Sebastien Loeb vence na Argentina

Apesar de não postar nada desde terça-feira, não deixei de acompanhar o que aconteceu de mais importante no mundo automobilístico por esses dias. Um desses eventos foi a quinta etapa do WRC, na Argentina, rali no qual eu gostaria de ter estado por uma série de motivos, mas ao qual não pude comparecer. Um desses motivos era por esta etapa ser a penúltima de Sebastien Loeb na categoria, neste seu 'tour' de despedida. E por falar no francês, ele deixou novamente sua marca, vencendo esta etapa, sua oitava apenas na terra dos 'hermanos'.

Falar sobre Loeb é complicado. Complicado porque se torna repetitivo elogia-lo com adjetivos como gênio, monstro, entre outros. Até chamá-lo de melhor de torna-se repetitivo, apesar de ser a mais pura verdade. Enfim, resumir Loeb em palavras é difícil. E ele deu provas disso novamente neste fim de semana.

Embora o resultado final tenha dado a impressão de que o francês eneacampeão mundial da classe tenha dominado completamente a prova com tranquilidade, não foi bem isso o que aconteceu. Isso porque outro francês parecia dar as cartas no evento: o líder e favorito ao título Sebastien Ogier.
Em seu penúltimo evento pela Citroen no WRC, Loeb venceu novamente. Esse foi o oitavo triunfo na Argentina
Foi o piloto da Volkswagen que, logo na quarta-feira, venceu a primeira especial da etapa, um trecho bastante curto. No segundo dia, contudo, Ogier foi muito bem durante as quatro especiais disputadas, terminando a quinta na liderança, à 16s de Loeb, segundo até então. Porém, o terceiro dia reservou ao piloto da VW um erro logo no segundo estágio do dia, a SS7, que lhe custou 44s e a liderança, que caiu nas mãos do multi-campeão. E aí, Loeb fez o que sabe melhor. Acelerou e não foi mais ameaçado na segunda metade do evento.

Ao todo, o francês venceu apenas duas das 14 especiais do rali. Pouco não? Não. Não em se tratando de Sebastien Loeb. Mesmo que Loeb tenha tido apenas dois triunfos em especiais, eles aconteceram em momentos chave, na SS8 e na SS9, logo após o erro de Ogier, segundo e terceiro nestes estágios, respectivamente. Foi uma forma não só de capitalizar ainda mais sobre o erro do rival, mas também de lhe dar um recado do tipo 'você errou amigão, agora eu vou vencer'. E não deu outra.

Loeb fez a parte dele e bem feita. Pela penúltima vez no WRC. A última será em casa, na França, em seu terreno favorito, o asfalto. Talvez seja mesmo a última chance de vermos esse gênio competir na categoria e vencer. Vamos aproveitar.

Quanto a Ogier, esse resultado mudou pouquíssima coisa. Aliás, não mudou em nada que lhe prejudicasse. Isso porque o francês sabia que sua batalha não era contra Loeb, que não participa integralmente do campeonato e sim contra Hirvonen, que deveria ser seu adversário na busca pelo título. Deveria, mas não parece ser. Isso porque o finlandês não passou de um sexto lugar. Dessa forma, Ogier não se expôs  Na SS9, depois de problemas com Hirvonen, ele já era segundo novamente. E lá ficou. Postura madura daquele que deverá ser o campeão de 2013 e que parece ser o sucessor do compatriota. Já Hirvonen foi o sexto.
Com segundo lugar na Argentina e maus resultados de Hirvonen, Ogier segue disparando na liderança do WRC
Fechou o pódio outro finlandês, Jari-Matti Latvala que, embora tenha feito um rali sólido, não deixou de ter seus costumeiros problemas. Na quinta, era o segundo mas perdeu muito tempo na SS3 e caiu para quarto. Ele seguiu tendo alguns problemas que lhe impediram de brigar na frente até que um furo de pneu custou-lhe dois minutos, destruindo suas chances. Mesmo assim, ele se mostrou rápido, vencendo a SS10 e todos os estágios de sábado, o que lhe deu o terceiro posto.

Dois bons pilotos que fizeram um rali de muita regularidade foram o russo Evgeny Novikov e o belga Thierry Neuville. São dois pilotos da nova geração, muito velozes mas que ainda carecem de uma maior consistência, que vão adquirir com o tempo. Contudo, bons resultados como esses ajudam nessa consolidação. Mads Ostberg, outro que vive envolto a problemas, foi o sétimo apesar do talento. Andreas Mikkelsen, outro bom nome dessa nova geração, foi o oitavo, logo a frente de Dani Sordo, que teve um acidente na quinta e prejudicou seu rali. Martin Prokop fechou a zona de pontos. O brasileiro Daniel de Oliveira participou desta etapa e fez um belo papel, fechando em 12°. Muito bacana.

Amanhã vejo se consigo inserir fotos no post e se também faço um resuminho com MotoGP, WEC e Indy, na qual estarei in loco.

Resultado final

1. Sebastien Loeb (FRA/Citroen) 4h35min56s7
2. Sebastien Ogier (FRA/VW) a 55s0
3. Jari-Matti Latvala (FIN/VW) a 2min00s8
4. Evgeny Novikov (RUS/M-Sport Ford) a 2min36s7
5. Thierry Neuville (BEL/M-Sport Ford) a 4min40s5
6. Mikko Hirvonen (FIN/Citroen) a 6min23s9
7. Mads Ostberg (NOR/M-Sport Ford) a 11min02s2
8. Andreas Mikkelsen (NOR/VW) a 13min22s1
9. Dani Sordo (ESP/Citroen) a 13min22s3
10. Martin Prokop (TCH/Czech Ford) a 14min07s6
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