E na segunda-feira...

Acompanhei quase tudo neste fim de semana, mas não escrevi ontem por motivos de que "uma gripe me nocauteou". Então, vamos ao resumo do domingão.

F1


Em Spa-Francorchamps, Sebastian Vettel confirmou o favoritismo e venceu sem maiores dificuldades. O alemão tomou a liderança de Lewis Hamilton logo na primeira volta e não a perdeu mais. Aliás, ninguém sequer ameaçou seu reinado no tradicional circuito belga. Venceu com os pés nas costas, diria o outro.
Um resultado que mostra os rumos do campeonato. Tudo leva a crer que o alemão garantirá o tetracampeonato com algumas corridas de antecipação. Tem o melhor carro nas mãos e um grande time lhe dando suporte. É questão de tempo para que Vettel passe a ser, ao lado de Alain Prost, o terceiro maior vencedor de títulos da categoria. É quase que inevitável, eu diria. E é totalmente merecido, diga-se. O garoto - sim Vettel ainda tem 26 anos apenas - vai fazendo um trabalho incrível novamente.

Na segunda posição veio Fernando Alonso, em uma grande corrida. O espanhol partiu do nono posto e na primeira volta já estava em quinto. Após o primeiro pit, o ferrarista foi para segundo e se manteve por lá durante o restante da etapa. Agressivo na largada e nas primeiras voltas, Alonso mostrou mais uma vez porque é tido por muitos como o melhor piloto do grid. Não é todo mundo que faz uma corrida como ele fez. Não hesitou em partir pra cima de ninguém, arriscando-se como um grande piloto tem de fazer. E foi recompensado com um belo resultado individual.

Pena para ele que o segundo lugar não resolva muita coisa, pois Vettel está impossível mais uma vez.
Lewis Hamilton completou o pódio. Depois de uma pole inesperada, o inglês nada pôde fazer contra Vettel e contra Alonso neste domingo. A Mercedes não tinha um grande ritmo, que lhe desse condições de brigar com os adversários como fez em Hungaroing ou em outras provas. Mesmo assim, para Hamilton o resultado ainda foi interessantíssimo. Com mais um pódio, ele vai mostrando cada vez mais consistência e superou Kimi Raikkönen no mundial, subindo para o terceiro lugar.

Isso porque o finlandês abandonou uma etapa pela primeira vez desde seu retorno à F1, com problemas no freio. E se formos pegar o histórico do Iceman, esse foi o primeiro GP que ele não completou em 38 disputados. A última vez em que ele não tinha cruzado a linha de chegada foi no GP da Alemanha de 2009, sua última temporada pela Ferrari. Kimi caiu para quarto no mundial.

Nico Rosberg, em prova bastante consiste foi o quarto. Mark Webber, que largou mal mais uma vez, veio em quinto, seguido por Jenson Button, Felipe Massa, Romain Grosjean, Adrian Sutil e Daniel Ricciardo. Sobre o brasileiro, seu resultado, creio, poderia ter sido um pouco melhor, não tivesse ele largado mal. Um problema no KERS também atrapalhou.
No mais, a corrida foi bem morna. Esperava mais (leia-se chuva).

Sobre as coisas extra-pista, alguns destaques. Ainda no grid, Mark Webber revelou à uma emissora australiana que Daniel Ricciardo já foi escolhido como seu substituto. Perguntado sobre isso, Sebastian Vettel disse que para ele essa escolha faria sentido. Mas Christian Horner tratou de desmentir a história, afirmando que a decisão não foi tomada. Bom, acredito que esse seja mesmo o caminho que os rubro-taurinos vão tomar.

Outra notinha é que a Michelin parece estar preparando terreno para um retorno à categoria. Os franceses estão dispostos a conversar com a FIA e iniciar tratativas para um retorno. Casos as negociações prossigam, a Michelin gostaria de uma definição até outubro, para se preparar. No entanto, a Pirelli, que neste ano vem sendo muito criticada, já afirmou ter contrato assinado com dez times para 2014. À conferir.

MotoGP


Em Brno, surpresa na primeira fila, que teve Cal Crutchlow na pole e Alvaro Bautista em segundo, Mas no pódio, as mesmas caras de sempre. E um cara que vai se acostumando, cada vez mais, em frequentar o lugar mais alto. Falo de Marc Marquez, que venceu novamente e abriu uma vantagem ainda maior para Dani Pedrosa e Jorge Lorenzo na ponta da tabela.

