Estranho mas faz sentido

O chefe executivo da Williams, Adam Parr, disse hoje que acha difícil a F1 liberar o uso dos carros-clientes, para amenizar o alto custo que tem uma equipe na F1 atual. Com a atual crise, fica difícil para qualquer equipe desenvolver seu próprio bólido, o que poderia dificultar na entrada de novos times.

Mas o dirigente do time inglês fez uma proposta. Ao invés dos carros-clientes serem adotados, cada equipe poderia passar a ter 3 carros no grid, totalizando 24 carros no ano que vem, 4 a mais do que o grid final desse ano, caso os boatos de que mais uma equipe deixará a F1, sejam verdadeiros.

Em um primeiro momento, essa declaração me causou estranheza. Colocar mais um carro no grid seria uma grande loucura, ainda mais para a Williams que é uma equipe independente, sem apoio de uma grande montadora. Se gastaria mais com transporte e com peças. Estariam indo contra os objetivos de cortar gastos. Mas tudo começou a fazer sentido depois que eu li essa noticia na Autosport.

A publicação crava que Max Mosley deu um ultimato para as equipes aceitarem ou não a proposta do famigerado motor-padrão. O dia D é quinta feira e pelo que foi divulgado, cinco equipes estariam de acordo com o presidente da FIA, entre elas a Williams, e a Renault, de Fernando Alonso, que disse que poderia sair da F1 caso a medida fosse aprovada.

Contudo, Mosley diz que não irá forçar as montadoras a acatar o motor-padrão e que essas poderão continuar fabricando seus próprios propulsores, desde que sigam os padrões dos motores da Cosworth. A medida visa entrar em vigor em 2010.

Só pra registrar, caso saia o acordo, os motores sairão por um preço bem camarada, algo em torno do 27 milhões de euros anuais. Custo bem abaixo dos 140 milhões de euros atuais.

Mosley vai se reunir com os representantes da FOTA amanhã em Mônaco, para discutir essa e outras idéias para o barateamento da F1.

A idéia de cada equipe colocar mais um carro no grid começa a fazer sentido, desde que haja mesmo o corte de custos previsto. Caso contrário, ela é totalmente inviável, e muitas das equipes que entrarem com os três carros em uma temporada, poderão sair dela sem nenhum. Outras propostas estão na frente nessa pauta, mas essa é uma possibilidade.
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