O que marcou em 2012, por Marcos Antonio Filho


Um torcedor fanático da Williams. Esse é o terceiro personagem do especial "O que marcou em 2012". Falo do meu amigo Marcos Antonio Filho, dono do blog GPSeries e, assim como eu, torcedor dos formidáveis Liverpool e Chicago Bulls. Mas não estamos aqui para falar dos Reds ou dos Touros Vermelhos, e sim de automobilismo. Mais especificamente da F1. Mais especificamente ainda da épica vitória da equipe de Grove com Pastor Maldonado no GP da Espanha desse ano. Será que o Marcão foi à loucura com ela? Pra saber se isso aconteceu, é só ler o texto dele, logo abaixo. Aproveito para agradece-lo pela participação e desejar boa leitura a todos.

A quebra do tabu com uma vitória épica


A temporada de 2012 foi uma das melhores da história. Mas para mim foi mais. Não, não sou grande fã do Vettel, embora ele seja grandíssimo piloto. Mas 2012 marcou o ano que a fila acabou. Não, não é a fila do Alonso, que cresceu mais um ano. Mas a fila da Williams, finalmente teve fim.

Torcer por uma equipe, que não é a equipe top é um martírio para poucos. Ficar acompanhando no ‘live timing’ pra ver se o piloto da sua equipe passava o décimo colocado é algo deveras masoquista. Mas eu gosto, a minha história de amor com o Williams F1 Team vem desde os tempos, que ela era ‘modinha’, quando ganhava tudo e tinha um tal de Adrian Newey no time. Mas de equipe grande, a Williams se apequenou e agora é uma simpática equipe média (como é duro dizer isso) E começou a temporada de 2012, com um jejum incômodo de 7 anos, que provavelmente partiria para 8. E aí, veio o GP da Espanha.
Sábado na classificação, foi exatamente assim: “Ah, tudo normal. O Maldonado passou para o Q3. Ele ficando em quinto ou sexto estará ótimo e... OH WAIT! Segundo!” E quando veio a confirmação de que o pole Lewis Hamilton tinha pouco combustível e perdeu a primeira posição, que ficou com o Pastor, já vibrei. Uma pole novamente, como em Interlagos 2010 com Nico ‘Hulkenbest’. E eu pensei que a corrida seria como aquela, em que ele não passaria nem a primeira curva em primeiro. Engano meu. A Williams tinha sim carro para vencer. Bastava saber se tínhamos o piloto.

E tínhamos. Pastor Maldonado fez um prova que muitos até hoje duvidam que foi ele mesmo que correu. Mas foi sim. Maldonado foi muito bem andando na frente e a Williams finalmente acertou em cheio na estratégia (aleluia!) chamando Maldonado antes de Alonso, para poder ficar à frente. E ficou. Mas os pneus de farofa estão no nível de desgaste ‘extreme’ e chegando ao final da prova, foi o momento mais tenso. Os pneus do Maldonado acabando e Fernando Alonso, ‘El fodón de las Astúrias’, vinha babando para ganhar uma corrida em casa. Ele chegou. Ficou colado no Maldonado. E eu passei pelos os minutos mais tensos desse ano. Foram horas aquela perseguição. Eu chorava por antecedência, com meu instinto vira-latas aflorado dizendo para mim mesmo: “Poxa chegamos tão perto da vitória!”. Meu maior medo era o Maldonado repetir o que fez na Austrália e a Williams fosse perder pontos preciosos. Que bom que eu estava enganado!
Maldonado resistiu bravamente à pressão. Os pneus do Alonso enfarofaram também e aí, o que eu mais esperei em quase oito anos, ia acontecer. Uma vitória. Sim, uma vitória. Uma vitória da Williams, de novo porra! Agora, o choro era de alegria, a Williams venceu, o tabu acabou! Maldonado, eu te amo, seu lindo! Nunca adorei tanto à Venezuela como naquele dia. Ô país lindo! E no pódio o momento de reverência do Kimi e do Alonso levantando o Maldonado que vibrava. Que momento épico.

Claro que tinha algo pra atrapalhar e na Williams foi o incêndio nos boxes. Deve ter sido praga do Barrichello, mas enfim, o que importa é que a Williams venceu e mostrou que ainda pode ser uma equipe grande. Se esse ano tivemos um lampejo com aquela vitória, espero que em 2013 ou 2014 tenhamos a volta daquela equipe tão maravilhosa que fazia os campeonatos ficarem chatos e eu ficava muito feliz.

Fotos: GPUpdate.net
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1 comentários:

Daniel Machado disse...

Belo relato do amigo Marcão. Imagino a emoção quando ele viu a Williams cruzando em primeiro lugar lá em Barcelona.