Daqui a pouco terão início os primeiros treinos livres da F1 para a terceira etapa a temporada, a ser realizada na China. Contudo, o grande assunto do momento na categoria é em relação à quarta prova, que será disputada no Bahrein na próxima semana.
Sim, a FIA confirmou por meio de uma nota, que se depender dela haverá sim corrida no Bahrein. Mesmo que o país do Golfo Pérsico passe por um momento instável socialmente, com protestos do povo contra a corrida e, principalmente, contra o atual regime de governo. Aliás, esse momento instável vem desde o ano passado, quando a prova foi cancelada por conta disso.
Segundo a nota da entidade, as condições de segurança para todos que estarão envolvidos com a categoria, sejam pilotos, mecânicos, pessoas do staff das equipes, jornalistas que farão a cobertura de mais essa corrida... enfim, de todos que irão até Sakhir, estão garantidas de acordo com as informações obtidas.
Algum piloto ou equipe vai tomar uma posição contra a realização da prova? Duvido. Muito pelo contrário. Tem gente dizendo que quer correr no Bahrein, o que não me admira. No fim, todos acabam abaixando as orelhas, fazendo o que lhes for ordenado. E assim a F1 segue.
Porém, essa não deixa de ser uma posição absurda, que mostra que a F1 continua alheia ao que acontece ao seu redor, como era na década de 1980, quando corria na África do Sul durante o regime do Apartheid e como seguirá sendo, se continuar colocando os interesses econômico-comerciais a frente de tudo. Sim, porque a prova não será realizada de graça. Pagam muito bem por ela, muitos petro-dinheiros são investidos. E os detentores dos direitos da categoria (leia-se Bernie Ecclestone), têm de encher seus bolsos.
O problema disso tudo não é apenas do ponto de vista da segurança. É também do mau exemplo que a categoria dá ao realizar um evento como esse em um lugar onde há conflitos dessa magnitude. Mas é mais fácil tapar os olhos e fingir que nada acontece mesmo. É mais fácil aceitar o papel de escudo para o governo do Bahrein, que se esconde atrás de um evento internacional e ainda quer passar a imagem de que a situação não é tão grave assim.
Só espero que tudo transcorra com tranquilidade, pelo menos, já que o exemplo ruim está sendo dado.
1 comentários:
Passando por aqui para dizer que concordo integralmente com você.
É inaceitável a FIA fingir que a crise barenita não existe.
Só podemos orar e torcer para que nenhum dos envolvidos na realização do evento seja morto ou ferido.
E para que esta crise seja solucionada logo.
Abraço!
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