Movimentações na MotoGP

Após os anúncios da aposentadoria de Casey Stoner, ao fim desta temporada, da renovação do contrato de Jorge Lorenzo com a Yamaha, da confirmação de Dani Pedrosa e Marc Marquez como dupla da Repsol Honda em 2013 e da volta de Valentino Rossi à Yamaha, o mercado da MotoGP voltou a se agitar. E dessa vez, as decisões giram em torno da Ducati.

Na quarta-feira, a fábrica italiana anunciou que contará com Ben Spies e Andrea Iannone na próxima temporada. Mas não para o time principal, que já tem o americano Nicky Hayden e que terá também o italiano Andrea Dovizioso no próximo mundial, e sim para a Pramac Ducati, time satélite da montadora. Noticia que mexe um pouco não apenas com a Ducati mas também com o mercado.

Começando pelos italianos, este anuncio me parece uma tentativa da Ducati em renovar seu quadro, juntando pilotos com certa experiência para tocar o próximo projeto. Após a tentativa fracassada de trazer Valentino Rossi e fazer dele o líder que levaria as Desmosedici ao caminho das vitórias e dos títulos, o plano mudou.

Dessa forma, a opção por ter Nicky Hayden, que já conhece a Ducati e seus últimos projetos, Andrea Dovizioso, que virá com a experiência de ter andado nos últimos dois anos com a Repsol Honda e com a Tech 3, e Ben Spies, tem como trunfo sua experiência com a Yamaha Oficial nas últimas duas temporadas, foi o melhor caminho encontrado pelos italianos. Tentar juntar tudo isso será, certamente, um grande desafio. E não há garantias de que irá funcionar. Porém, se der certo, os italianos encontrarão alguns atalhos no desenvolvimento de seu próximo protótipo e aproveitarão melhor a parceria que terão com a Audi a partir de 2013. E é bom lembrar que a Pramac terá equipamentos oficiais, para que esse tentar alcançar esse desenvolvimento de maneira mais rápida. 
Ben Spies (à esq.) e Andrea Iannone (à dir.) serão as caras novas da Ducati em 2013, pilotando pela Pramac
Quanto a Andrea Iannone, essa é uma aposta. O italiano que vai bem na Moto 2 é um piloto reconhecidamente rápido - tem um estilo semelhante ao de Marco Simoncelli - mas precisa de quilometragem na MotoGP para amadurecer e desenvolver seu potencial. Vejo-o como um investimento da Ducati para o futuro da marca, ainda mais perante ao torcedor italiano.

Com a contratação de dois pilotos pela Ducati para a Pramac, emerge a dúvida agora sobre o futuro do tcheco Karel Abraham. Como cada fabricante só pode ter duas motos satélites e a Ducati já anunciou que ambas vão para a Pramac, o tcheco ficará a ver navios, pois sua equipe privada, a AB Cardion era cliente dos italianos. A tendencia é que ele, se quiser continuar na MotoGP, deverá migrar para uma moto CRT.

Outro que também terá de procurar uma casa nova é o atual piloto da Pramac, Hector Barbera. Sem sua vaga no time, este é outro que tende a parar em alguma equipe CRT, como o próprio já admite. Barbera já conversa com alguns times.

Fotos: Sports Illustrated e Zimbo
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