Hoje, 22 de outubro de 2010, completa-se 20 anos de uma polêmica conquista. Foi em um 22 de outubro, só que de 1990, que Ayrton Senna, com uma manobra anti-esportiva, mas que lavou a alma de todos aqueles que torciam para o brasileiro, conquistava o bi-campeonato da F1, em Suzuka, no Japão.
Aquele GP do Japão pode entrar em qualquer lista das corridas mais polêmicas realizadas na F1. Contudo, isso se deve por outra prova, tão polêmica quanto, realizada exatamente um ano antes, no mesmo circuito de Suzuka.
Em 1989, Ayrton Senna e seu eterno rival Alain Prost disputavam o título da temporada. Senna, campeão em 1988, superando o rival na mesma equipe, a McLaren, buscava o bi e a condição de melhor piloto da época. Prost, já consagrado como um dos melhores pilotos da F1, queria, além de superar o companheiro, conquistar o tri.
O clima entre os dois, como já sabemos, não era o melhor. Na McLaren e na Honda, fornecedora de motores da equipe, era visível a preferência por Senna. Mas quem dominava o campeonato era um incomodado Prost, que não recebia o tratamento que acreditava merecer. E merecia. A insatisfação do francês era tanta que, antes do termino do campeonato, ele já tinha assinado com a Ferrari para a temporada seguinte.
A F1 chega a Suzuka. Prost, líder do mundial, precisava apenas chegar a frente de Senna, que por sua vez, precisava vencer para levar a decisão para a Austrália. Senna na pole, Prost ao seu lado. Largam e o francês assume a ponta, que sustenta até faltarem seis voltas para o fim. Na chicane, Senna força a ultrapassagem, os dois batem e Prost abandona. Senna volta, cortando a chicane e dá uma volta com o bico avariado. Entra nos boxes o troca, persegue e passa Nanini e vence. Mas é desclassificado, exatamente por cortar a chicane.
Estava decidido o campeonato de 1989 em favor de Prost. E a decisão que favoreceu o francês veio de seu compatriota, o presidente da FISA Jean-Marie Balestre.
O fato deixou Senna transtornado. Ele não aceitava perder o campeonato para Prost por questões políticas, no tapetão. E daí surgiu seu ódio para com Balestre, que já não gostava muito de Ayrton.
Sentindo-se roubado, Senna cogitou não participar da temporada de 1990 e tratou de descer a lenha em Balestre quando teve a oportunidade. Só que as consequências foram piores. Ofendido, o presidente da FISA não queria deixá-lo participar da temporada a não ser que Senna lhe enviasse uma carta pedindo desculpas. O brasileiro refutou, mas acabou cedendo, após pressão da McLaren. Mas sua raiva aumentou.
E lá foram eles para a temporada de 1990. Senna na McLaren, dominou boa parte do mundial. Prost na Ferrari, se recuperou na segunda metade. E a decisão foi para Suzuka novamente, só que em situações inversas. Agora era Alain que precisava vencer desesperadamente para levar a decisão para a Austrália.
Nos treinos, Senna, com mais uma volta mágica, conseguiu a pole, deixando Prost, segundo, mais desesperado ainda. Os dois sabiam que a Ferrari, àquela altura do campeonato, tinha um carro superior. Porém, a pole era uma vantagem considerável. Foi ai que Balestre agiu de novo.
Vendo seu pupilo em desvantagem, o presidente da FISA não atendeu um pedido de Ayrton, que como pole queria largar no lado limpo da pista. A negativa acabou sendo decisiva para que Senna não tirasse o pé, apoiando-se na tese de que a sujeira teria lhe prejudicado.
Segundo a biografia “Ayrton Senna – O Herói Revelado”, escrita por Ernesto Rodrigues, Senna havia confessado ao amigo Pedro Queiroz Pereira, uma semana antes da prova, que se Prost tentasse contornar a primeira curva na sua frente novamente, os dois não terminariam a prova. E foi exatamente o que aconteceu.
Largaram. Prost, do lado limpo, se favoreceu e assumiu a ponta. Iria contornar a curva na frente. Iria. Mas Senna não deixou, confirmando aquilo que tinha dito. Segundo o livro, os dados da telemetria apontam que Senna não parou de acelerar. Bateu de propósito em Prost e ganhou o bicampeonato.
Os dois pilotos sairam ilesos dos carros. Prost, que devia estar maluco de ódio, não conseguia olhar um Senna que parecia até meio desconcertado com o que tinha acabado de acontecer.
Em entrevista, afirmou ter avisado que largar do lado sujo poderia causar algum acidente. O que aconteceu. Depois, dedicou o título a todos que lhe 'prejudicaram'. Depois, com o amigo Galvão Bueno, ironizou o francês, dizendo que sua tática era burra, pois tinha um carro tão melhor que poderia superá-lo durante a prova e não na primeira curva.
E num clima de total tensão acabava o ano de 1990.
Claro que a atitude Ayrton não foi das melhores. Ele foi criticado por todas as partes e realmente, esse tipo de atitude não é digna de um grande campeão. Mas foi totalmente compreensivel, tamanha era sua frustração por achar que tinha sido roubado em 1989. A manobra, entra para o hall das mais controvertidas da F1. Coisa que Schumacher repetiria por duas vezes, uma com sucesso e outra sem. E essa corrida ficou marcada na cabeça de todos os torcedores de Ayrton, como uma redenção.
