"Se ganharmos, seria um milagre". Essas foram as palavras de Lewis Hamilton ontem, após garantir sua quarta pole position na temporada e 30ª da carreira. O piloto inglês da Mercedes não estava lá tão confiante com suas chances. Ou queria, apenas, esconder o jogo, o que não seria tão absurdo assim. Mas pessimista ou dando uma de louco, fato é que a vitória em Budapeste veio.
Enfim, Lewis desencantou guiando pela equipe alemã, justamente no circuito onde ele tem mais sucesso na categoria. Com o triunfo deste domingo, Hamilton chega a quarta vitória em Hungaroring, tornando-se assim não apenas o piloto em atividade com mais vitórias no traçado e sim em todos os tempos, ao lado de Michael Schumacher. Uma vitória que vem também em ótima hora e que pode coloca-lo como candidato a algo maior no campeonato daqui pra frente.
Milagre ou competência?
A corrida que Hamilton fez neste domingo foi excelente. E pegou muita gente de surpresa, inclusive a este que vos fala. Não imaginava que o piloto inglês tivesse muitas chances de vencer apesar do travado circuito de Hungaroing favorecer aqueles que largam nas primeiras posições. Há poucos pontos de ultrapassagem na pista o que torna qualquer tipo de investida menos eficiente. Contudo, Lewis teve mais tranquilidade do que poderia imaginar. E isso aconteceu por alguns pontos importantes que merecem ser destacados.
Na Hungria, Lewis Hamilton conquistou primeira vitória pela Mercedes. Esse foi seu 22° triunfo na categoria |
Após sua primeira parada, que muitos julgaram até prematura, na décima volta, Hamilton voltou com trafego à frente, mais precisamente Jenson Button. O ex-companheiro de Lewis vinha em uma estratégia diferente. Tendo largado em 13º, Jenson optou por utilizar os pneus médios no início, fazendo assim uma perna mais longa. Ajudado também pela boa largada, Button ocupava o oitavo posto e teria papel fundamental na vitória do compatriota.
Sabendo da importância de não perder tempo atrás de carros mais lentos, Hamilton logo partiu para cima de Button e o ultrapassou. Na sequencia, quem vinha atrás de Hamilton no primeiro stint também fizeram seus primeiros pits, voltando logo atrás do inglês da McLaren. E isso foi fatal. Sebastian Vettel e Romain Grosjean perderam muitas voltas atrás de Button e com isso Hamilton conseguiu abrir uma vantagem confortável na virtual liderança.
Outro fator fundamental foi a agressividade de Hamilton durante a prova. Em duas oportunidades, por exemplo, ele superou Mark Webber, que também vinha em uma estratégia semelhante a de Button, com ultrapassagens na pista. Mesmo que o australiano viesse em outra corrida, buscando um pódio, o que já seria muito para alguém que largou em 10°, Lewis não perdeu tempo. Isso também foi crucial para que sua vantagem aumentasse. Voltas constantemente rápidas também tiveram grande importância. Depois disso, foi só administrar.
Raikkönen, Brawn, Hamilton e Vettel no pódio do GP da Hungria. Resultados mantém alemão com folga na liderança |
Discreto, Raikkönen termina em segundo; Vettel completa o pódio
Lewis Hamilton tinha três vitórias na Hungria. Por lá, o inglês havia triunfado em 2007, 2009 e 2012. E em todas essas ocasiões Kimi Raikkönen tinha terminado com a segunda posição. Hoje, o script se repetiu. Lewis no topo do pódio e Raikkönen ao seu lado direito. E que grande prova fez o finlandês novamente.
Largando em sexto, Kimi cruzou a linha de chegada pela primeira vez na mesma posição, tendo perdido um posto para Felipe Massa, mas ganhando a posição de volta em cima de Nico Rosberg, que teve um incidente com o brasileiro. Contudo, o Iceman pouco pôde fazer atrás do piloto da Ferrari. Mesmo mais veloz e com um equipamento em melhores condições, Raikkönen não conseguia superar Massa e perdia muito tempo atrás do ex-companheiro. O finlandês só conseguiu ficar à frente no momento em que Felipe fez sua parada, duas voltas antes do piloto da Lotus.
Com mais uma prova discreta e galgada na estratégia de uma parada a menos, Kimi voltou ao pódio na Hungria |
Mais uma demonstração do porquê o homem de gelo está entre os líderes do campeonato. Apesar de não ter o carro mais veloz, Raikkönen consegue compensar algumas deficiências do E21 com sua pilotagem. E assim segue conquistando resultados expressivos. Realmente é um pilotaço.
