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Para Massa, a chegada na Williams se configura em uma nova chance de tentar se reinventar na categoria após oito temporadas na Ferrari. Em Maranello, o brasileiro até teve o status de primeiro piloto, quando levou a disputa do título de 2008 a última prova. Mas nunca me pareceu uma unanimidade entre a cúpula italiana. E isso piorou após seu acidente no GP da Hungria de 2009 e com a chegada de Fernando Alonso, na sequencia. O espanhol monopolizou a equipe e 'destruiu' o brasileiro. Lá dentro já não tinha chances.
Agora em Grove, Massa será, indiscutivelmente, o piloto #1 da equipe. Talvez não seja o melhor local para se pensar em poles, pódios e vitórias, mas certamente não é o pior lugar para se estar. No tradicional time inglês, o brasileiro poderá ter alguns estímulos a mais, como a missão de reconduzi-lo a uma caminhada rumo ao grupo dos grandes. Um objetivo bastante similar ao seu e que mostraria que ainda tem muita lenha pra queimar e que pode prosseguir na categoria apresentando um bom nível. E sem tanta pressão.
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A partir de 2014 Felipe Massa ganhará uma nova chance de reconstruir sua carreira dentro da F1 |
Para a Williams, a chegada do brasileiro é um bom reforço. Felipe é um piloto que tem vivência na F1 - está na categoria desde 2002 - e que pode ter um papel importante no quesito desenvolvimento do bólido de 2014. Com as novas regras que entram em vigor na próxima temporada mais a troca de fornecedora de motores em Grove (sai a Renault, entra a Mercedes), a experiência de Massa pode ajudar dentro da escuderia. Não que ele vá, sozinho, apontar o caminho que fará da Williams uma equipe forte novamente. Mas certamente é alguém pode contribuirá no trabalho por isso. É uma aposta de segurança.
Outro fator positivo dessa continuidade de Massa na F1 é que o Brasil não deixará de ter um piloto no grid, pelo menos. É um ponto positivo porque, querendo ou não, para que a F1 tenha o espaço que ainda possui no Brasil, é necessário que haja um representante no grid. E ainda mais em um time que tem ligações fortes com o país. Felipe será o quinto piloto do país a guiar uma Williams. Na lista, ainda estão Nelson Piquet, único que teve sucesso no time sendo campeão em 1987, Ayrton Senna, que fez apenas três provas pelo time - e todos sabemos o que aconteceu, infelizmente - Rubens Barrichello e Bruno Senna, os dois últimos em 2011 e 2012, respectivamente.
2014 será um ano de recomeço para Felipe Massa na F1 com essa mudança para a Williams que vejo como benéfica. Vamos ver o que ele tem a oferecer ainda na categoria.
Ps: Massa não será o quinto e sim o sexto piloto brasileiro a correr pela Williams. Esqueci de Antonio Pizzonia, que fez corridas em 2004 e 2005 pela equipe de Grove.
Ps: Massa não será o quinto e sim o sexto piloto brasileiro a correr pela Williams. Esqueci de Antonio Pizzonia, que fez corridas em 2004 e 2005 pela equipe de Grove.
Despedida
Apesar de estar saindo da Ferrari, Felipe Massa recebeu ontem a prova de que é muito querido pelos italianos. A escuderia organizou uma despedida para ele em Mugello onde o piloto teve a oportunidade de guiar o F2008, carro com o qual quase foi campeão mundial. E foi um evento bem à italiana mesmo, bem emotivo, com o público aplaudindo bastante o brasileiro. No vídeo abaixo, pode se ter um pouco da dimensão do que foi a festa. Massa ainda ganhou um troféu de presente pelos serviços prestados à equipe.
Foto: GPUpdate.net
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