Com problemas de computadores ontem, não pude postar nada sobre a F1, a Indy, o WRC e a GP2. Por isso, faço aqui um breve resumo do que vi nessas categorias nesse fim de semana. Vamos lá.
F1
O GP de Mônaco de ontem, sexta etapa do mundial de F1 foi a corrida mais chata do ano, até aqui. E ficou também com o piloto mais chato do grid, Mark Webber. Resultado justo e que valeu mesmo pelo recorde de seis vencedores diferentes em seis provas no ano. Aliás, a sexta vitória ficou justamente com o cara que criticou essa alternância nas vitórias. Vai entender.
Webber dominou as ações. Largou na pole e não deu chances aos rivais. Fez tudo direitinho, aproveitando-se do fato que o circuito de Mônaco não oferece muitas chances para quem não está liderando.
Falando da corrida, de um modo geral, foi chata por dois motivos. O primeiro foi aquele chove não chove promovido pelas equipes. A cada cinco minutos a chuva teria início em outros cinco minutos. Foi assim pela prova toda, gerando certa expectativa nos pilotos e nos fãs, que queriam algo para tornar a prova mais interessante. O que caiu, no máximo, foi uma leve garoa, que juntou os seis primeiros nas últimas voltas. Nada que conseguisse causar alguma influência no resultado. O outro motivo é a própria pista de Mônaco, que proporcionou poucas disputas. Até as paradas nos boxes, que aconteciam em abundancia, foi realizada uma vez.
Entre os destaques da prova, além de Webber, cito Rosberg, que fez uma prova segura e terminou em segundo, Alonso, que andou muito bem quando necessário para ganhar o terceiro lugar, Vettel, que com uma estratégia diferente fechou a corrida em quarto, Massa, que finalmente teve um desempenho mais adequado ficando em sexto, os dois carros da Force India que pontuaram e Heikki Kovalainen, que com uma Caterham segurou Jenson Button por toda a prova.
Já as burradas ficaram por conta da Toro Rosso e de Jean-Eric Vergne. Decimo sexto no grid, o francês chegou ao sétimo lugar com uma boa estratégia. Mas jogou tudo fora, ao colocar pneus intermediários na hora em que começou a garoar. Não contava ele com uma interrupção da garoa rapidamente. Perdeu a chance de conquistar seu melhor resultado. A Lotus também não contribuiu para uma boa corrida de Raikkönen, que conseguiu um resultado abaixo do esperado.
O campeonato segue equilibrado, com Alonso na liderança, seguido de Vettel e Webber, empatados, de Hamilton, Rosberg e Raikkönen. Esses seis pilotos estão separados por 25 pontos. O campeonato está muito bom.
Indy
Penske e Andretti Autosport eram as favoritas à vencer as 500 milhas de Indianapolis. A primeira tinha vencido todas as provas do ano, até então, feito a pole e colocado três carros no top 6.. A segunda, tinha conseguido colocar três carros entre os cinco primeiros do grid e apresentava um bom desempenho. Mas quem ganhou a prova, com direito a dobradinha foi a Ganassi, que renasceu e viu sua dupla, Scott Dixon, segundo, e Dario Franchitti, vencedor, renascer também. Especialmente o escocês, que venceu os últimos quatro campeonatos que disputou. Coisas da Indy 500...
Largando no meio do grid, a dupla da Ganassi fez uma corrida sólida, baseada em uma boa estratégia. Escalou bem o pelotão, aproveitou os momentos de parada e as bandeiras amarelas, enfim, fez uma bela corrida. Poucos apostavam que um dos dois principais pilotos da equipe pudesse vencer. No fim, surpreenderam, com Franchitti conquistando o tri no templo do automobilismo americano.
Destaque para sua última batalha, com Takuma Sato, no início da última volta. O japonês, que também fez uma bela corrida, tentou ultrapassar o escocês na curva 1. Os dois acabaram se tocando e Sato levou a pior, escapando e batendo, causando a bandeira amarela que decretou a vitória de Franchitti.
Elemento de fora no pódio, Tony Kanaan fez uma bela prova com a KV. Chegou a liderar a prova e parecia ter condições de brigar pela vitória. Não conseguiu. Mas subiu a pódio, um ótimo resultado, coroando um mês em que a KV esteve bem.
Favorito a mais uma vitória no tradicional circuito, que representaria seu quarto triunfo, Hélio Castroneves foi apenas o décimo colocado na etapa. Teve uma apresentação regular. Não comprometeu mas também não foi mais à frente. Se lhe serve de consolo, pelo menos conseguiu diminuir a diferença para o líder, Will Power, que abandonou, em um acidente forte do Wade Cunningham.
Estreante em um oval, Rubens Barrichello foi o 11º. Teve uma atuação muito boa para alguém que nunca havia corrido em um oval e estreou logo em Indianapolis. Creio que Rubinho teve um grande aprendizado neste mês. E isso vai ajuda-lo muito no futuro. Por fim, Bia Figueiredo foi a 24ª, 10 voltas atrás. Culpa de um acidente que não teve maiores consequências.
WRC
No WRC, vitória de Sebastien Loeb na Grécia, a 71ª da carreira. Resultado esperado. E que ficou evidenciada com o abandono de Petter Solberg, na SS18. O norueguês tentava se aproximar do francês quando bateu, dando adeus à disputa. Com isso, a Citroen conseguiu mais uma dobradinha na categoria, com o segundo lugar de Mikko Hirvonen.
Loeb foi sólido durante todo o fim de semana e conseguiu controlar a pequena diferença que construiu. Além disso, contou com a sorte e os problemas dos adversários. Jari-Matti Latvala, que brigava com ele pelo primeiro lugar no início do evento, teve problemas com a direção de seu Ford na sexta. No sábado, um furo de pneus e problemas nos freio atrasaram ainda mais o finlandês, que caiu para quarto. Com isso, só restou Solberg na disputa, até seu acidente no domingo.
Loeb ainda teve tempo terminar na frente de Hirvonen, mesmo com um furo de pneu já na SS19. No fim, quarenta segundos distanciaram os companheiros. Latvala foi o terceiro.
Entre os brasileiros, Paulo Nobre conseguiu finalizar o Rali da Grécia na 17ª posição. Já Daniel Oliveira, assim como Solberg, abandonou na SS18.
GP2
Na GP2, o inglês Jolyon Palmer venceu a segunda etapa, disputada no sábado. Sem muita dificuldade, o piloto da iSport conseguiu controlar bem a prova, que teve uma acidente com vários carros logo após a largada, envolvendo inclusive os brasileiros Felipe Nasr e Victor Guerin, e o líder do mundial, DAvide Valsecchi. Aliás, Nasr e Guerin protagonizaram a batida mais espetacular da corrida, com o piloto da DAMS decolando após bater na traseira do compatriota. Ambos não sofreram lesões mais graves.
Luiz Razia, por sua vez, conseguiu terminar em um bom sexto lugar, depois de partir de 15º, diminuindo um pouco a desvantagem para Valsecchi.
Fotos: GPUpdate.net, IndyCar.com e NextGen-Auto.com
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