Quatro provas realizadas até o momento e quatro vencedores diferentes de quatro equipes distintas. Essa é a F1 2012, que tem se destacado pelo equilíbrio, ao contrário do que aconteceu no ano passado. Uma boa surpresa numa temporada em que muitos apostavam em uma Red Bull dominante, mais uma vez.
Neste mundial, McLaren, Ferrari, Mercedes e Red Bull já sentiram o gostinho de vencer uma corrida. Isso já é muito mais do que aconteceu nos últimos anos, onde duas ou três equipes, no máximo, conseguiam terminar uma prova a frente dos demais durante a temporada. Para se ter uma ideia, a última vez que quatro equipes diferentes venceram nas quatro primeiras provas de uma temporada, foi em 1983, quando Brabham, McLaren, Renault e Ferrari, triunfaram. Aliás, nesse ano foram cinco, porque Keke Rosberg, com a Williams, venceu a quinta etapa.
E o reflexo desse equilíbrio no atual campeonato é notado na tabela de classificação. Dos seis primeiros no mundial, vemos os dois pilotos da McLaren, os dois da Red Bull, um da Ferrari e um da Mercedes, todos conseguindo suas pontuações de maneiras diferentes. O líder, Sebastian Vettel, não pontuou em todas as corridas. Segundo na classificação, Lewis Hamilton ainda não venceu, tendo três terceiros lugares como melhores resultados. Mark Webber, que também não venceu, é o terceiro, após ter chegado em todas as provas na quarta posição. Jenson Button, é o quarto, com uma vitória e duas corridas fora da zona de pontuação. Alonso e Rosberg já venceram, mas oscilam bastante. Tudo isso impediu que um piloto conseguisse abrir uma vantagem considerável. Apenas 18 pontos separam o primeiro do sexto, o que representa um segundo lugar.
Contudo, a história não pára por aí. Além das quatro equipes ditas grandes, aparecem também duas surpresas na brincadeira: Lotus e Sauber, que estão em boa forma. Neste fim de semana, a Lotus foi ao pódio, com o segundo lugar de Kimi Raikkönen e o terceiro de Romain Grosjean. Antes deles, a Sauber já tinha chegado a um segundo lugar com Sergio Perez, na Malásia. Ambas as equipes também já tinham se destacado em classificações. Grosjean foi o terceiro no grid para o GP da Austrália, enquanto Kamui Kobayashi largou da mesma posição na China. São dois times que surpreendem de certa forma e que podem dar trabalho. Vejo a Lotus, por exemplo, com possibilidades de vitória, caso esse equilíbrio se mantenha. E por que não pensar no mesmo para a Sauber em determinadas condições? Acho possível.
Sem contar que ainda temos a Williams crescendo e incomodando na briga por posições intermediárias, além de Force India, que tende a evoluir com o decorrer da temporada e até mesmo a Toro Rosso em algumas ocasiões. Todas essas alternativas deixam o campeonato bem interessante, tanto na parte da frente quanto no meio do grid.
Não dá pra saber se tal equilíbrio se manterá durante todo o ano, pois cada equipe se desenvolverá de maneira diferente. Pode ser que uma destoe das demais e passe a dominar o campeonato. Mas que é muito bom ver que esse começo de temporada tem trazido uma certa igualdade nas disputas, mesmo que ela possa se provar falsa, com o passar do tempo, isso é. Traz um novo folego à categoria. Com a F1 chegando agora à Europa, teremos uma ideia melhor de como essas disputas irão se desenvolver. Espero que siga nessa toada e que vejamos mais surpresas nesse ano.
Foto: GPUpdate.net
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