Enfim, acabou a novela da Williams envolvendo o anuncio de
quem seria o companheiro de Pastor Maldonado em 2012. E na disputa brasileira,
que envolvia Rubens Barrichello e Bruno Senna, quem levou a melhor foi o
sobrinho do Ayrton, diferente do que aconteceu a três anos, quando ambos
disputavam uma vaga no espolio da Honda, que acabou nas mãos de Rubens.
Realmente Bruno era o favorito para ocupar a vaga, mesmo que
isso não lhe garantisse nada. Na disputa anterior, ele também era o favorito e Rubinho
acabou ficando com o assento daquela que se tornaria a Brawn GP. E como há três
anos, as informações que cravavam Bruno na F1 surgiram aos montes, primeiro com
o jornalista Ricardo Boechat e depois com o empresário Eike Batista, dono de
uma das empresas que patrocinam o piloto. Dessa vez acertaram.
O fato é que a opção, que não surpreendeu, por Senna pode ser considerada a mais
sensata tomada pela Williams. Na parte financeira, é claro. Já contando com o
bom apoio da PDVSA, o time de Grove agora terá verba vinda também dos patrocinadores
de Bruno, no caso a OGX e a Gillette. Isso trará um bom aporte financeiro à
equipe, que passa por dificuldades há um bom tempo. Frank Williams não poderia
deixar esse dinheiro passar.
Bruno Senna, enfim, foi oficialmente anunciado como piloto da Williams nesta terça-feira |
Mas se por um lado a verba que a Williams conseguiu com seus
pilotos é boa, por outro fica a duvida quanto à parte técnica, de
desenvolvimento do carro. Bruno tem uma temporada em meia de experiência sendo
que ele passou um ano na carroça chamada Hispania. Maldonado vai para seu
segundo ano na F1. Ou seja, ambos não parecem ter rodagem suficiente para
desenvolver o carro da Williams.
Contudo, isso é muito relativo, não há como fazer prognósticos,
não há como garantir que alguém mais experiente, Barrichello, no caso, faria um
trabalho melhor. Tudo depende de investimentos. Não se consegue melhorar um
carro sem dinheiro. Nos últimos anos a própria Williams provou disso. Pode ser
que nessa temporada, com a chegada dos motores Renault, com um pouco mais de
verbas, haja uma pequena evolução. A principio, a dupla Senna e Maldonado não
me parece grande coisa, mas temos de esperar para ver quais as chances do time.
Temos de ver o desempenho do bólido nos primeiros testes e como será a adaptação
dos pilotos. Vários fatores têm de ser analisados.
Com Bruno confirmado, teremos pelo menos dois brasileiros no
grid desse ano. Ainda há uma vaga na Hispania e já não duvido que Barrichello
apareça por lá (mas isso é assunto para o próximo texto). Será um ano de afirmação
para o sobrinho do Ayrton, a maior chance de sua carreira. Andar bem, de forma constante, é o objetivo. Ele que trate então
de aproveita-la, mostrar que pode guiar um F1, pois outras podem não surgir.
Foto: WilliamsF1.com
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