Vettel completou o pódio, um tanto quanto decepcionado, mas resignado. A decepção se deu, claro, pelo fato de não ter conseguido a vitória. Depois de dominar boa parte do fim de semana, ele perdeu a pole para Hamilton no sábado. No domingo, largou mal e também não conseguiu se aproximar de Hamilton em momento algum. Além disso, perdeu tempo demais atrás de Jenson Button, o que arruinou qualquer pretensão de encerrar a escrita de nunca ter vencido na Hungria. No fim, tudo isso acabou contribuindo para que ele também perdesse o segundo posto para Kimi Raikkönen. Para quem era o favorito à vitória - inclusive o meu - Vettel ficou abaixo do esperado.
Favorito, Vettel não conseguiu confirmar o que vinha mostrando no fim de semana e foi apenas o terceiro |
Webber faz boa prova, Alonso estaciona e Grosjean sai com prejuízo
Mark Webber fez novamente uma boa prova neste domingo. É interessante ver que o australiano consegue andar muito bem vindo de posições intermediárias ou mesmo do fundo do grid. Às vezes ele se sai melhor neste cenário do que largando entre os líderes. Partindo da décima posição, Mark fez uma boa largada e logo apareceu em sétimo. Com uma estratégia diferente, ele até liderou a corrida e parecia ter condições de até brigar pela vitória, caso optasse por uma parada a menos, como fez Raikkönen. No fim, tal tática não foi possível e Webber parou três vezes. Entretanto, o quarto lugar acabou sendo um resultado muito bom.
Fernando Alonso foi o quinto, em mais um desempenho bem apático. A Ferrari realmente não tem um carro á altura da disputa pelo campeonato e o espanhol vai ficando para trás. Hoje, Alonso não teve condição alguma de tentar algo melhor do que o quinto lugar. Não tinha ritmo suficiente para acompanhar Hamilton, Vettel, Raikkönen, Grosjean ou Webber e também não teve como compensar na estratégia. Resignou-se então ao quinto posto, beneficiado ainda por uma punição ao franco-suíço. Os italianos vão ter que trabalhar muito nessas férias para darem condições melhores aos seus pilotos do GP da Bélgica pra frente.
Punição polêmica tirou chances de Romain Grosjean voltar ao pódio na Hungria. Em 2012 ele foi o terceiro |
Mas foi por conta desta parada antecipada que o franco-suíço acabou voltando no meio do pelotão e daí surgiu sua punição, que acabou com qualquer chance de pódio. Ao tentar ultrapassar Felipe Massa, Grosjean acabou excedendo um pouco o limite da pista. Assim, os comissários entenderam que ele utilizou a parte de fora do traçado para obter vantagem. Uma punição polêmica. Na regra está claro que as ultrapassagens precisam ser feitas dentro da pista. Mas nesse caso, acho que exageraram um pouco. Enfim...
Massa, McLaren e Maldonado completam o top 10 e o resto do grid
Felipe Massa conseguiu terminar em oitavo. E também sofreu dos mesmos problemas de Alonso, com um adendo: ainda nas primeiras curvas ele teve um toque com Nico Rosberg que danificou sua asa dianteira. Com o carro que tinha e com os problemas que surgiram, foi o que deu. O brasileiro terminou entre os carros da McLaren. Button, que fez uma bela corrida e que ajudou muito na vitória de Hamilton, foi o sétimo. Ótimo resultado para quem largou em 14°. E Perez foi o nono, terminando na posição que largou. Completou a tabela de pontos Pastor Maldonado, que terminou pela primeira vez no ano entre os dez. Excelente resultado para a Williams, que vinha penando nesta temporada.
Enfim, a Williams desencantou. Guiada por Pastor Maldonado, equipe conseguiu marcar seu primeiro ponto no ano |
Resultado final
2º. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) a 10s9
3º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault) a 12s4
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault) a 18s0
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) a 31s4
6º. Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) a 32s2
7º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) a 53s8
8º. Felipe Massa (BRA/Ferrari) a 56s4
9º. Sergio Pérez (MEX/McLaren-Mercedes) a 1 volta
10º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) a 1 volta
11º. Nico Hulkenberg (ALE/Sauber-Ferrari) a 1 volta
12º. Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso-Ferrari) a 1 volta
13º. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari) a 1 volta
14º. Giedo van der Garde (HOL/Caterham-Renault) a 2 voltas
15º. Charles Pic (FRA/Caterham-Renault) a 2 voltas
16º. Jules Bianchi (FRA/Marussia-Cosworth) a 3 voltas
17º. Max Chilton (ING/Marussia-Cosworth) a 3 voltas
Abandonaram
Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) na 67ª volta
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) na 65ª volta
Valtteri Bottas (FIN/Williams-Renault) na 43ª volta
Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber-Ferrari) na 29ª volta
Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) na 20ª volta
Fotos: GPUpdate.net
1 comentários:
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