A sexta feira chegou e com ela vem o último review das categorias que pude acompanhar nesse ano, a Stock Car, que terminou no último domingo em Interlagos. A maior competição do automobilismo brasileiro continua crescendo e deu provas disso esse ano. E nela também surge uma nova geração...
Boa leitura!
Stock Car: A nova geração
A Stock Car vem caindo no gosto do brasileiro. Pode ser que os números da audiência pela TV não mostrem isso com clareza, mas é fato que a categoria cresce a cada ano. E a medida que cresce se renova. Desde a organização do evento até a bandeirada final, tudo vem melhorando, ano após ano. E essa melhora é refletida na pista, onde as provas se tornam cada vez mais disputadas. E essa disputa atrai o público. Uma coisa puxa a outra e faz da Stock uma categoria interessante, para público e para pilotos.
Como competição, a Stock começa a despontar, ajudada é verdade, pelo gabarito de vários pilotos que nela competem hoje ou que competiram em um passado próximo. Hoje, a categoria pode contar com pilotos com muita experiência internacional, como Antonio Pizzonia, Ricardo Zonta, Tarso Marques e Luciano Burti, que já correram na F1, com Ricardo Maurício, Ricardo e Rodrigo Sperafico, Allam Khodair, Thiago Camilo e Marcos Gomes, que tentaram a sorte na Europa ou aqueles famosos que já passaram pela Stock como Christian Fittipaldi e Enrique Bernoldi. Isso sem falar nos consagrados Ingo Hoffmann, Cacá Bueno Giuliano Losacco, David Muffato e por ai vai.
Mas não adiantaria ter pilotos gabaritados e conhecidos se a competição não fosse boa e em alto nível. Na Stock Car, em certas ocasiões, vemos 15 ou 20 carros andando no mesmo segundo, sem contar os toques, acidentes e ultrapassagens que sempre estão presentes. E para melhorar e dar mais emoção as corridas, duas regrinhas foram implantadas nesse ano: a primeira foi a parada obrigatória para reabastecimento, que faz com que pilotos e equipes quebrarem a cabeça procurando a melhor estratégia. A segunda foi a implantação do Nitro, para favorecer a tentativa de ultrapassagem. Sem falar na manutenção dos playoffs, que dão mais emoção na reta final do campeonato.
Bom vamos ao que importa agora. A temporada da Stock foi equilibrada e só conhecemos o campeão na última prova em Interlagos. E o título ficou com o paulista Ricardo Maurício, 29 anos. Mauricio, que recentemente esteve próximo de conseguir um teste na F1, quando corria na Europa, foi merecedor do título sem discussão. Das 12 etapas do ano, o paulista venceu 5, sem contar as poles e voltas na frente. Só nos playoffs decisivos foram duas vitórias, mais um terceiro lugar e um décimo quinto, em quatro provas. Sempre entre os líderes do campeonato, Ricardinho conseguiu manter o foco durante o ano e junto de sua equipe, que trabalhou muito bem, conquistou pela primeira vez o título da Stock.
Já o vice campeão Marcos Gomes deve ter ficado com o gostinho do quase na boca. Extremamente regular, Marquinhos venceu por duas vezes, bem menos que Maurício, mas foi prejudicado pelos playoffs. Caso não existisse a regra, Gomes teria sido campeão com dois pontos de diferença, mesma diferença pela qual perdeu o título. Mas o jovem piloto mostrou que está pronto para chegar ao topo e não deve demorar para alcançar seu objetivo.
O terceiro colocado no campeonato foi Thiago Camilo. Piloto extremamente rápido, é presença constante nos playoffs e nas brigas pelo título, mas sempre falta algo à ele. Assim como Marcos Gomes, venceu duas vezes, mas teve alguns problemas durante ano, o que limitou sua participação na briga direta pela taça. Mas é sempre favorito e sua hora de comemorar também chegará em um futuro próximo.
A surpresa do ano foi Cacá Bueno, quarto colocado esse ano. Surpresa porque ele era apontado o maior favorito ao tri campeonato. Também com duas vitórias, o carioca e bi campeão foi de longe o piloto que mais sofreu com as quebras. Sem um equipamento dos mais confiaveis, ficou difícil para Cacá chegar ao tão sonhado tri campeonato, missão que ele persiguirá com certeza no ano que vem.
Com destaques tivemos também Valdeno Brito, vencedor da corrida mais cobiçada do ano, a "Corrida do Milhão" em Jacarépagua e quinto colocado no campeonato e o jovem estreante Atila Abreu, que mostrou muito talento chegando aos playoffs no auge de seus 21 anos e que noa no que vem substituirá um mito da Stock que se aposentou esse ano: Ingo Hoffmann.
Não poderia deixar de prestar minha homenagem ao alemão, DOZE vezes campeão da Stock, recorde absoluto e que dificilmente será quebrado. Ingo foi sempre um apaixonado pela velocidade. Correu na Europa e na F1, pela Copersucar, única equipe brasileira na história da F1, mas encontrou o sucesso aqui no Brasil em uma categoria que não fazia muito sucesso. Humilde, Ingo conseguiu se despedir da maneira que gostaria, com um pódio e vendo que seu legado continuará, com essa nova geração que levará em frente a Stock Car.
