Terça feira, dia de nosso segundo review. Hoje falaremos sobre a temporada da GP2, categoria criada por Bernie Ecclestone e que é o último degrau que o piloto precisa subir para chagar à F1.
Boa leitura!
Aspirantes a F1
A GP2 é uma categoria nova no cenário mundial do automobilismo, com apenas 4 temporadas realizadas. Mas mesmo sendo tão recente, já goza de um prestígio enorme. Ela é o último degrau antes da F1 e geralmente leva os campeões e vices para a categoria máxima do automobilismo no ano seguinte. Nico Rosberg, Heikki Kovalainen, Lewis Hamilton, Nelsinho Piquet e Timo Glock são bons exemplos disso. Todos conquistaram bons resultados na GP2 e hoje são titulares na F1. Fora pilotos que correm na GP2 e que ocupam cargos de pilotos de teste na F1, como o francês Romain Grosjean da Renault e o japonês Kamui Kobayashi, da Toyota, por exemplo.
Além de tudo isso, o título de Lewis Hamilton nesse ano, vai aumentar a importância da GP2 daqui pra frente. O papel dela a partir de agora será revelar campeões para a F1.
Sabendo disso, o caminho natural de um piloto que quer fazer sucesso na Europa, ou que já tenha uma certa rodagem e pretende ingressar na F1, é correr pela GP2 e por esse motivo, muitos jovens tentam a sorte por lá.
É uma categoria interessante, pois todos querem mostrar serviço, o que torna as disputas bem equilibradas. O sistema de corrida, com uma bateria no sábado e outra no domingo, também ajuda a equilibrar o campeonato. Por isso vemos disputas acirradas durante todo o ano. E em 2008 não poderia ser diferente.
A última temporada foi muito disputada, assim como as anteriores, e um italiano, que já teve passagem pela F1, sagrou-se campeão. Giorgio Pantano, 29 anos, conseguiu a glória do título, vencendo dois brasileiros: Bruno Senna e Lucas di Grassi.
Pantano foi muito regular durante toda a temporada e além disso, pouco sofreu com quebras de seu equipamento, ao contrário de Bruno Senna, vice campeão. Mostrando uma pilotagem madura e sendo rápido quando necessário, o italiano sempre esteve entre os líderes do campeonato, apesar de não ser apontado como um dos favoritos antes do início de temporada. A experiência, inclusive na F1, ajudaram, é claro, mas uma boa estrutura, experiência, sorte e talento fazem e muito a diferença. O título foi merecido. Mas ele não foi o destaque da temporada.
Já o vice campeão Bruno Senna, não teve tanta sorte quanto Pantano, apesar de ter sido considerado um dos favoritos ao título antes do início da temporada. Porém, entre quebras e cachorros atropelados, (acreditem, na Turquia um cachorro entrou no caminho do piloto que nada pode fazer e atropelou o pobre aniamal), Bruno fez uma boa temporada, ainda mais por ter voltado tão recentemente ao automobilismo. Venceu em Mônaco, onde seu tio é Rei, e lutou até a última jornada dupla da GP2, em Monza. Mas como eu disse, alguns problemas tiraram a chance de uma briga mais direta com Pantano.
Outro favorito ao título foi a decepção da temporada. Romain Grosjean não conseguiu mais do que um quarto lugar no campeonato e nem de longe brigou pelo título. O queridinho da Renault, que foi campeão da GP2 Ásia, uma prévia da categoria principal, disputada na Ásia e no Oriente Médio, não repetiu o bom desempenho do início do ano e viu o título ir embora sem sequer reagir e sem se destacar.
Agora, o grande piloto dessa temporada foi Lucas di Grassi. Com nada mais nada menos do que seis corridas a menos que os principais pilotos da categoria, o brasileiro conseguiu o incrível terceiro lugar na classificação geral, um ponto atrás de Senna, chegando a postular o título. Usando da experiência de seu vice na temporada anterior, di Grassi conseguiu ofuscar o campeão e os principais favoritos ao título com um desempenho excelente, que lhe valeu até alguns testes na Renault, equipe em que era piloto de testes.
Outros pilotos também conseguiram um bom destaque, como o suiço Sébastien Buemi, que é cotado a assumir uma vaga na Toro Rosso na próxima temporada. Buemi foi vice campeão da GP2 Ásia e sexto na GP2 International. Já os outros brasileiros Diego Nunes, Alberto Valério e Carlos Iaconelli, que assim como di Grassi, entrou com seis corridas a menos, ficaram a merce de equipamentos ruins e pouco puderam fazer.
Como de costume, um piloto da GP2 deverá ser titular no ano que vem na F1 e Buemi parece ser o mais cotado e o que tem mais chances. Bruno Senna ainda luta por uma vaga, que já estava quase garantida na Honda, antes da equipe anunciar sua saída da F1. Dependendo do que aconteça daqui pra frente, Pantano poderá voltar também.
A importância da GP2 cresce a medida que a categoria ganha notoriedade e que os pilotos oriundos dela começam a fazer sucesso na F1. Sendo assim, a função de moldar e preparar o piloto para ascender, passa a ser primordial, ao invés de servir apenas como carta de apresentação às equipes de F1. A categoria tem tudo pra crescer mais e mais e se continuar bem organizada, terá uma longa vida.