Correndo como um veterano, o novato Marquez teve paciência para buscar o primeiro lugar. Ficou parte da corrida grudado atrás de Jorge Lorenzo, mas sem conseguir superar o rival. No entanto, com sete voltas para o fim da prova, Marc partiu para o ataque, ultrapassando-o. Lorenzo não se entregou e conseguiu retomar a ponta, mas por pouco tempo. Marquez voltou a supera-lo e aí não perdeu mais a liderança, cruzando a linha de chegada antes de todo mundo. Com o resultado, o espanhol tem 26 pontos de vantagem para Pedrosa, que foi o segundo, também deixando Lorenzo para trás. O piloto da Yamaha perdeu rendimento e teve de se contentar com o terceiro lugar e agora tem uma desvantagem de 44 pontos perante o líder.
Valentino Rossi foi o quarto de pois de uma acirrada disputa com Alvaro Bautista, que terminou apenas nos últimos metros. Menos de um décimo separou os dois no fim da prova. Stefan Bradl, foi o sexto, novamente abaixo do esperado. Andrea Dovizioso e Nicky Hayden levaram suas Ducati ao sétimo e oitavo posto. Andrea Ianonne foi o nono e Aleix Espargaró completou o top 10 sendo a melhor CRT.

Na Moto 2, Mika Kallio venceu seguido por Takaaki Nakagami, que enfim vem conseguindo transformar sua velocidade em bons resultados, e Thomas Luthi. Notou algo de estranho nesse pódio? Sim, não vimos espanhóis nele, contrariando algo que parece uma regra na MotoGP atual. O melhor piloto do país foi Pol Espargaró, em quarto. Líder do campeonato, Scott Redding foi o oitavo, em uma corrida que oito segundos separaram o primeiro do 11º

Já pela Moto 3, Luis Salom deu um basta na festa de Alex Rins, que tinha vencido as últimas duas provas, e faturou o GP da Republica Tcheca, dando mais um passo (mesmo com o tornozelo fraturado) rumo ao título. Maverick Viñales, pole e vice líder do mundial, veio logo em seguida e Jonas Folger completou o pódio. Rins, foi apenas o quarto colocado desta vez. Eric Granado foi o 22º, fechando um pelotão de oito motos.

WRC


Ahhh, como o mundo dá voltas. Que o diga Dani Sordo. O espanhol que faz uma temporada pífia em seu retorno à Citroen, sendo até trocado pelo norte-irlandês Kris Meeke para o próximo rali, na Austrália, venceu na Alemanha neste fim de semana. Sim, Dani Sordo VENCEU. Pela primeira vez no WRC. Incrível.

O triunfo de Sordo foi fortuito. Dependeu de vários fatores para acontecer. Primeiro, foi o favorito Sebastien Ogier quem abandonou, ainda na terceira especial do evento, realizada na sexta-feira. No sábado, Jari-Matti Latvala também ficou pelo caminho. E Thierry Neuville teve problemas. Todos esses fatos juntos alçaram o espanhol à liderança do evento. Sem ter culpa nenhuma pelas dificuldades alheias, Sordo fez a parte dele. E acabou com a vitória e 27 pontos na conta. É o quarto no mundial, colado em Latvala.
Mesmo assim, o futuro do espanhol segue ameaçado na Citroen. Segundo Yves Matton, a vitória não muda muito sua situação. O chefe da equipe admite que esse é um bom ponto a favor do piloto, mas que muitas coisas precisam ser avaliadas. Aliás, o planejamento dos franceses para 2014 já começa agora.

Thierry Neuville foi o segundo e viu escapar a sua melhor chance de vencer pela primeira vez no WRC. Ele entrou no domingo, que teve duas especiais, com 0s8 de desvantagem para Sordo, diferença que pulou para a casa dos 3s após a SS15. Ainda era possível, no Power Stage, garantir a vitória. Mas aí o belga voltou a ter problemas e perdeu quase um minuto para o vencedor do estágio, Sebastien Ogier. Mesmo assim, o piloto da Qatar WRT tem motivos para comemorar. Esse foi seu quarto pódio consecutivo e quinto no ano, que lhe garantem a vice liderança do mundial.

Mikko Hirvonen foi o terceiro, muito distante de Sordo. Mais de dois minutos separaram os companheiros. E o triunfo do espanhol pode começar a pressionar o finlandês para que ele também triunfe. Hirvonen é outro que em tendo performances desastrosas.

Martin Prokop foi o quarto. Sempre regular, o tcheco se aproveitou de problemas de quem ia à frente e conquistou seu melhor resultado no WRC. Quem também conquistou seu melhor resultado na categoria foi Robert Kubica, quinto neste fim de semana. De quebra ele venceu pelo WRC 2, assumindo a liderança da classe. Elfyn Evans, outro piloto do WRC 2, foi o sexto, pressionando Kubica. Jari-Matti Latvala ainda salvou o sétimo lugar, logo na frente de Hayden Paddon, que fechou o pódio do WRC 2. Mads Ostberg e Evgeny Novikov completaram o top 10. Sebastien Ogier foi o 24º, mas ainda levou três pontos pra casa, ao vencer o Power Stage.
Sebastien Chardonnet venceu o WRC 3, seguido por Keith Cronin e Christian Reidemann. No Junior WRC, o triunfo ficou com Pontus Tidemand. Michel Burri foi o segundo e Yeray Lemes foi o terceiro.