Boa leitura!
Stock Car: A nova geração
A Stock Car vem caindo no gosto do brasileiro. Pode ser que os números da audiência pela TV não mostrem isso com clareza, mas é fato que a categoria cresce a cada ano. E a medida que cresce se renova. Desde a organização do evento até a bandeirada final, tudo vem melhorando, ano após ano. E essa melhora é refletida na pista, onde as provas se tornam cada vez mais disputadas. E essa disputa atrai o público. Uma coisa puxa a outra e faz da Stock uma categoria interessante, para público e para pilotos.
Como competição, a Stock começa a despontar, ajudada é verdade, pelo gabarito de vários pilotos que nela competem hoje ou que competiram em um passado próximo. Hoje, a categoria pode contar com pilotos com muita experiência internacional, como Antonio Pizzonia, Ricardo Zonta, Tarso Marques e Luciano Burti, que já correram na F1, com Ricardo Maurício, Ricardo e Rodrigo Sperafico, Allam Khodair, Thiago Camilo e Marcos Gomes, que tentaram a sorte na Europa ou aqueles famosos que já passaram pela Stock como Christian Fittipaldi e Enrique Bernoldi. Isso sem falar nos consagrados Ingo Hoffmann, Cacá Bueno Giuliano Losacco, David Muffato e por ai vai.
Mas não adiantaria ter pilotos gabaritados e conhecidos se a competição não fosse boa e em alto nível. Na Stock Car, em certas ocasiões, vemos 15 ou 20 carros andando no mesmo segundo, sem contar os toques, acidentes e ultrapassagens que sempre estão presentes. E para melhorar e dar mais emoção as corridas, duas regrinhas foram implantadas nesse ano: a primeira foi a parada obrigatória para reabastecimento, que faz com que pilotos e equipes quebrarem a cabeça procurando a melhor estratégia. A segunda foi a implantação do Nitro, para favorecer a tentativa de ultrapassagem. Sem falar na manutenção dos playoffs, que dão mais emoção na reta final do campeonato.
Bom vamos ao que importa agora. A temporada da Stock foi equilibrada e só conhecemos o campeão na última prova em Interlagos. E o título ficou com o paulista Ricardo Maurício, 29 anos. Mauricio, que recentemente esteve próximo de conseguir um teste na F1, quando corria na Europa, foi merecedor do título sem discussão. Das 12 etapas do ano, o paulista venceu 5, sem contar as poles e voltas na frente. Só nos playoffs decisivos foram duas vitórias, mais um terceiro lugar e um décimo quinto, em quatro provas. Sempre entre os líderes do campeonato, Ricardinho conseguiu manter o foco durante o ano e junto de sua equipe, que trabalhou muito bem, conquistou pela primeira vez o título da Stock.
Já o vice campeão Marcos Gomes deve ter ficado com o gostinho do quase na boca. Extremamente regular, Marquinhos venceu por duas vezes, bem menos que Maurício, mas foi prejudicado pelos playoffs. Caso não existisse a regra, Gomes teria sido campeão com dois pontos de diferença, mesma diferença pela qual perdeu o título. Mas o jovem piloto mostrou que está pronto para chegar ao topo e não deve demorar para alcançar seu objetivo.
O terceiro colocado no campeonato foi Thiago Camilo. Piloto extremamente rápido, é presença constante nos playoffs e nas brigas pelo título, mas sempre falta algo à ele. Assim como Marcos Gomes, venceu duas vezes, mas teve alguns problemas durante ano, o que limitou sua participação na briga direta pela taça. Mas é sempre favorito e sua hora de comemorar também chegará em um futuro próximo.
A surpresa do ano foi Cacá Bueno, quarto colocado esse ano. Surpresa porque ele era apontado o maior favorito ao tri campeonato. Também com duas vitórias, o carioca e bi campeão foi de longe o piloto que mais sofreu com as quebras. Sem um equipamento dos mais confiaveis, ficou difícil para Cacá chegar ao tão sonhado tri campeonato, missão que ele persiguirá com certeza no ano que vem.
Com destaques tivemos também Valdeno Brito, vencedor da corrida mais cobiçada do ano, a "Corrida do Milhão" em Jacarépagua e quinto colocado no campeonato e o jovem estreante Atila Abreu, que mostrou muito talento chegando aos playoffs no auge de seus 21 anos e que noa no que vem substituirá um mito da Stock que se aposentou esse ano: Ingo Hoffmann.
Não poderia deixar de prestar minha homenagem ao alemão, DOZE vezes campeão da Stock, recorde absoluto e que dificilmente será quebrado. Ingo foi sempre um apaixonado pela velocidade. Correu na Europa e na F1, pela Copersucar, única equipe brasileira na história da F1, mas encontrou o sucesso aqui no Brasil em uma categoria que não fazia muito sucesso. Humilde, Ingo conseguiu se despedir da maneira que gostaria, com um pódio e vendo que seu legado continuará, com essa nova geração que levará em frente a Stock Car.
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