Depois de alguns dias afastado do blog, descansando um pouco, estou de volta. E tivemos um fim de semana bem movimentado no mundo do esporte a motor. A começar pela última etapa da MotoGP, em Valência, que definiu muita coisa.
Antes de tudo, houve uma bela homenagem a Marco Simoncelli com a participação de todos os pilotos das três categorias, que deram uma volta no circuito, liderados pelo ex-campeão Kevin Schwantz, amigo de Super Sic, que conduziu sua moto na homenagem. No final, houve uma queima de fogos em memória do italiano. Além disso, grande parte dos pilotos correram com algo que fizesse menção a Simoncelli, seja um adesivo com o número 58 - utilizado por ele - ou alguma mensagem.
Campeão da Moto 2, Stefan Bradl levou uma bandeira com uma dedicatória de seu título a Simoncelli. Já Loris Capirossi, que fez sua última corrida na MotoGP, usou o número 58 em sua moto ao invés do costumeiro 65, para lembrar do amigo. Algo bem emocionante.
Na pista, muita emoção também. Pela 125cc, vitória de Maverick Viñales (esse garoto é muito bom) e título para Nico Terol, segundo colocado. O espanhol precisava ser apenas o 11º para garantir a taça, que veio na terceira volta, com a queda de Johann Zarco, seu único rival na disputa. Título merecido para Terol, que fez uma grande temporada. E destaque para a presença de Paris Hilton, dona da equipe de Viñales, no pódio para receber o troféu conquistado pela equipe vencedora.
Pela Moto 2, uma boa prova que acabou mexendo com os sentimentos de muita gente. Michele Pirro, pole position, venceu a prova e levou Fausto Gresini às lagrimas. Pirro é piloto da Gresini Honda, que também compete na Moto 2. E a vitória do italiano veio para trazer um pouco de alegria para o time, que viveu péssimos momentos nas últimas semanas e que já estava preocupado com o forte acidente sofrido por seu outro piloto na categoria, Yuki Takahashi. O japonês passa bem. Um belo momento tanto para Pirro que comemorou muito sua primeira vitória, dedicando-a ao compatriota morto na Malásia, quanto para todo o time. Campeão com a desistência de Marc Marquez, Stefan Bradl caiu. Mas não perdeu a pose de campeão.
Na categoria principal, mais uma vitória de Casey Stoner, dessa vez conquistada em cima da linha, com uma ultrapassagem na marra em Ben Spies. Stoner liderou boa parte da corrida, mas perdeu muito rendimento nas voltas finais, dando ao americano a chance de ultrapassá-lo, faltando duas voltas para o fim. Contudo, o australiano soube se aproveitar da maior potencia de seu motor Honda, entrou colado no piloto da Yamaha na reta final e venceu por 0s015. Sensacional.
Foi também um domingo de despedidas sob duas rodas. Despedida da categoria 125cc, que a partir de 2012 se chamará Moto 3, e terá motos de quatro tempos e 250cc. Uma nova era vem aí. Entre os pilotos, além de Capirossi, aposentado, Hiroshi Aoyama correu pela última vez na categoria. Irá para a Superbike na próxima temporada. Esta também foi a despedida das motos 800cc da categoria principal. Em 2012, as motos utilizadas terão 1000cc.
Para finalizar o assunto MotoGP, o Brasil voltará a ter um representante por lá. Eric Granado correrá pelo time junior da JiR, mesmo time de Alex de Angelis, quarto colocado no mundial deste ano. É o primeiro passo para que o Brasil volte a ter um representante na categoria principal. Eric, no entanto, só poderá estrear no meio do ano que vem, por ainda não ter a idade mínima - 16 anos - para competir na Moto2. Mas é uma ótima notícia. Torço para que ele se dê bem lá.
No Brasil, a decisão da Stock Car terminou como previsto. Cacá Bueno é tetracampeão. Merecido, pois ele é o melhor piloto da categoria na minha opinião, apesar de herdar a antipatia de muitos por causa de seu pai, Galvão Bueno, e por às vezes reclamar mais do que deveria, como neste domingo. Cacá se envolveu em um acidente com Marcos Gomes, na última volta, quando tinha ultrapassado o rival e vinha para vencer. Acidente de corrida, no meu modo de ver. Mas isso não apaga o brilho pelo título.
Sobre a categoria em si, continuo a achando muito confusa. Pouco acompanhei dela neste ano e a corrida de ontem foi uma das únicas que vi por inteiro. Acho que algumas mudanças seriam benéficas, como a extinção desse playoff chatissimo, por exemplo.
Na Truck, Danilo Dirani venceu pela primeira vez. Merecido. Já vinha batendo na trave. E campeonato em aberto por conta de um acidente estranho entre Geraldo Piquet e Felipe Giaffone, vice líder e líder do campeonato. Piquet era décimo terceiro e estava uma volta atrás de Giaffone, segundo, quando bateram. Não vi o acidente, logo, não posso opinar. Mas os ânimos se exaltaram bastante, inclusive entre jornalista e fãs. Lamentável.
Pela Indy, a Penske confirmou a manutenção de seus três pilotos para 2012. Boa notícia.
Pra finalizar, um exemplo de superação. Alessandro Zanardi venceu a maratona de New York na categoria cadeirantes e segue mostrando que é um exemplo de superação para todos. Para quem não lembra, o italiano perdeu as pernas após um grave acidente quando corria pela CART em Lausitzring, na Alemanha. Em setembro, o acidente completou dez anos. E nesse período ele tem mostrado uma incrível força de vontade. Em 2012, seu objetivo é disputar as paraolimpiadas. E alguém duvida do sucesso dele? Eu não.
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