Depois de fim de semana maluco, Vettel vence no Japão

Em Suzuka, Vettel largou na pole. E poucas horas depois, venceu e voltou de vez para a briga pelo campeonato na F1. Depois de um sábado maluco, onde um temporal impediu que houvesse treino classificatório, tudo foi resolvido no domingo. Pela manhã, treino para definir o grid, e a tarde, a corrida. Ambos com dominio da Red Bull.

Desde os treinos livres da sexta-feira a equipe austriaca já dava indicios de que dominaria o fim de semana. Sempre sendo o mais rápido, Vettel mostrava a consistência da equipe na seletiva pista do Japão. Ali, onde a aerodinâmica tem papel fundamental, a Red Bull não tinha adversários. Ferrari e McLaren bem que tentaram, mas não conseguiram acompanhar o ritmo.

O resultado de todo esse dominio aparente se viu com a dobradinha conquistada na qualificação. Vettel em primeiro, e Webber em segundo, decidiriam praticamente na primeira curva quem venceria.

Atrás deles era para estar Lewis Hamilton. Mas esse não era o fim de semana do inglês. Na sexta, um forte acidente o privou de treinar mais. E de quebra comprometeu seu carro. Teve de trocar a caixa de câmbio, perdendo cinco posições no grid. Classificou-se em terceiro, mas saiu em oitavo, punido. Largou bem, e logo subiu para quinto. Ganhou a posição do companheiro Button mas voltou a ser ultrapassado, pois perdeu a terceira marcha no meio da prova. Terminou em quinto. E sua situação fica complicada no campeonato.

O mesmo pode-se dizer de Button. Largou em quinto e subiu para quarto. Em uma estratégia diferente, largou com pneus duros e tentaria ganhar posições permanecendo na pista. Não deu certo e terminaria em quinto, não fosse o problema de Hamilton.

Já vejo a McLaren como carta fora do baralho nessa disputa pelo título. Ficou longe dos rivais.

Na Ferrari, desempenhos distintos. Enquanto Massa não passou do Q2 de manhã e da primeira curva na corrida, Alonso foi terceiro após largar em quarto. Um belo resultado para o espanhol, que manteve o segundo lugar no mundial e que mostra que ele não está morto. Até acompanhou o ritmo do time dos energéticos. Alonso vai dar muito trabalho nessa reta final e pode se aproveitar da disputa interna na equipe rival. Olho nele.

Para mim, a grande decepção da prova foi não ver Kubica andar. O polonês, nos treinos livre sempre foi o terceiro. Na classificação, ficou em terceiro e já tinha subido para o segundo lugar quando abandonou ainda no início. Sob safety-car, um dos pneus de seu carro de soltou, forçando-o a abandonar. E pelo trabalho que fez, merecia ter tido muito mais sorte.

Aliás, alguns acidentes aconteceram de forma estranha. A bruxa estava solta. Logo na volta de instalação no grid, Lucas di Grassi perdeu o controle do carro e bateu. Algo em sua Virgin quebrou e ele encontrou o muro. Deu sorte e saiu bem, pois a batida foi feia.

Na largada, Vitaly Petrov quis passar por dentro de Nico Hulkenberg e os dois ficaram pela reta mesmo. E o russo será punido, na próxima prova. E na primeira curva, Massa tentou passar Rosberg, pela grama, perdeu o controle, atarvessou a písta e acertou Liuzzi, do outro lado. Kubica perdeu um pneu e Rosberg, quando estava em sexto, bateu forte, também em decorrência da perda de um dos pneus traseiros. Algo precisa ser investigado.

Sobre a prova, só não foi mais monótona por causa de um tal de Kamui Kobayashi. Como anda o japonês e como é arrojado. Saiu em décimo quarto e foi ultrapassando quem estivesse em seu caminho. Por dentro, por fora, o Kobashow fez a festa da torcida japonesa. Chegou a andar em quinto e terminou em sétimo, aproveitando-se da estratégia de largar de pneus duros. Ficou logo a frente de Nick Heidfeld, seu companheiro. Heidfeld que volta a pontuar. Acho que Petter Sauber acertou na troca.

Já os brasileiros, foram discretos. Falei de di Grassi e Massa, que não terminaram. Rubinho, sexto no grid terminou em nono. Não teve muita sorte com a estratégia e nem com o trabalho de pit da equipe. Bruno Senna, por sua vez, foi décimo quinto, seu melhor resultado na F1. Não podia fazer mais.

Daqui a duas semanas, prova na Coréia do Sul. Pista desconhecida por todos e que pode ser decisiva para o campeonato. Na briga, Webber, Alonso e Vettel. Quem sairá com a vantagem?

Final

1°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1h30min27s323 ( 53 voltas )
2°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s905 ( 53 )
3°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 2s721 ( 53 )
4°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 13s522 ( 53 )
5°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 39s595 ( 53 )
6°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 59s933 ( 53 )
7°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1min04s038 ( 53 )
8°. Nick Heidfeld (ALE/Sauber-Ferrari), a 1min09s648 ( 53 )
9°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 1min10s846 ( 53 )
10°. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1min12s806 ( 53 )
11°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta ( 52 )
12°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth), a 1 volta ( 52 )
13°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth), a 2 voltas ( 50 )
14°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), a 2 voltas ( 50 )
15°. Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth), a 2 voltas ( 50 )
16°. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania-Cosworth), a 3 voltas ( 49 )
17°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 5 voltas ( 47 )

Não completaram

18°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 45 voltas
19°. Robert Kubica (POL/Renault), 4
20º. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth), 1
21°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1
22°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), 1
23°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes), 1
24°. Lucas di Grassi (BRA/Virgin-Cosworth), não largou

Fotos: Autosport.com
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