Formula do equilíbrio

Equilíbrio. Esta é a palavra que melhor define o atual campeonato da Formula Indy, que tem agora uma pausa de três semanas antes de voltar à ativa no GP de Mid-Ohio. E apesar de algumas críticas que  a categoria possa receber, pelo menos no quesito competitividade ela se mostra bastante interessante. Por isso, faço aqui uma pequena analise sobre aqueles que considero os principais candidatos ao título de 2013.

  • Helio Castroneves - Líder do campeonato, Helinho é o "Mister Consistency" deste ano. O piloto brasileiro vem dando uma aula de regularidade, tendo cruzado a linha de chegada em 12 das 13 provas disputadas no top 10 - a única exceção foi o GP de Long Beach, no qual terminou em 13º. Além disso, Hélio é também o segundo piloto que mais vezes foi ao pódio no ano, totalizando cinco troféus (um de primeiro lugar, três de segundo e um de terceiro). E com esses números, ele se coloca como, talvez, o principal favorito ao título. Entretanto, o piloto da Penske, no meu ponto de vista, precisa vencer mais vezes para garantir a taça com mais tranquilidade. Apesar da regularidade absurda que vem demonstrando, sua diferença de 29 pontos perante o segundo, além de mostrar como é importante vencer, não lhe dá margem de erro. E isso pode fazer com que ele guie cada vez mais pressionado daqui pra frente. Restando seis etapas para o fim do campeonato, acredito que Castroneves precisa ir ao lugar mais alto do pódio pelo menos duas ou três vezes para assim garantir seu primeiro título na categoria.
Em busca do título inédito, Helio Castroneves aposta na regularidade. Em apenas uma prova ele não terminou no top 10
  • Scott Dixon - Sem sombra de duvidas o neozelandês, bicampeão da Indy, é o piloto que mais cresceu nas últimas provas. Até o GP de Iowa, Dixon vinha fazendo um campeonato até que discreto, variando de posições na faixa de quarto a sétimo ou oitavo. Seu melhor resultado havia sido um segundo lugar, na etapa do Alabama, segunda do campeonato. Contudo, o piloto da Ganassi venceu as últimas três corridas do campeonato (Pocono e as duas etapas de Toronto) subindo assim para a vice-liderança. Com isso, deixou o status de coadjuvante para assumir papel de protagonista. A evolução de Dixon no campeonato coincide com a melhora da Ganassi, que deixou de frequentar as posições intermediárias para voltar ao pelotão da frente, com as vitórias do neozelandês e as boas corridas de Dario Franchitti e até de Charlie Kimball. E sabemos o que a Ganassi e seus pilotos principais podem fazer quando têm condições de brigar na frente. O bicampeão cresce em um momento crucial do campeonato onde aqueles que ainda vão brigar pelo título vão se firmando cada vez mais. E se continuar nessa toada, certamente Dixon dará muito trabalho ainda.
Scott Dixon vem crescendo muito nas últimas etapas, tendo vencido três corridas seguidas. Neozelandês vai atrás do tri
  • Ryan Hunter-Reay - Atual campeão da Indy, Ryan Hunter-Reay tem tido altos e baixos na temporada. Ao mesmo tempo que o americano do carro #1 é o piloto que mais vezes foi ao pódio (seis vezes no total, com duas vitórias, três segundos lugares e um terceiro), ele é 'apenas' o terceiro no campeonato. Isso se deve a alguns 'azares' e 'barbeiragens' que Hunter-Reay vem tendo e fazendo. Nas últimas três provas, por exemplo, ele não completou nenhuma, fato que o fez perder a vice-liderança para Scott Dixon, vencedor dos três GPs. Em Pocono, o piloto da Andretti Autosport foi abalroado na entrada dos boxes por Takuma Sato, tendo de abandonar. Já na rodada dupla de  oronto, ele acabou se acidentando no fim das duas provas, ficando no fim do pelotão. E com isso, ele perdeu algumas chances de somar pontos importantes na briga pela liderança. Com seis corridas para o fim do campeonato, o atual campeão tem um déficit de 69 pontos para o líder. Porém, não pode ser descartado, afinal, já mostrou que tem potencial para vencer e conseguir bons resultados. 
Ryan Hunter-Reay é o piloto com mais pódios no ano (seis). Contudo, o atual campeão tem sido bastante irregular
  • Marco Andretti - Tal como Helio Castroneves, Marco Andretti vem galgando sua campanha na regularidade de seus resultados. O neto de Mario Andretti e filho de Michael, dono de sua equipe, tem onze chegadas entre os dez mais bem posicionados num total de 13 provas. As únicas vezes em que não terminou no top 10 foram na primeira corrida em Detroit e em Milwaukee, quando finalizou as etapas em 20º. Além disso, o americano coleciona dois pódios, com dois terceiros lugares. E aí mora seu principal problema. Entre os principais postulantes ao título Marco é o único que não venceu. Aliás, ele sequer terminou uma prova na segunda posição. E isso tem feito a diferença em suas pretensões. Por mais que venha sendo consistente - teve um belo início de campanha e até liderou a tabela-, a falta de vitórias acaba o afastando daquilo que seu avô e seu pai já conquistaram. Se tivesse uma vitória, pelo menos, sua situação na tabela seria melhor. Hoje, com 70 pontos atrás de Helinho, o Andretti da terceira geração precisa começar a descontar essa desvantagem o mais breve possível. Marco não está descartado da briga, mas precisa ir ao lugar mais alto do pódio o quanto antes.
Marco Andretti é o único dos favoritos ao título que ainda não venceu na temporada. Americano está a 70 pontos do líder
  • Merecem menções - Simon Pagenaud, Tony Kanaan, Dario Franchitti e James Hinchcliffe não estão assim tão na briga pelo título. Os quatro pilotos se encontram com uma desvantagem de mais de 100 pontos perante Helinho e pelo que vêm fazendo, dificilmente conseguirão descontar tal vantagem. Contudo, não dá pra cravar que eles estão totalmente fora da briga, ainda mais depois de termos visto Scott Dixon vencendo três corridas seguidas. Caso algum deles tenha a competência suficiente para repetir o feito do neozelandês e conte com um pouquinho de sorte também, por que não pensar em disputar o título? Sobre o desempenho dos quatro: tanto Pagenaud quanto Franchitti são mais regulares. O francês venceu uma das corridas em Detroit e tem outras sete chegadas no top 10, só que nenhuma delas entre os cinco melhores. Já o escocês melhorou bastante nas últimas provas, conquistando dois pódios (terceiros lugares em Pocono e Toronto) e possui oito chegadas entre os dez primeiros. Kanaan e Hinchcliffe, por suas vezes, são mais irregulares. O bom baiano realizou o sonho de vencer em Indianapolis, seu único triunfo no ano, e tem mais dois pódios (terceiros lugares no Texas e em Iowa). No entanto, terminou apenas seis vezes no top 10, tendo enfrentado diversos problemas, com acidentes e quebras. O canadense segue a mesma linha. Apesar de ser ao lado de Dixon o maior vencedor da temporada, com três triunfos, Hinchicliffe só terminou uma prova entre os dez primeiros em outras três chances. Um fato curioso: apenas quatro pontos separam Pagenaud, quinto, de Hinchicliffe, oitavo.
Fotos: IndyCar.com
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