A crise não é apenas econômica

Em entrevista ao jornal suíço "SonntagsBlick", Gerhard Berger disse que a F1 necessita de mudanças urgentes, pois a crise econômica não é o único problema que a categoria enfrenta no momento. O ex-piloto, que vendeu seus 50% das ações da Toro Rosso, disse que vê a F1 como um negócio e que vendeu suas ações no momento certo, pois problemas internos também atrapalham e muito a F1.

E o austríaco foi além. Berger afirma que em pouco tempo as montadoras, que ainda sustentam a F1, poderão deixar a categoria, além dos circuitos tradicionais, que já não conseguem, junto aos seus patrocinadores, investir nos autódromos para se adequear ao que a F1 pede.

As declarações de Berger vão de encontro ao que outro piloto também disse. O tri-campeão Jackie Stewart criticou e muito a forma com que Bernie Ecclestone administra a F1, na edição desta segunda feira do jornal "Times". O escocês disse que Ecclestone acumula muitos poderes e não tem um plano de sucessão, o que é errado. Stewart critica também a forma com que os lucros são divididos, e defende mudanças o mais rápido possível.

Por enquanto, mudanças apenas na forma de gastar, mas creio que algo mais profundo deva ser feito. Como Berger e Stewart disseram, a F1 não pode pensar só no dinheiro, e sim em quem administra também. Circuitos tradicionais não podem ficar de fora do calendário, pois é golpe contra as montadoras que sustentam o esporte hoje e que se sairem da F1, decretarão seu fim. O lucro também deve ser dividido de forma mais correta e por fim, alguém tem que avisar o tio Ecclestone que ele não é eterno e que alguém precisará assumir a F1 quando ele não estiver mais aqui. Para o bem do esporte.
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