A única nota triste foi a morte de uma dupla de pilotos do grupo de apoio, após um acidente no sábado. Isso fez com que a SS14 fosse cancelada.

Indy


Durou quase que um ano e quatro meses. Mas enfim, Will Power tirou a barriga da miséria e voltou a vencer na Indy. O australiano faturou o GP de Sonoma neste domingo quebrando o tabu de não vencer desde a São Paulo Indy 300 do ano passado.

O triunfo de Power veio de maneira polêmica. Isso porque o então líder da etapa, Scott Dixon, levou uma punição que o lveou para último (falo disso depois) a poucas voltas do fim. Apesar disso, Power não desmereceu a vitória. O piloto do carro #12 da Penske esteve por toda a corrida entre os líderes, variando sua posição no top 5. A sorte lhe sorriu, sim, quando Dixon teve de cumprir um drive through. Mas ele teve competência de ser veloz e consistente o tempo inteiro e de se livrar das várias confusões que a prova teve.

Justin Wilson, que fez mais uma ótima prova, ficou com a segunda posição. Nos circuitos mistos o inglês mostra muita competência. Esse foi seu terceiro pódio no ano. Antes, havia sido terceiro em Long Beach e na primeira corrida em Detroit. Dario Franchitti foi o terceiro. De Indianapolis pra cá, o escocês voltou a se encontrar com os bons resultados, crescendo junto da Ganassi, que também evoluiu muito.
Para o campeonato, a vitória de Power em Sonoma pouco mudou as coisas lá na frente. Porém, Helio Castroneves saiu novamente como o grande vencedor. Helinho foi o sétimo e apesar de terminar a prova atrás de Ryan Hunter-Reay, sexto, Scott Dixon foi apenas o 15º, o que fez com que sua diferença para o neo-zelandês no campeonato chegasse a 39 pontos. Uma vantagem que ainda não é totalmente confortável, restando quatro provas para o fim, mas que vai fazendo o brasileiro o principal candidato ao título. Qualquer tropeço do piloto da Ganassi, por exemplo, pode ser crucial para que o brasileiro da Penske vença o título pela primeira vez. Já para Hunter-Reay, a diferença é de 62 pontos.

Sobre a punição de Dixon, ela aconteceu porque o piloto do carro #9 da Ganassi atropelou um mecânico que fazia a troca de pneus de Will Power, no pit da frente, quando ele voltava à pista. O carro do neo-zelandês bateu na roda que o mecânico carregava e este acabou caindo no chão, atingindo outro companheiro que participava do pit do australiano. Depois da prova, Dixon acusou o funcionário da Penske de ter feito isso de propósito, uma vez que ele disputa o título contra um piloto da equipe e disputava a corrida contra o outro corredor do time. Ao meu ver, todo esse incidente foi bastante estranho, mas a punição acabou sendo justa, uma vez que a regra foi cumprida.

GP2


Na GP2, nem Stefano Coletti, nem Felipe Nasr tiveram um bom fim de semana. O monegasco saiu da Bélgica zerado e o brasileiro com um ponto na bagagem. Com isso, a diferença entre o líder e o vice líder da categoria caiu para cinco pontos. Porém, ambos ganharam companhia na briga pelo título. O suíço Fabio Leimer chegou a 128 pontos, com um quarto e um quinto lugar em Spa e está a apenas dois atrás de Nasr e sete abaixo de Coletti. E o inglês Sam Bird também entrou para a briga, com a vitória na prova de sábado, que o elevou a 121 pontos.
Vi a primeira corrida, no sábado, que teve no pódio além de Bird, Marcus Eriksson e Alexander Rossi. O inglês não teve muitas dificuldades para triunfar. Fez bem a lição de casa e mesmo com a intervenção do safety car em uma oportunidade, não deu chances aos adversários. Abriu uma vantagem confortável e venceu. Felipe Nasr não completou, ao se envolver em um toque com o companheiro Jolyon Palmer e abandonar.

Na segunda corrida, James Calado foi o vencedor, seguido Julian Leal e Adrian Qualife-Hobbs. Nasr foi o nono na pista, mas uma punição de um segundo a Tom Dilmann, que cortou caminho para não ser ultrapassado pelo brasileiro, o elevou para oitavo.

Fotos: GPUpdate.net, IndyCar.com, NextGen-Auto.com e MotoGP.com
Share on Google Plus

About Diego Maulana

    Blogger Comment
    Facebook Comment

1 comentários:

J Renato Fernandes disse...

Com um pé nas costas dá, amiiiiiigooo, só no punta taco.