Boa leitura!
Aspirantes a F1
A GP2 é uma categoria nova no cenário mundial do automobilismo, com apenas 4 temporadas realizadas. Mas mesmo sendo tão recente, já goza de um prestígio enorme. Ela é o último degrau antes da F1 e geralmente leva os campeões e vices para a categoria máxima do automobilismo no ano seguinte. Nico Rosberg, Heikki Kovalainen, Lewis Hamilton, Nelsinho Piquet e Timo Glock são bons exemplos disso. Todos conquistaram bons resultados na GP2 e hoje são titulares na F1. Fora pilotos que correm na GP2 e que ocupam cargos de pilotos de teste na F1, como o francês Romain Grosjean da Renault e o japonês Kamui Kobayashi, da Toyota, por exemplo.
Além de tudo isso, o título de Lewis Hamilton nesse ano, vai aumentar a importância da GP2 daqui pra frente. O papel dela a partir de agora será revelar campeões para a F1.
Sabendo disso, o caminho natural de um piloto que quer fazer sucesso na Europa, ou que já tenha uma certa rodagem e pretende ingressar na F1, é correr pela GP2 e por esse motivo, muitos jovens tentam a sorte por lá.
É uma categoria interessante, pois todos querem mostrar serviço, o que torna as disputas bem equilibradas. O sistema de corrida, com uma bateria no sábado e outra no domingo, também ajuda a equilibrar o campeonato. Por isso vemos disputas acirradas durante todo o ano. E em 2008 não poderia ser diferente.
A última temporada foi muito disputada, assim como as anteriores, e um italiano, que já teve passagem pela F1, sagrou-se campeão. Giorgio Pantano, 29 anos, conseguiu a glória do título, vencendo dois brasileiros: Bruno Senna e Lucas di Grassi.
Pantano foi muito regular durante toda a temporada e além disso, pouco sofreu com quebras de seu equipamento, ao contrário de Bruno Senna, vice campeão. Mostrando uma pilotagem madura e sendo rápido quando necessário, o italiano sempre esteve entre os líderes do campeonato, apesar de não ser apontado como um dos favoritos antes do início de temporada. A experiência, inclusive na F1, ajudaram, é claro, mas uma boa estrutura, experiência, sorte e talento fazem e muito a diferença. O título foi merecido. Mas ele não foi o destaque da temporada.
Já o vice campeão Bruno Senna, não teve tanta sorte quanto Pantano, apesar de ter sido considerado um dos favoritos ao título antes do início da temporada. Porém, entre quebras e cachorros atropelados, (acreditem, na Turquia um cachorro entrou no caminho do piloto que nada pode fazer e atropelou o pobre aniamal), Bruno fez uma boa temporada, ainda mais por ter voltado tão recentemente ao automobilismo. Venceu em Mônaco, onde seu tio é Rei, e lutou até a última jornada dupla da GP2, em Monza. Mas como eu disse, alguns problemas tiraram a chance de uma briga mais direta com Pantano.
Outro favorito ao título foi a decepção da temporada. Romain Grosjean não conseguiu mais do que um quarto lugar no campeonato e nem de longe brigou pelo título. O queridinho da Renault, que foi campeão da GP2 Ásia, uma prévia da categoria principal, disputada na Ásia e no Oriente Médio, não repetiu o bom desempenho do início do ano e viu o título ir embora sem sequer reagir e sem se destacar.
Agora, o grande piloto dessa temporada foi Lucas di Grassi. Com nada mais nada menos do que seis corridas a menos que os principais pilotos da categoria, o brasileiro conseguiu o incrível terceiro lugar na classificação geral, um ponto atrás de Senna, chegando a postular o título. Usando da experiência de seu vice na temporada anterior, di Grassi conseguiu ofuscar o campeão e os principais favoritos ao título com um desempenho excelente, que lhe valeu até alguns testes na Renault, equipe em que era piloto de testes.
Outros pilotos também conseguiram um bom destaque, como o suiço Sébastien Buemi, que é cotado a assumir uma vaga na Toro Rosso na próxima temporada. Buemi foi vice campeão da GP2 Ásia e sexto na GP2 International. Já os outros brasileiros Diego Nunes, Alberto Valério e Carlos Iaconelli, que assim como di Grassi, entrou com seis corridas a menos, ficaram a merce de equipamentos ruins e pouco puderam fazer.
Como de costume, um piloto da GP2 deverá ser titular no ano que vem na F1 e Buemi parece ser o mais cotado e o que tem mais chances. Bruno Senna ainda luta por uma vaga, que já estava quase garantida na Honda, antes da equipe anunciar sua saída da F1. Dependendo do que aconteça daqui pra frente, Pantano poderá voltar também.
A importância da GP2 cresce a medida que a categoria ganha notoriedade e que os pilotos oriundos dela começam a fazer sucesso na F1. Sendo assim, a função de moldar e preparar o piloto para ascender, passa a ser primordial, ao invés de servir apenas como carta de apresentação às equipes de F1. A categoria tem tudo pra crescer mais e mais e se continuar bem organizada, terá uma longa vida.
Fotos: Autosport.com
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