Aquele GP do Japão pode entrar em qualquer lista das corridas mais polêmicas realizadas na F1. Contudo, isso se deve por outra prova, tão polêmica quanto, realizada exatamente um ano antes, no mesmo circuito de Suzuka.
Em 1989, Ayrton Senna e seu eterno rival Alain Prost disputavam o título da temporada. Senna, campeão em 1988, superando o rival na mesma equipe, a McLaren, buscava o bi e a condição de melhor piloto da época. Prost, já consagrado como um dos melhores pilotos da F1, queria, além de superar o companheiro, conquistar o tri.
O clima entre os dois, como já sabemos, não era o melhor. Na McLaren e na Honda, fornecedora de motores da equipe, era visível a preferência por Senna. Mas quem dominava o campeonato era um incomodado Prost, que não recebia o tratamento que acreditava merecer. E merecia. A insatisfação do francês era tanta que, antes do termino do campeonato, ele já tinha assinado com a Ferrari para a temporada seguinte.
A F1 chega a Suzuka. Prost, líder do mundial, precisava apenas chegar a frente de Senna, que por sua vez, precisava vencer para levar a decisão para a Austrália. Senna na pole, Prost ao seu lado. Largam e o francês assume a ponta, que sustenta até faltarem seis voltas para o fim. Na chicane, Senna força a ultrapassagem, os dois batem e Prost abandona. Senna volta, cortando a chicane e dá uma volta com o bico avariado. Entra nos boxes o troca, persegue e passa Nanini e vence. Mas é desclassificado, exatamente por cortar a chicane.
Estava decidido o campeonato de 1989 em favor de Prost. E a decisão que favoreceu o francês veio de seu compatriota, o presidente da FISA Jean-Marie Balestre.
O fato deixou Senna transtornado. Ele não aceitava perder o campeonato para Prost por questões políticas, no tapetão. E daí surgiu seu ódio para com Balestre, que já não gostava muito de Ayrton.
Sentindo-se roubado, Senna cogitou não participar da temporada de 1990 e tratou de descer a lenha em Balestre quando teve a oportunidade. Só que as consequências foram piores. Ofendido, o presidente da FISA não queria deixá-lo participar da temporada a não ser que Senna lhe enviasse uma carta pedindo desculpas. O brasileiro refutou, mas acabou cedendo, após pressão da McLaren. Mas sua raiva aumentou.
E lá foram eles para a temporada de 1990. Senna na McLaren, dominou boa parte do mundial. Prost na Ferrari, se recuperou na segunda metade. E a decisão foi para Suzuka novamente, só que em situações inversas. Agora era Alain que precisava vencer desesperadamente para levar a decisão para a Austrália.
Nos treinos, Senna, com mais uma volta mágica, conseguiu a pole, deixando Prost, segundo, mais desesperado ainda. Os dois sabiam que a Ferrari, àquela altura do campeonato, tinha um carro superior. Porém, a pole era uma vantagem considerável. Foi ai que Balestre agiu de novo.
Vendo seu pupilo em desvantagem, o presidente da FISA não atendeu um pedido de Ayrton, que como pole queria largar no lado limpo da pista. A negativa acabou sendo decisiva para que Senna não tirasse o pé, apoiando-se na tese de que a sujeira teria lhe prejudicado.
Segundo a biografia “Ayrton Senna – O Herói Revelado”, escrita por Ernesto Rodrigues, Senna havia confessado ao amigo Pedro Queiroz Pereira, uma semana antes da prova, que se Prost tentasse contornar a primeira curva na sua frente novamente, os dois não terminariam a prova. E foi exatamente o que aconteceu.
Largaram. Prost, do lado limpo, se favoreceu e assumiu a ponta. Iria contornar a curva na frente. Iria. Mas Senna não deixou, confirmando aquilo que tinha dito. Segundo o livro, os dados da telemetria apontam que Senna não parou de acelerar. Bateu de propósito em Prost e ganhou o bicampeonato.
Os dois pilotos sairam ilesos dos carros. Prost, que devia estar maluco de ódio, não conseguia olhar um Senna que parecia até meio desconcertado com o que tinha acabado de acontecer.
Em entrevista, afirmou ter avisado que largar do lado sujo poderia causar algum acidente. O que aconteceu. Depois, dedicou o título a todos que lhe 'prejudicaram'. Depois, com o amigo Galvão Bueno, ironizou o francês, dizendo que sua tática era burra, pois tinha um carro tão melhor que poderia superá-lo durante a prova e não na primeira curva.
E num clima de total tensão acabava o ano de 1990.
Claro que a atitude Ayrton não foi das melhores. Ele foi criticado por todas as partes e realmente, esse tipo de atitude não é digna de um grande campeão. Mas foi totalmente compreensivel, tamanha era sua frustração por achar que tinha sido roubado em 1989. A manobra, entra para o hall das mais controvertidas da F1. Coisa que Schumacher repetiria por duas vezes, uma com sucesso e outra sem. E essa corrida ficou marcada na cabeça de todos os torcedores de Ayrton, como uma redenção.
0 comentários:
Postar um comentário