O que marcou em 2012, por Luane Magalhães

E depois dos textos da Ludy e da Tati, chegamos ao fim desse mini tour com as amigos do blog Octeto Racing Team com o post da Luane Magalhães. E como boa fã de Nico Rosberg que é, a Lu resolveu falar um pouco sobre seu piloto, mas muito mais sobre a equipe para qual ele pilota, a Mercedes, que nesse ano conquistou sua primeira vitória na categoria com o próprio Nico, no GP da China. Esse foi também o primeiro triunfo do piloto alemão. Bom, vamos ao texto da Lu. Boa leitura.


Uma dúvida estrelada

Em 2010, quando a Mercedes comprou a Brawn GP  de porteira fechada e incluindo o dono da equipe, o pensamento era só um: nascia uma equipe grande e vencedora, as Flechas e Prata estão de volta. E o frenesi aumentou quando depois de ter anunciado Nico Rosberg como piloto, a equipe trouxe  de volta para F1 o grande campeão Michael Schumacher. Estava praticamente ganho o campeonato. Só que não.

O ano de “’estreia” nem foi tão ruim assim. Foram três pódios, todos do Nico, e boas chances. O carro era bem nascido e os dois primeiros pódios ocorreram na primeira fase da temporada, quatro corridas no outro lado do mudo, três pódios.  Entretanto, a grande contratação não estava conseguindo andar com o carro e tudo foi mudado quando começou a fase a europeia. Mudaram, não adiantou nada para Michael e pioraram um projeto que ia bem.
E olhando em retrospectiva esse primeiro ano foi o melhorzinho da Mercedes desde a  sua volta a categoria. Falo isso vendo o contexto geral. É obvio em que em 2012 também houve brilho com a vitória de Nico da China e o primeiro e único pódio de Michael na sua volta a categoria.  Mas a equipe é empacada. Não é constante, não tem ritmo. Falta algo.

Nestes três anos, a Mercedes esbarrou sempre no mesmo problema: desenvolvimento. Começa o ano bem, lança um carro bonzinho, mas chega na fase europeia já sem fôlego como se fosse um fumante inveterado que tenta subir 6 andares de escadas. Até consegue dar uns picos e subir, mas quase morre sem ar.

Isso faz da Mercedes a equipe mais imprevisível do grid em 2013. Não há como prever. A contratação de Lewis Hamilton, excetuado o caminhão de dinheiro oferecido, mostra que pelo menos um bom projeto foi apresentado para o piloto. Nenhum piloto que se preze assina com uma equipe que não tem nada a não ser dinheiro par oferecer. Mas entre o projeto e a pista há um oceano de diferença.

A dupla de pilotos é promissora. De um lado, já dono da casa, Nico Rosberg só espera poder sentar em um carro bom para mostrar o talento que tem. Nesses anos todos na F1, o piloto alemão aprendeu a trabalhar. Sem nunca ter tido a facilidade de ter um carro imbatível, ele teve que aprender a se virar com o que recebia e isso o tornou um piloto maduro.

No outro lado do box, chega Lewis Hamilton que nunca pilotou para outra equipe na vida que não fosse a McLaren. Não tem experiência fora de casa e nem com carro ruim. Em todo o seu tempo na McLaren teve carros que podiam lhe dar vitórias. E se o carro da Mercedes não for bom como vem acontecendo? Como irá lidar com a situação? Vai ter sangue frio e trabalhar ou vai se desestabilizar e dar piti?
O relacionamento entre os dois pilotos é bom. São amigos de infância e Lewis conta que só assinou com a Mercedes após ligar para Nico e perguntar o que o amigo achava da proposta. Um episódio bem incomum, acredito.

Por essas e outras razões que acredito que  a Mercedes é a equipe mais imprevisível, mas também uma das mais interessantes de se acompanhar no próximo ano. Afinal, tenho certeza que a ultima coisas que eles querem na vida é repetir o histórico da Toyota. Em algum momento eles vão ter de achar o ponto certo, pois não falta nada. Tem piloto, profissionais renomados como o Brawn, dinheiro e investimento fortes.

Fotos: GPUpdate.net
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1 comentários:

Daniel Machado disse...

Ela está na lista de meus convidados no blog. Com certeza, fará um texto tão bom como este que ela fez pro teu blog.