Eis que na tarde de ontem, segunda-feira, o perfil oficial da MotoGP no twitter solta a sequencia de postagens que reproduzo logo abaixo a esta pequena introdução.
#MotoGP will return to Brazil in 2014 at the Autodromo Nelson Piquet de Brasilia, subject to FIM Homologation— MotoGP™ (@MotoGP) August 19, 2013
Dorna CEO Carmelo Ezpeleta announced at press conference in Brazil today that #MotoGP could return to Brazil in 2nd half of 2014.— MotoGP™ (@MotoGP) August 19, 2013
Mr Ezpeleta at Brazilian #MotoGP press conference with officials including Federal District Governor Agnelo Queiroz pic.twitter.com/QbN146gq8K— MotoGP™ (@MotoGP) August 19, 2013
Pois bem. Ao que tudo indica, a MotoGP realmente está prestes a voltar ao Brasil, como diz a própria organização da categoria, em Brasilia. Uma notícia que deixa qualquer fã do esporte a motor eufórico, por tudo o que a MotoGP representa. É a principal categoria sobre duas rodas no mundo e tem um dos maiores nomes do esporte em todos os tempos, o italiano Valentino Rossi. Some a ele o ótimo Jorge Lorenzo, o bom Dani Pedrosa, o fenômeno Marc Marquez, as excelentes e disputadas provas da Moto 2 e da Moto 3 e temos um grande evento para acompanhar no país. Realmente é uma oportunidade e tanto.
Mas deixando a euforia de lado, os fãs também têm motivos para preocupação. Isso porque o autódromo Nelson Piquet, escolhido para sediar a etapa, vai precisar de uma grande reforma (e que seria a primeira de sua história em seus 40 anos de existência) para que tenha condições de receber não apenas a MotoGP. É bom lembrar que a visita de Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, serviu apenas para acertar alguns detalhes com o governo da capital federal. A FIM precisa ainda homologar o circuito para que a etapa de fato ocorra no segundo semestre de 2014, como desejam.
E a situação do autódromo brasiliense, não é das melhores. É só lembrarmos que em junho deste ano a Stock Car passou por diversos problemas na pista e que o presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, até proibiu que novas provas acontecessem no circuito até que melhorias fossem feitas. Sem contar que a pista também foi palco da morte da piloto Vanessa Daya, exatamente em uma prova de moto (apesar de que no caso dela foi mais fatalidade do que qualquer outra coisa). Se pensássemos em uma prova hoje, por exemplo, o circuito não teria a menor condição de receber um evento deste porte. É até constrangedor pensar nisso. Aliás, no Brasil circuito algum teria, a exceção de Interlagos, que já recebe a F1. É um retrato da falta de cuidado das confederações com o automobilismo no país.
Sim, há a parte boa nessa possível vinda da MotoGP para o Brasil, que é a chance de se fazer melhorias em uma praça esportiva importante. Com a reforma, o país ganharia um espaço mais moderno, que pode ser um chamariz para outras categorias e um passo também no desenvolvimento do esporte a motor por aqui (apesar de saber que isso é utópico, atualmente). Contudo, tem de se tomar cuidado com isso também porque quando falamos em reforma de praças esportivas no país, logo nos vem a mente coisas como superfaturamento, desvio de dinheiro, projetos que dobram o valor... e sempre se utilizando o dinheiro da população. É mais um motivo de preocupação.
É aguardar para ver como tudo isso será conduzido. Espero tudo ocorra de maneira correta, pelo bem do esporte á motor no Brasil.
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