que foi bem é Kimi Raikkönen. Segundo, o finlandês diminuiu a diferença no mundial para Vettel. Acredito que será páreo duro até o fim da temporada, correndo por fora, pois a Lotus ainda é uma incógnita no quesito evolução. Não sabemos se os ingleses terão verba suficiente para fazer as melhorias que serão necessárias daqui pra frente. Sobre a prova, Kimi declarou que era inútil lutar com Alonso pela vitória. Declaração um tanto quanto conservadora, uma vez que o piloto sempre tem de buscar o primeiro posto, porém totalmente compreensível, e que mostra um piloto que conhece as limitações de seu carro e que segue em uma constante. Foi assim que ele foi longe em 2012. E é assim que deverá repetir o feito em 2013...

Quem também mostrou um pouco mais de animação foi Jenson Button, após o 'bom' oitavo lugar que conquistou. Claro que, para um campeão mundial que pilota para uma das mais tradicionais equipes do grid, esse seria um resultado péssimo. Contudo, as circunstâncias acabam fazendo com que ele e a McLaren considerem essa posição boa. E o campeão de 2009 espera que esse seja o começo de um avanço.

Já Red Bull e Mercedes... ahhhh, essas reclamaram.

Começando pelos rubro taurinos, não vi chororô por parte dos pilotos. Vettel considerou o quarto lugar um bom resultado, no fim das contas. Claro que o alemão queria mais, porém, ele reconheceu que Ferrari e Lotus estavam melhores e por isso, os 12 pontos conquistados não foram ruins, especialmente em termos de campeonato. Webber seguiu um discurso semelhante, e também não reclamou do quinto posto.

Dietrich Mateschitz fez duras criticas à Pirelli por conta dos atuais compostos fabricados pelos italianos
Entretanto, o presidente da marca, Dietrich Mateschitz, não poupou criticas à Pirelli, elegendo a fabrica italiana como a grande vilã para o desempenho discreto de seu time, uma vez que a RBR não tem feito um grande trabalho no gerenciamento dos pneus. O austríaco chegou a dizer que a F1 não é mais uma competição de corridas e sim de administração de pneus. Concordo em partes com as criticas. Sobre os pneus falarei mais abaixo. Com relação às reclamações, fazem parte, mas me parece mais chororô do que qualquer outra coisa. Se a Red Bull estivesse liderando com folga o campeonato, ninguém de lá falaria nada. Ou seja, é aquela famosa pressão, para ver se conseguem reverter uma situação que hoje não é favorável. O que a RBR tem de fazer é trabalhar para melhorar essa questão. Afinal, precisam jogar com o que têm.

Quem também não está nada satisfeito é o pessoal da Mercedes. Lewis Hamilton disse que não entendeu nada do que aconteceu e que o time vai precisar trabalhar para melhorar. O inglês reconhece que os problemas são, assim como os da Red Bull, com os pneus. Rosberg também teve um discurso parecido e acrescentou que Ferrari, Lotus e Red Bull estão se distanciando, apesar do W04 ser, reconhecidamente rápido. Os alemães vão ter de correr contra o tempo se quiserem ainda brigar por algo.

Acrescento mais duas críticas. Primeiro à FIA e essa regra ridicula de que um piloto não pode pegar sequer uma bandeira ao fim da prova para comemorar, como fez Alonso. Tudo bem que é uma forma de coibir certas atitudes que podem ser descabidas, mas algumas coisas podem ser relevadas. A comemoração do espanhol era uma delas. Aliás, a FIA é tão incoerente que se está na regra que é proibido fazer o que Alonso fez, ele deveria ser punido então. Mas não foi, mesmo tendo sido chamado pelos comissários, que devem ter lhe dado um sermão, apenas. Ainda bem. É esse tipo de comportamento que torna a F1 chata.

Outra coisa é em relação aos pneus. A Pirelli realmente precisa tomar algumas atitudes, pois os compostos não podem virar os protagonistas das corridas. Hoje discute-se muito mais sobre as estratégias do que sobre as ultrapassagens, mesmo com os recursos do KERS e do DRS. As corridas são definidas pelas paradas, por quem consome menos borracha. Fora que, em alguns casos, vemos pneus estourarem do nada, o que pode acarretar um acidente grave qualquer dia. 

GP2


Vi a primeira etapa da GP2 em Barcelona, que teve vitória de Robin Frinjs, porém não pude escrever sobre. Na segunda bateria, acordei apenas quando estava tocando o hino monegasco, pela vitória de Stefano Coletti, líder do campeonato.
Felipe Nasr terminou as duas provas na segunda posição e é o vice-líder da GP2 nesta temporada
Felipe Nasr foi o segundo nas duas corridas e é o vice líder da contenda. Vai bem o brasileiro, que deverá ser personagem na batalha pelo título do ano. Aliás, já está batendo na trave uma vitória do brasiliense. Creio que em breve ouviremos o hino brasileiro tocando mais uma vez.

Indy


Começaram neste fim de semana os primeiros treinos para as tradicionalíssimas 500 milhas de Indianapolis. No sábado, 13 pilotos na pista com Ed Carpenter liderando. Alguns pilotos mais experientes, como Helio Castroneves, Scott Dixon e Dario Franchitti, andaram com dois carros, buscando os melhores acertos. No caso do brasileiro, ele andou com o seu e com o bólido de A. J. Allmendinger, seu companheiro. Já a dupla da Ganassi andou com os carros titulares e reservas.

No domingo, os novatos deram as caras, com Carlos Muñoz, da Andretti liderando e sendo seguido por outros três carros do time. Allmendinger, outro novato na prova, foi o quinto.

Ainda estamos no início dos trabalhos. Muita coisa vai acontecer no mais tradicional circuito dos EUA.
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